the love never dies. - Thabigail

Capítulo 22

Olaa. Demorei um pouco mais dessa vez porque não estava sabendo desenvolver 😭 ainda não esta muito bom, mas eu estou tentando.

Espero que gostem!

Boa leitura!

Mansão Blossom's, 30 de setembro de 1885, 11:11 AM.

Alguns dias já haviam se passado desde a noite da minha discussão com Thomasina e as coisas pareciam normais. Claro, tirando o fato de que ela me escondia algo. Algo que ainda não fez questão de mencionar em nenhuma de nossas conversas diárias.

A verdade é que não estávamos bem. Estávamos agindo como se nada tivesse acontecido e isso estava me incomodando, me incomodando muito. Porém, eu ainda estava chateada pela nossa noite arruinada e principalmente por ela estar escondendo algo de mim, sendo que sempre imaginei que não havia segredos entre nós. Então evito ter conversas muito longas com ela, porque tentei isso no segundo dia após aquela noite e o resultado foi desastroso.

— como você está? — perguntei para Thomasina que estava sentada no jardim lendo um livro despreocupadamente. Ela levantou os olhos cínicos dela e me encarou com as sombrancelhas franzidas.

— bem. — respondeu com uma expressão confusa. Eu assenti lentamente. — você? — perguntou de volta e eu mordi o lábio inferior.

— tudo ok. — ela assentiu e ficou me encarando por alguns segundos, até que voltou a ignorar minha presença e voltou a ler. Bufei incomodada.

É sério que ela iria agir como se nada tivesse acontecido?

Sentei-me ao seu lado com o rosto em meus joelhos e a encarei disfarçadamente.

— por que mente para mim? — perguntei de repente, pegando-a de surpresa, já que vi seu corpo enrijecer.

— do que você está falando? — perguntou sem me encarar. Odiava como seus olhos pareciam fugir dos meus.

— você  guarda segredos, mente na minha cara, me ignora... O que eu sou para você, Thomasina? — insisti, soando mais desesperada do que eu queria. Ela ainda parecia travada e eu? Bom, eu sentia minhas lágrimas querendo vir a tona.

— Abigail, não vamos falar sobre isso agora, ok? — disse cautelosamente. Eu ri com desgosto.

Va você e essa cautelosidade pro inferno.

Claro que eu não disse isso, mas abaixei a cabeça, me sentindo tão estúpida por estar aqui querendo resolver o problema que, para começo de conversa, nem foi eu que criei.

— não confia em mim, é isso? — perguntei magoada, já querendo chorar. Me levantei em um  sobressalto e fiquei esperando sua resposta, que não veio.

Queria que ela dissesse que eu estava enlouquecendo, que obviamente ela confiava em mim e que isso tudo é apenas uma falta de comunicação tremenda entre nós. Ou, pelo menos, ela tivesse coragem de encarar meus olhos e negar isso. Encarar meu rosto e gritar que não confia em mim seus segredos.

Porém ela nada disse. Ficou lá, encarando um ponto no chão ao seu lado, como se aquilo fosse mais importante do que dar uma resposta concreta a pessoa que ela diz amar.

Ficamos um longo dia sem falar sobre isso, porque eu queria dar tempo a ela até que ela se sentisse confortável em me contar porque estava tão distante. Esperei que hoje ela me dissesse algo, que me desse algum sinal positivo. Quando eu vi que ela não faria nada, decidi vir aqui e tentar conversar. Porém eu pareço ser a única interessada em resolver nossos problemas.