Demorei mas cheguei!!!! Me perdoem pela demora, mas tive uma crise na criatividade bem no meio desse capítulo e só voltei a escrever ele ontem.
Porém, em compensação a minha demora, esse capítulo está enorme, mais de 7000 palavras!! Eu realmente me superei KKKKKKKKK.
Enfim, espero que gostem.
Boa leitura!
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Mansão Blossom's, 24 de dezembro de 1885, 17:30 PM.
Ah, o inverno... Sem dúvidas minha época do ano favorita desde que me entendo por gente. Tudo era melhor nesse tempo. As roupas, o humor, as festividades... Simplesmente tudo. Claro que o principal motivo de eu amar o inverno é o insubstituível Natal. De todas as comemorações, esta sempre foi a mais sagrada na família Blossom, uma tradição muito levada a sério por mim e pelos meus pais. Minhas melhores e mais lindas lembranças aconteceram nessa mesma época, em anos anteriores.
Lembro-me da ansiedade da pequena Abigail e do pequeno James para conhecer o famoso papai Noel, qual eles esperavam ansiosamente durante todo o ano, tentando ter o melhor comportamento possível, porque segundo o senhor Blossom, apenas se fossem obedientes o papai Noel traria presentes no final do ano.
Paravamos em frente a lareira, com biscoitos recém assados de nossa mãe e um copo de leite para cada, e esperávamos. Prometiamos um para o outro que se por acaso um de nós pegasse no sono antes da meia noite, o outro o acordaria, para nenhum perder a ilustre presença do convidado especial. Mas, sempre acabavamos dormindo juntos, logo após devorarmos os biscoitos que nós tínhamos prometido guardar para o papai Noel. Na manhã de Natal, a frustração até se era evidente nas primeiras horas, mas logo era substituída pela a alegria ao achar presentes embaixo do pinheiro de natal e uma carta do tal convidado, elogiando nosso comportamento ao longo do ano.
Foram longos finais de anos animados, qual a magia nunca parecia acabar. A carta sempre parecia uma novidade e as promessas? Oh.. elas eram sagradas! Nos comportavamos muito bem, James até mais do que eu, para que sempre ganhassemos a carta e presentes. Eu e James amávamos o Natal, mesmo depois de adultos.
Até que nosso pai morreu tragicamente, vítima de um assassinato cruel e inexplicável. Tudo mudou a partir desse dia. Nossa mãe começou a tomar muitos remédios fortes tentando se dopar ao máximo para não ter que enfrentar a realidade de uma vida sem o seu amor, pai dos seus filhos. Com isso, ela começou a esquecer os feriados, aniversários, comemorações... Tudo virou apenas mais um dia para ela, até mesmo o seu próprio aniversário. James e eu tentavamos manter a tradição do Natal ao menos, mas sempre acabavamos trancados na biblioteca nos enchendo de bebida esperando a virada da noite, enquanto nossa mãe dormia completamente dopada no quarto ao lado.
Até que um dia ela veio a ter um infarto, provavelmente por culpa dos malditos remédios que ela era viciada. E com isso o Natal se tornou mais um dia, onde agora eu e James ficávamos separados e lidavamos com essa data de um jeito diferente.
A magia simplesmente tinha sido apagada, mas ainda parecia existir em algum lugar.
Esse ano eu simplesmente sinto que ela não existe mais, como se depois de tantas tragédias, ficasse difícil mascarar essa dor comemorando uma data que agora não fazia mais sentido. A magia do Natal era a família, e isso tinha sido tirado de mim de um forma cruel e brutal. Esse será o primeiro Natal que eu não tenho nada para agradecer, nada para ser grata, ou qualquer pedido para o ano que virá. Simplesmente era só mais um dia.
Pelo menos, era isso que minha mente tentava me forçar acreditar, mas no fundo a esperança de criança ainda estava em algum lugar aqui dentro. A pequena Abigail ainda estava aqui, quando eu vi os flocos de neve caindo do lado de fora da minha janela nesta manhã e quando eu tive uma vontade absurda de correr até o lado de fora e fazer um anjinho na neve, ou um boneco de neve. Ainda estava lá, e eu queria que essa data fosse lembrada de forma positiva de novo, mesmo não tendo motivos para festejar. Queria dar novo significado para essa data tão especial, e eu mais ou menos já tinha uma ideia do que fazer.
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the love never dies. - Thabigail
RomanceCheryl Blossom, uma adolescente da pacata cidade de Riverdale, em uma noite chuvosa e escura, decide vasculhar seu porão por puro tédio e encontra uma caixa lacrada, com as iniciais A.B gravadas nela. Sua curiosidade fala mais alto e ela abre a caix...