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Ao longo da vida, o que mais temos que fazer são escolhas. E algumas delas são péssimas, mas pelo menos aprendemos com elas. Nos meus últimos oito anos, tudo o que fiz foram péssimas escolhas. E eu aprendi com cada uma delas.
– O alfa quer ter ver – um cara alto, de cabelos longos para em minha frente.
Pelo seu olhar, creio que ele deve estar esperando que eu corra para outra direção. Ele parece gostar de correr atrás de suas presas.
*
Eu tinha 12 anos quando tomei minha primeira decisão, a primeira escolha ruim. Usar maconha pela primeira vez, foi a primeira escolha ruim, porque não foi só a maconha, eu acabei usando muitas outras coisas. E foi nesse dia, que descobri que era uma druida e descobri o mundo sobrenatural.
Da pior maneira é claro.
*
Entrei na casa do alfa e fui até seu escritório. Pelo menos eram organizados. Bati na porta e ouvi um "entre" abafado.
Entre os 13 e 15, eu já tinha feito mais de mil escolhas horríveis que tinham tudo para destruir minha vida. Mas foi nesse tempo que comecei a estudar mais sobre o que era druida e o que eu podia fazer. Porém como era eu por mim mesma, as informações vieram como uma avalanche para cima de mim, e isso dificultava cada vez mais tudo o que eu fazia.
Foi nesse tempo que eu enlouqueci, não literalmente do tipo que você é doido. Enlouqueci por não saber o que fazer com minha vida e só consegui destruir ela cada vez mais e mais. Foi nesse ano que tive minha overdose e fui para o hospital. Com 16, meu pai me jogou em uma clínica e eu fiquei lá por um ano.
Não sei qual a fachada daquele lugar, mas ele mais piora você, do que te limpa. Eu fuji de lá, não muito tempo. Peguei algumas coisas e fui para Beacon Hills.
De cara eu quase me ferrei, mas conheci Deaton. Na verdade, reconheci. Lembrei que ele já havia me ajudado antes e muitas vezes tinha salvado minha pele. Então, nesse tempo ele me ajudou. E em uma crise de abstinência, eu estava no meio da floresta, com febre, frio, suando, com falta de ar... Simplesmente quase morrendo.
E ele estava lá, Derek Hale. No início apenas me olhando, até ver que a situação não era das melhores. Então se aproximou, tirou a minha dor sem que eu percebesse, mas ele mal sabia que sim, eu tinha percebido, porque eu era uma druida e sabia que aquilo que eu sentia, não passaria rapidamente.
Druidas são seres muito inteligentes e eu amo isso, então busco constante conhecimento. Ele ficou comigo por um tempo e depois sumiu. Eu voltei aquela floresta várias e várias vezes, até ele finalmente me enfrentar por estar invadindo uma propriedade privada. Brigávamos todas as vezes que eu ia até lá. Até que simplesmente fiquei mais tempo do que deveria por ali e acabamos noivos.
Que loucura, 19 anos e noiva de um lobisomem. E como se nada fosse ruim o suficiente para não piorar, uma Argent estava atrás de nós. Ela estava obcecada por Derek e eu tinha acabado de descobrir que estava grávida.
*
Estava voltando da clínica em que Peter estava internado. Pois é, o tio do meu noivo estava catatônico por culpa da Argent. Ela seduziu Derek e queimou toda sua família. Derek me mostrou Peter no início do nosso relacionamento, eu de cara disso que o tio dele parecia arrogante e egocêntrico, ele explodiu em gargalhadas.
Depois disso, ele virou meu confidente. Quase todos os dias eu vinha aqui conversar com ele, desabafar e pedir conselhos, mesmo que ele não respondesse. Mas eu saia de lá com a cabeça mais leve e com certeza do que fazer.
Esse dia não foi diferente.
*
– Pediu para me chamar?
– Você está conosco a alguns meses. É uma druida sábia, descobrimos uma peculiaridade em você. Por que não nos contou?
– E do que está falando exatamente?
– De você ser uma druida da tempestade. Sabe o que você é capaz de fazer? – ele disse em meio ao choque.
– Isso não é relevante para meus conselhos. Apenas guio vocês, nada mais.
– Não queremos ser guiados. Queremos você na alcatéia.
– Não vão me transforma. Isso vai contra o tratado.
– Foda-se o tratado. Sabe o quão poderosa você seria? O quão poderosa você é?
– Sou apenas uma humana que aconselha o sobrenatural. Não tenho nada a oferecer.
Dou as costas ao lobo, mesmo sabendo a idiotice que estou fazendo. Ele se aproxima e puxa meu cabelo, fazendo meu corpo bater contra o seu.
– Hoje é lua cheia. Não aconselho você a andar a noite.
Bato minha cabeça na sua e em seguida dou um soco em seu rosto. Ele tenta avançar, mas jogo um vaso em sua cabeça, ele se desequilibra e cai, batendo a cabeça na lateral da mesa. Sangue começa a escorrer pelo chão e eu começo a me apavorar.
Saio daquela casa o mais rápido que posso, corro em direção a meu carro, mas os pneus estavam furados. Continuo correndo, uivos praticamente estouram para todos os lados. Merda, eu não devia ter atacado ele, eu matei uma pessoa.
Corro o mais rápido que posso – maldito dejavu – mas nunca seria mais rápida do que eles, são lobos. É o instinto.
Em minutos estou cercada por incontáveis lobos. Cinco deles sendo alfas. Eles me encaram como se fossem me matar, e sei que vão.
Eles avançam rosnando para mim, eu acabo caindo de susto e só consigo gritar ao senti-los rasgando minha pele.
*
Olho para o tiro em minha perna e corro o máximo que posso. Ela acha que sou uma deles, ela prometeu deixá-lo em paz.
Lágrimas caem de meus olhos, embaçando minha vista. Só preciso salvar meu bebê.
Sinto uma pancada na cabeça e ela se aproximar.
– Fique longe do que é meu – escuto antes de desmaiar.