Dezoito

118 16 118
                                    

⚠ Gatilho: menção a agressão e homofobia.⚠



- Eric ... Mais forte. - Ravi pede, praticamente implora.

As mãos do namorado estão em suas costas e ele com o rosto contra o colchão. O prazer tomando conta de cada fibra sua, a dor de antes amenizando ha cada movimento.

- Assim? Você gosta desse jeito?- Eric atende seu pedido, perguntado bem próximo ao ouvido dele.

Ravi suspira e deixa mais um gemido lento escapar de seus lábios que estavam entreabertos. O corpo qause nu, recém saído do banho está bem relaxado sobre a cama enquanto o mais novo lhe toca.

- S-sim. Isso, desses jeito ...- Sua fala é acompanhada de mais um gemido. Não é alto, mas é o suficiente para fazer Eric morder os lábios. Ele adorava ouvir isso. - Não para, por favor.

Ravi está com os olhos fechados, aproveitando o prazer e gemendo baixinho.

- Ravi Barbalho Snodiny, é o seguinte: Ou você para de gemer desse jeito ou eu paro a massagem.

Eric adverte, parando os movimentos das mãos no topo das costas do namorado.
Ravi estava desde que chegou do trabalho reclamando de dores nas costas, logo, assim que Eric pôde, se dispôs a massagea-lo. Geralmente, era o contrário. Eric era quem chegava, depois de horas de ensaio, em sua casa às vezes reclamando de dores e o mais velho lhe massageava.

- Não, não para. - Ele diz com uma voz manhosa, de um jeito que se fosse qualquer outra pessoa, faria Eric revirar os olhos.- Minhas costas estão me matando ... Sério, nem consegui trabalhar mais direito.

Atendendo ao perdido, Eric volta a fazer a massagem.

- O que você fez pra ficar assim? -Ele pergunta, preocupado.

As mãos apertando um lugar específico no meio das costas, coisa que faz Ravi segurar outro gemido na garganta.

- Talvez eu tenha ... dormindo na cadeira do escritório.

Ele responde lentamente. - É uma mentira, na verdade ele teve um "acidente" na aula de dança, não quer contar, pois conhece o namorado que tem e ele sabe que Eric iria querer ir até o estúdio e brigar.-Já imaginando o sermão que vai levar.
Eric era super protetor, não de forma sufocante, é saudável. Ravi não fica muito atrás. Ele se tornou igualmente protetor, de forma que nunca foi com ninguém além de seus filhos.

- Eu não vou dizer é nada! - Ele declara, bufando de frustração e firmando mais a massagem.- Você é adulto e sabe que não deveria fazer essas coisas. Você tem cama em casa, tem trinta anos e sabe o quão prejudicial isso é pra sua coluna, gay safado.

Ravi olha por cima do ombro. Da forma que é possível, sem se mexer muito.

- Tá me chamando de velho, pirralho?

- Tô', você é um.- Eric responde. Irônico, nada abalado com o olhar assassino que recebe do namorado.

- Velho é o se-

- Não, não é. Ele tem vinte e oito anos assim como eu, agora sossega e deixa eu terminar.

Sua fala é bem humorada e não, Ravi não se ofende. Não era pra ofender mesmo. Esse tipo de "brincadeira" era comum entre o casal.
Ravi se ajeita novamente. O silêncio não dura muito, pois um dos gatos entra no quarto fazendo um escândalo.

- Será que ela não está com fome? - Ravi questiona quando a gata branca, de orelhas arredondadas e olhos grandes se deita encostada nele.

- Ela está é perto de parir. - Eric responde, observando a gata que já estava com a barriga gigante. - Por isso está tão agoniada.

O Que Restou De Nós? | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora