Capítulo 11

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Abigail Blossom point of view.

— boa noite, senhoritas. Como estão? — Fen saldou ao chegar na sala de jantar, onde já estávamos todas ali. Beijou minha testa e se sentou á minha frente.

— bem. Você demorou. — eu comentei e Thomasina levantou os olhos de seu prato para me encarar, com uma expressão nada boa.

— eu estava no banho, por isso. — eu assenti. Ele encarou Thomasina, com as sombrancelhas franzidas — que cara é essa? — perguntou á ela. estranhando, provavelmente, sua expressão de raiva

— é a única que eu tenho. — disse seca

— nossa! Está mais mal humorada que o costume. — provocou e antes que ela revidasse, eu me meti.

— por favor, será que podemos ter um jantar sem provocações? — pedi cansada e os dois assentiram, voltando a comer

Depois de alguns minutos em silêncio, voltei a falar

— Fen, tenho uma coisa para lhe pedir. — eu disse meio insegura, sem tirar os olhos de Thomasina. Que quando me ouviu, bufou, se levantando. — onde você vai? — perguntei a ela, confusa

— perdi a fome. Boa noite para vocês. — disse ríspida e se retirou do cômodo e eu suspirei

— o que deu nela? — perguntou Fen, apontando para onde Thomasina tinha saído. Eu apenas fiz sinal de desdém e ele deu de ombros — então? O que queria me pedir? — perguntou curioso e eu suspirei

(...)

Fox Forest, 13 de fevereiro de 1885, 20:40 PM.

Eu caminhava lentamente, sem tirar os olhos do chão, olhando atentamente por onde eu pisava para não correr risco de pisar em algum animal que poderia ter ali. Eu apontava a lanterna diante dos meus olhos, tudo que eu enxergava era mais árvores. Ouvi Fen resmungar pela vigésima vez desde que saímos de casa.

— mosquitos infernais! — reclamou enquanto batia em suas próprias pernas, e apontava a lanterna em volta.

— poderia não ter vindo. Não faria nenhuma falta — Thomasina disse, mais a frente.

— até parece que eu deixaria minha bela mulher sobre os seus cuidados. — revidou Fen e eu tive que me conter para não revirar os olhos. — não acredito que os pais de vocês aceitaram essa ideia — Fen disse para as meninas que seguiam Thomasina, mais a frente de nós dois.

— será que estamos indo pelo caminho certo? — perguntei á Thomasina, alheia aos comentários de Fen.

— pelo o que seu mapa dizia, sim. — falou e eu franzi os olhos para tentar enxergar ela, mas estava muito escuro mesmo

— você nos trouxe para um lugar que não faz ideia de onde é? — perguntou Fen alarmado. Me encarou — Abigail!?!? — eu apenas dei de ombros. Eu confiava nela

— o que você esperava? Eu nunca morei aqui — falou Thomasina, ranzinza. — e é só seguir o mapa, não tem erro. — disse confiante e eu respirei fundo, tentando não surtar com a grama alta tocando minhas pernas.

Talvez eu tenha esquecido de mencionar que tenho um certo pavor por florestas. Essa aqui principalmente, eu sempre tive medo, desde criança. Eu vinha aqui com meus pais e meu irmão, mais especificamente no rio Sweetwater, mas meu irmão me assustava dizendo que o local era amaldiçoado, por causa de assassinatos que ocorreram ali. Diz a lenda que as almas vagam pela floresta, sem rumo. Meu irmão disse uma vez que se vier de noite, consegue ouvir os murmúrios deles.

Claro que isso é uma história que provavelmente meu irmão criou para me provocar. Eu não sou o tipo de pessoa que acredita em lendas e etc. Mas eu acho que não queria descobrir se é verdade ou não.

the love never dies. - Thabigail Onde histórias criam vida. Descubra agora