Capítulo 21

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                                      Maya, Quinta - feira, 16 de março

Extasiada. Que se encontra em êxtase; emocionalmente abalado; arrebatado. Que tem sensações agradáveis ou prazerosas provocadas por admiração, enlevo ou pasmo.

É assim que me sinto ao lembrar do que aconteceu na noite passada.

Acordei na cama de Guilhermo, sem roupa alguma - nós transamos! - E não, não foi só sexo, foi a porra do MELHOR SEXO DE TODA MINHA MISERAVEL VIDA!

A forma como ele usou força bruta juntamente com força cuidadosa, como se em um toque errado eu pudesse quebrar, foi inebriante. Senti-lo entrar e sair de mim, como se me ter fosse até mais importante que respirar.

Fico pensando nisso por alguns minutos, que não duram nada, pois logo sou tomada por outro terrível e incontrolável pensamento - eu fodi minha vida profissional. 

Destruí, estralhacei e mandei para o quinto dos infernos qualquer chance de ser mais que assistente na empresa - EU TRANSEI COM MEU CHEFE, igual as assistentes dos livros de dark romance que leio - Não foi eu mesma quem disse que não iria ser esse tipo de profissional?

Não me leve a mal, o sexo foi incrível, mas, como vou trabalhar todos os dias ao lado do homem que me fodeu com força e carinho na noite passada com sanidade mental suficiente para que possa exercer muito bem a minha função?

Mas que merda de culpa eu tenho? não é como se eu tivesse me jogado para cima dele, como se fosse uma vadia qualquer.

Depois do lance no hospital ele se recusou a me deixar em casa, acabou me levando até a casa dele e só rolou, não foi previsto, foi coisa de destino. O universo queria que acontecesse e quem sou eu para contrariar a vontade dele?

Me espreguiço e caminho direto para o banheiro, Guilhermo está dormindo tão pesado e parece tão cansado que não consigo interromper.

Visto a camisa que ele me emprestou e minha calcinha , o que já é muita coisa, considerando as circunstâncias.

Entro no banheiro e mais uma vez, fico saciada com a beleza deste cômodo, é todo trabalhado na cor preta e em detalhes dourados, o verdadeiro significado de luxo, assim como todo o resto da casa.

Não me lembro de já ter visto um lugar que gritasse tanto "EU SOU MILIONÁRIO" na vida, quer dizer, nunca vi nada além dos prédios da comunidade de classe média/baixa em que moro.

Meu bairro não é um bairro nobre como esse, meus vizinhos não tem mais que um carro para se locomover e um teto para morar, e alguns, não tem nenhuma das duas coisas.

Tomo meu banho matinal e faço minhas higienes, saio do banheiro pensando no que vou vestir, já que cheguei aqui só com as roupas do couro, mas, sou surpreendida por Guilhermo, enquanto ele entra e deixa um vestido de mangas comprida  junto de um salto preto na poltrona.

- Pedi que um dos meus funcionários fosse até o centro e trouxesse roupas novas e limpas para você. Aquela que você veio está na maquina de lavar e não tinha nada que pudesse usar para ir trabalhar, além das roupas de Haylley, que, conhecendo seu gênio difícil, não iria aceitar nem que eu te obrigasse - falou.

- Obrigada - respondi pegando o vestido.

Visto o vestido, coloco o salto e desço em direção a enorme cozinha.

Haylley já está tomando café da manhã e Guilhermo parece estar preparando algo também. Fico meio sem jeito perto de Haylley, apesar da noite na balada e de criarmos um tipo de laço significativo, algo me diz que por algum motivo, ela não está feliz de me ver com Guilhermo.

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