Capítulo 10

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Guilhermo - Sexta , 10 de março


Acordo atordoado com o toque de ligação do meu celular, provavelmente deve ser minha mãe, pois ela está sempre querendo saber como estou e como anda as coisas no Brasil.

Caminho até a escrivaninha, onde deixei meu celular na noite passada e quando olho a tela, tenho a confirmação de que é minha mãe.

— Alô? — falei.

— Bom dia filhinho, a mãe está com saudades suas. Sem você aqui para bagunçar com os seus amigos, a casa fica muito vazia e seu pai já está na idade, não gosta de visitas — Parece um velho rabugento— minha mãe disse.

— Oii mãe, também sinto sua falta, mas, não foi a senhora que disse que os filhos criam asas e devem voar? — Que pena que a paz encontrou nossa casa, e sobre papai, bom, ele sempre foi meio rabugento. Vivia brigando comigo por coisas tão banais — respondi.

— Filho, a mãe tem uma surpresa para você, tenho certeza de que vai amar— ela falou animada.

— E essa surpresa seria? — perguntei tentando arrancar alguma coisa que me ajudasse a descobrir do que se tratava.

— Vai ter que ir ao aeroporto amanhã para descobrir, nem adianta tentar me manipular para revelar o que é Gui, é uma surpresa. Sei que você não gosta de surpresas, mas essa você vai adorar — ela disse.

— Tá bom mãe, a senhora venceu! Depois me passe o horário que preciso estar lá. Acho bom que essa surpresa seja boa mesmo — falei.

— Certo querido, preciso desligar. A mãe te ama, beijos e não se esqueça de que ainda tem mãe e que precisa visitá-la — ela disse.

— Também te amo mãe, visitarei em breve. Tchau — finalizei.

Voltei para a cama, Alexa já estava acordada e aposto que estava bisbilhotando nossa conversa.

— Bom dia — falei me aproximando.

— Bom dia, Gato — disse.

— Alexa, acho que já está na hora de ir. Eu preciso ir trabalhar e você precisa fazer seja lá o que faz da sua vida — falei.

— Ok, Guilhermo — disse irritada.

Alexa se levantou da cama, procurou suas roupas, as vestiu e quando estava se retirando do quarto, se virou e olhou para mim.

— Só para constar, eu sou modelo — disse saindo do quarto.

Dei de ombros.

Fui até o banheiro, escovei os dentes e realizei todas as minhas higienes matinais. Quando acabei de tomar banho, sai do banheiro e fui até o closet para escolher uma roupa. Escolhi o de sempre: Calça social, uma blusa branca e o terno.

Estava descendo a escada quando avistei Nena na sala.

— Bom dia, Nena — falei me aproximando.

— Bom dia Guilhermo, como foi a noite? — murmurou.

— Foi bastante proveitosa, só senti saudade do seu tempero ontem na hora do jantar, mas, e a senhora, aproveitou sua família e sua netinha? — perguntei.

— Foi muito bom, Guilhermo. Gostei muito de passar mais tempo com minha netinha e pude ajudar a minha filha organizar a casa, já estava parecendo que um furacão adentrou aquele lugar— respondeu.

— Fico feliz, Nena — murmurei.

— Já preparei seu café da manhã. Corre que ainda dá tempo de comer, sou só sua empregada, mas não gosto quando você sai sem se alimentar— ela disse.

A GAROTA DO CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora