CONTRA-ATAQUE/ PARTE 1

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O capítulo de hoje ficou muito longo e será dividido em dois.

Vou postar logo em seguida!

Não esqueçam de votar e comentar!❤️😍

Ah, a internet não me frustrou hoje!🙈🙈

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Seth

Toda a minha paciência já se esgotou. A impostora de Jendayi acha que manda em tudo aqui e tem decidido até que mobília se deve usar, aliás, exigido a troca de algumas delas. Se este plano maluco demorar mais um pouco, meu palácio vai abaixo. Minha vontade é cortar a naga em pedaços tão pequenos que nem animais carnívoros conseguiriam aproveitar. No entanto, sou obrigado a me controlar e confesso que o plano da verdadeira rainha é bem mais interessante do que isso que tenho em mente. A morte é pouco para Akantha. Ela precisa pagar por seus crimes, e para que facilitar, não é mesmo?!

Depois que Jendayi descobriu que minha fêmea é sua filha e ainda por cima terá um neto, Néftis tem tido pouco tempo para estar comigo. Não estou reclamando, gosto de ver minha companheira  feliz e ver as duas bem, alegra meu coração. De certa forma, ganhei uma mãe também.
Depois de tantos ciclos, ela se recuperou completamente dos danos físicos; quanto aos psicológicos, creio que isso levará mais tempo.

Ela já saiu da enfermaria e está nos aposentos de Eliot, escondida. O velho cedeu o espaço e agora dorme numa cama dentro da sala médica. Não era onde eu pretendia deixá-la, mas ele insistiu, dizendo que as duas ficariam mais próximas e isso era bom para o relacionamento delas.
Bom, por enquanto, vou fingir que acredito que sua boa intenção só vai até esse ponto. Mas seria cômico vê-lo interessado por alguém, depois de tanto tempo.

Nesse momento, estou concentrado nos "presentes" que mandei trazer de Atlys, para minha "querida" noiva. Se não fosse por isso ser tão divertido, para não dizer macabro, eu estaria entediado.

— Uau! Você está delicioso! — minha fêmea elogia, assim que adentro sua câmara provisória.

— Está me tentando?! — questiono me aproximando.

— E ainda tem dúvida?! — ela inclina o rosto e fica na ponta dos pés para mordiscar meu pescoço.

— Fêmea malvada! — sussurro, agarrando sua cintura e puxando-a contra o meu corpo. Não tenho chances de me controlar perto dela. Essa fêmea me tem por inteiro em suas mãos. Não há nada que eu não faça por ela. Tomo sua boca com a minha, num beijo punitivo e exigente. Ergo-a e ela entrelaça as pernas em minha cintura. No segundo seguinte, estou pressionando seu corpo contra a parede.

— Ah, eu não vi nada…— ouvimos a voz esganiçada da rainha.

— MÃE…?! — gritamos a uma só voz. Néftis praticamente salta para longe do meu alcance, enquanto eu tento esconder uma dolorosa ereção forçando a frente da minha calça. Por sorte, o manto real cumpre bem esse papel, do contrário, essa situação ficaria ainda mais vexatória.

Olho para Jendayi e ela está com as duas mãos tapando o rosto.

— Já pode olhar, mãe! — aviso tentando não rir disso — Não estamos nus… — tem sido rotina chamá-la de mãe. Aliás, desde que fiz isso pela primeira vez, ela não me permite chamá-la de outro modo.

— Estão prontos para o "show"?! — ela questiona, obviamente mudando o rumo da conversa e fingindo não ter nos flagrado.

— Eu mal consigo esperar! — minha fêmea fala entusiasmada — Hoje aquela naga terá tudo que merece! Ela quer um reino só para ela, daremos um…— completa com um sorriso cruel e confesso que isso me faz ficar ainda mais excitado.

Ouço um bip no meu bracelete e após analisar do que se trata, dirijo-me para as duas:

— Eles chegaram…vamos começar…

Esses mercenários são muito bons no que fazem. Dei-lhes a missão, sabendo que o prazo seria cumprido à risca. Eles nunca falharam comigo. Porém, eram os mais caros dessa parte do universo. Só que valiam cada moeda universal gasta. O presente de Akantha havia chegado.

Dirijo-me para a sala do trono, onde Shu nos aguarda para a realização da cerimônia. É claro que ele não conhece nada do plano e está ali de muita má vontade, mesmo não podendo fazer nada contra isso. Quase sinto pena do bastardo e por outro lado, alívio em saber que ele é tão leal à minha companheira. Posso ver claramente a insatisfação na maioria deles, por acharem que reneguei minha amada e a mandei para a prisão e coloquei outra em seu lugar.

O capitão Gikyw está à frente de quatro soldados, que carregam um grande baú. O macho é um gigante perante meu 2,35 m de altura. De sorte, eles são aliados leais, senão eu poderia ter tido muitos problemas com o seu povo, sendo eles muito fortes e excelentes guerreiros. Ocasionalmente, salvei seu patriarca numa emboscada e desde então, fazemos negócios.

Nesse momento, Akantha aparece, toda trajada nas vestes nupciais e altiva como se fosse a última fêmea do universo. Tive que me conter para não torcer o rosto numa carranca. Se bem, que isso agora já não importa.

— O que é isso?! — ela se mostra curiosa ao ver o baú. Provavelmente, deve estar pensando que são riquezas importantes, porque seus olhos estão cintilando.

— São tesouros que encomendei especialmente para você! Abra, por favor…— a estúpida mal pode conter sua euforia ao ouvir minhas palavras.

Faço um sinal para que os soldados se afastem e ela vai apressadamente até lá. A tampa do baú não está trancada, não era minha intenção fazer suspense e assim que ela o abre, dá um salto para trás e cai de traseiro no chão. Seus olhos estão esbugalhados e sua respiração sai em ofegos, como se estivesse se afogando.

— O q-que…que significa isso?! — vira o rosto para mim e sua expressão é nauseante.

— Ôh, não gostou do presente, minha querida?! — questiono — Essas são as cabeças de todos os inimigos da rainha! Que presente melhor eu poderia lhe oferecer do que lidar com seus inimigos?!

— Eu não tenho inimigos! — balbucia tremendo a fala e ainda inerte no chão.

— De fato! Você tem aliados! Esses são os inimigos de Jendayi! — falo e ela me encara com um olhar aterrorizado e posso ver o quanto os outros convidados estão confusos e surpresos — Akantha, não é?! — falo me aproximando e ela engatinha para longe de mim.

— O que está acontecendo aqui?! Como pode tratar a nossa rainha assim… — um dos subordinados dela ousa me enfrentar e não deixo que termine de falar, faço apenas um sinal para que um sentinela vaporize o infeliz. Sequer quero seus fluidos sujando o chão onde piso.

— Meu senhor…eu juro que não sei do que estou sendo acusada…— ela rasteja até mim e agarra minhas pernas, como se tomasse um sopro de coragem repentina.

Que irritante! Como quero despedaçar essa coisinha

NÉFTIS E O CEIFADOR DE MUNDOS: Contos Alienígenas Onde histórias criam vida. Descubra agora