Cinco

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Ana

Tenho que admitir que adorei a companhia do Felipe. E pelo visto a Mel também. Acordo no dia seguinte bem animada. Me arrumo e desço. Nem tomar café tomei. Quando estou saindo, vejo uma coisa que me pega totalmente de surpresa.

— Ric?

— Oi, gata. Quer carona?

— Pode ser. — me dá um beijo na bochecha e vamos pra escola.

Chegando lá, me despedi dele e fui falar com as meninas.

— Oi, gatas. — digo me aproximando.

— Oi. Como foi ontem? — pergunta Tai.

— Foi ótimo. — digo sorrindo.

— O que é esse sorrisinho bobo aí, dona Ana? — pergunta Ju num tom que eu conheço bem.

— Já para, Júlia. Fizemos umas cenas bem legais. Acho que se depender do Fe, eu já ganhei. — digo dando uma risadinha.

Fe? Já estão tão íntimos?

— Não enche, Tai. Tenho namorado, lembra?

— E você nunca sorriu assim por causa dele. — falam juntas.

Ia retrucar quando ouço a voz do Felipe. Me levanto e encaro seus magníficos olhos verdes.

— Oi, Ana. Olha só, o Marcos vai lá em casa hoje por causa de um projeto e...

— Você não vai poder ir lá em casa. — termino sua frase.

— É. Mas... Eu queria saber se você não quer ir com a gente depois da escola. — pergunta timidamente, o que eu achei bem fofo.

— Ah, claro. Tudo bem.

— Ok, então. Até mais. — se despede.

— Até. — volto a me sentar.

— É... To vendo que esse vai ser o filme. — fala Ju e nós três rimos.

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Pronto. Já avisei meu pai que vou pra casa do Fe. Ric questionou, dizendo não confiar nele. Ri e disse que ele era só um amigo. Estamos caminhando pra sua casa.

— Chegamos, mãe. — grita. Uma mulher loira aparece na sala e se assusta quando me vê.

— Meu Deus! Uma garota. — ela estende os braços e nos abraçamos.

— Oi. Sou a Ana.

— Mãe do Felipe, Teresa. Vamos almoçar, pessoal.

— Lipe. Você viu meu fone? — uma menina entra na cozinha. — Ah, oi. Uau, temos visita. Sou a Cris. — pego sua mão.

— Ana. — digo sorrindo.

— Muito bonita, Ana. — sinto meu rosto esquentar.

— Obrigada. — digo tímida.

— Em cima da sua cama, peste. — responde Felipe.

Paro em frente a uma porta que está aberta. Dentro do quarto, se encontra um majestoso piano. Entro e passo a mão sobre ele.

— Ana? — chama Felipe. Até me assusto. — O que faz aqui?

— Você toca? — aponto pro instrumento.

— Eu... eu, er....

— Ele toca. — responde sua irmã parada na porta. — Só que parou depois que nosso pai morreu. Depois disso, nunca mais tocou.

Apaixonados Pelo AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora