NÉFTIS E O CEIFADOR DE MUNDOS: Contos Alienígenas

SOB TORTURA

Néftis

ANTES...

— Minha rainha, perdoe-me! Eu não estava em mim quando pedi para executarem seu acompanhante! — peço humildemente, sabendo o quanto isso a deixou brava e contrariada.

— Realmente, você esteve fora de si lá no banquete! A transformação te deixou mais suscetível ou o filhote em seu ventre te deixou mais temperamental?! — ela me questiona muito irritada. E posso compreender, que do seu ponto de vista, realmente passei do limite. — Néftis, querida…se eu soubesse que você iria sofrer tanto por se transformar numa nova criatura, jamais teria deixado você me substituir…não te protegi bem…

— Está falando sério?! — pergunto diante de seu tom condescendente.

— Sim! Eu que devia ter passado por todas essas dores…imagino o peso que está tendo que carregar, você é só uma guerreira…não foi feita para ser mãe ou acasalamento, mas agora que estou aqui, posso assumir tudo por você… — ela me fala acariciando minha bochecha, enquanto sua mão livre segura fortemente a minha.

— Está me dizendo que vai assumir meu lugar junto à Seth?! — pergunto curiosa.

— Veja só você…nem nobre é e está chamando um rei pelo nome…não esqueça que você apenas me substituiu querida, você não tem qualidades para ser uma rainha. Entende isso?! — pergunta seriamente, seu tom de voz oscilando entre suave e rígido.

— Sim… — respondo resignadamente.

— Ótimo! Você mudou apenas por fora mesmo, mas no fundo é uma fêmea boba…Seth só está te tratando bem por conta do filhote em seu ventre, mas assim que o parir, ele a descartará… — fala seriamente — Néftis, eu te dei a vida, te tratei como uma irmã, com todas as regalias, você deve me ouvir agora…

— É só me dizer e eu obedecerei! — afirmo pegando suas mãos entre as minhas, assim que ela tenta se afastar.

— Encerre seu contrato de acasalamento com o rei…

— Mas, senhora…e o filhote? — interrompo-a.

— Posso cuidar dele como meu, porém terá que renegá-los por mim, tanto o rei quanto o bebê…diga que me manipulou para assumir meu lugar, invente uma desculpa qualquer, porém quero esse assunto resolvido até o fim do ciclo. — ordena com seu tom bravo, coisa que nunca vi antes.

Bom, só me resta fazer o que me pede, minha rainha!

AGORA...

Estou aqui sentindo o peso do meu próprio corpo e pensando nos acontecimentos que me trouxeram até aqui. Eu deliberadamente ameacei Seth com minha própria vida, diante da minha rainha, só para conseguir a anulação de nossa união e como resultado, vim parar na masmorra, como desculpa para preservar minha integridade e a do filhote.
Jendayi veio me ver e prometeu me tirar daqui. Sigo esperando, afinal foi por causa de seu plano que vim parar aqui.
Definitivamente, é um lugar péssimo de se estar.

De repente, a porta range e vejo uma figura imponente adentrar. Seth está diante de mim e posso ver através da sua aura que está furioso comigo.

— Está confortável?! — questiona com um sorriso mordaz.

— Hum…não vai me tirar daqui?! Acho que você está me punindo… — interpelo fazendo barulho com as correntes em meus pulsos.

— Você acha?! — ele pergunta vindo até mim e para minha surpresa, arranca o manto abruptamente do corpo e joga-a sobre a cama.

— Você não está pensando…?! — um arrepio percorre minha espinha quando o vejo abrir a frente da calça.

— Não estou?! — ri malicioso — Sua fêmea bastarda, você sabe o que é fazer um macho acasalado flertar com outra?! Você me obrigou a aturar aquela maldita…ela teve a ousadia de sentar em meu colo…está satisfeita?!

— O quê?! — brado zangada, tentando me soltar das correntes.

— Ah, agora está bravinha?! — interroga mordendo levemente meu queixo — Você é culpada de tudo…e agora irei te punir…— fala rasgando meu vestido e expondo meu corpo.

— Não seja malvado comigo! — peço fazendo beicinho.

— Serei muito mal e você terá que ficar em silêncio para não chamar a atenção dos guardas… — fala mordiscando meu pescoço e descendo para os meus mamilos, o que me obriga a morder o lábio para abafar o gemido.

— Ao menos me desamarre… — suplico, mesmo sabendo que ele não vai abrir mão dessa "punição" em seus termos.

— Nunca! — ele sussurra — Você me obrigou a fazer coisas que eu não queria, então não lhe faculitarei nada…esqueça…

O bastardo diz isso e de repente está ajoelhado entre minhas pernas, mordendo minhas coxas e subindo todo o caminho até minha intimidade. E eu aqui acorrentada, sem sequer poder tocá-lo de volta.
Maldita hora que fui arquitetar aquele plano, só que não posso voltar atrás. Preciso extrair tudo de Jendayi, já que não pude ler sua mente como as dos outros.

Assim que sua boca encontra minha intimidade e sua língua resvala minha entrada encharcada, puxo as correntes com força, tentando me libertar.

— Não adianta! — ele fala, sua voz vibrando através da minha carne sensível. Enquanto sua língua brinca com essa parte, um de seus braços está em volta do meu corpo, impedindo que escape de seu agarre e sua mão aperta meu mamilo com tanta pressão, que há um misto de dor e prazer.

Em poucos minutos, meu gozo me atinge, fazendo meu corpo tremer sob as amarras que o retém.
Seth se ergue em toda sua imponência, dominando-me com a sua presença forte. Tudo em mim vibra por ele; meu corpo nu clama pelo seu, mas pelo que estou vendo, ele irá me torturar primeiro, fazendo-me implorar para tê-lo.
Que macho vingativo e cruel!

Porém, é realmente como disse; os machos de sua raça são extremamente ligados à suas fêmeas quando estão acasados e o que obriguei a fazer pode causar uma dor excruciante. Não que ele não esteja habituado com a dor, mas essa é um outro nível. É a dor de estar traindo sua outra metade.
Sinto-me culpada por tê-lo convencido a isso. Contudo, no momento, ele é a melhor arma que tenho para lidar com as loucuras daquela que se diz minha irmã, mas que na verdade, só tem me usado por toda a minha vida.

— Agora, vou estar dentro de você até que não aguente mais, assim vai pensar duas vezes antes de me empurrar para outra fêmea! — ele fala com um sorriso ameaçador, enquanto puxa minhas pernas volta do seu quadril.

Imediatamente sinto a ponta do seu falo deslizar para dentro do meu canal e só consigo agarrar as correntes ainda mais forte, para extravasar a onda de prazer que se abate sobre o meu corpo.

Ele vai me torturar e eu vou adorar tudo que ele fizer comigo.