Quatorze

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Capítulo sem correção.

~♡~

Seus olhos se abriram em espanto. Por pouco mais de dez segundos, até que deixou de olhar para Eric e focou no café que fazia. O celular dele foi colocado sobre uma parte do armário na cozinha, toda em cores terrosas. Nada foi dito ali, ao menos não no início.
O mais novo o abraçou meio de lado, sem jeito, pois não ssbia exatamente como agir nessa situação.

Nunca havia perdido alguém tão próximo assim. Se seus pais biológicos estão mortos, ele nunca soube.

Quando o café terminou de ser passado, foi que Ravi se virou para ele, o abraçando de volta, enterrando o rosto em seu ombro.

- Sinto muito, meu amor. -Ele fala acariciando seus cabelos.


O restante do dia foi estranho.
Ravi não agiu como alguém de luto, na verdade, parecia ignorar esse fato parcialmente. Ele quem estava cuidando de tudo; translado do corpo, velório, enterro.
O pai seria sepultado no Brasil. Então, depois de quase um ano sem pisar em território brasileiro, ele estaria de volta. Dormiu com Eric as duas noites seguintes; pois se tinha algo que seu namorado era, era protetor.

Foi quando estava no avião de mãos dadas com ele - Ravi do lado da janela e Eric do corredor. - que Ravi se deu conta de que, novamente, estava indo rápido demais.
Eles namoram ha uma semana, cinco desses dias dormiram juntos, estava ficando mal acostumados, pois menbum via motivo para não fazer isso.

Até agora.

-Você vai conhecer o Reizel.

Ravi começa a falar, queria que o namorado o conhecesse em outra circunstância, mas não estava tendo muita escolha.

-Sim. -Eric responde, o olhando.-Não sei exatamente como me sentir sobre isso, é a primeira vez que tenho um cunhado em vinte e seis anos. Quais as chances dele me odiar?

Sua fala é bem humorada e faz Ravi sorrir, encostando a cabeça em seu ombro.

-Nenhuma, você é importante pra mim, então não tem como ele te odiar.-Fechando os olhos e respirando fundo o perfume do namorado, ele continua.-Só peço que, por favor ... Não fale da calvície dele.

A risada fica presa na garganta. Incrível como Ravi o conhece tão bem ao ponto de saber que esse, provavelmente, seria o primeiro comentário que faria ao ver o cunhado.

-Uai, porque eu falaria da calvície dele?-Seu tom é mais fingido que tudo. Ravi percebe.

-Eric, toda vez, sério mesmo, toda santa vez que você vê uma pessoa calva ou careca-Ravi afasta um pouco o rosto somente para encarar o olhar divertido do mais novo.-, você solta um 'Ah, você é careca!'. Não teve uma so vez que eu estava com você que vimos um que você não tenha feito isso.

Ele até tenta não rir, mas é impossível já que, é verdade. Eric não tem nada contra pessoas sem cabelo, não faria nem sentido ter algo contra. Ele só fala isso, pois viu em um programa de televisão uma mulher dizendo isso ao marido.
Logo, essa frase relacionada à pessoa careca, virou o seu vício. Ele já fala em pensamento sem sequer perceber. Quando dá por si a frase já está quase escapulindo de seus lábios.

-Eu nunca falaria algo assim do meu cunhado.

Falaria sim.

-Assim espero ...Amorzinho.-Ravi diz, dando um beijinho rápido na bochecha dele.

Se fosse em outras circunstâncias, estaria o beijando de verdade. No fundo, ele agradece por Eric não querer isso.

-Como você está, querido?-Ele pergunta a Ravi enquanto acaricia seu rosto que novamente, está encostado nele.

O Que Restou De Nós? | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora