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Quando ele disse que não iria sair do meu pé, eu achei que era brincadeira. Tem exatamente doze horas, que Peter está agindo como meu segurança.
– Preciso sair e é particular, você pode por favor me deixar livre? – praticamente imploro.
– Só por hoje. Não faça nada que vá se arrepender depois.
– Eu só faço o que vou me arrepender depois – digo ignorando seu aviso.
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Inclusive acendi um cigarro com essência de acônito assim que sai dali. Estava dentro do elevador a alguns segundos e ainda bem que estava chapada demais para focar na pessoa ao meu lado.
Alisson Argent me encarava totalmente sem pudor algum.
– O que foi garota? – pergunto já sem paciência.
– O que faz aqui?
– Desde quando minha vida é da sua conta? – ainda bem que a porta se abriu.
Ignorei seu olhar ainda em mim e entrei no apartamento de Deucalion sem bater.
– É cada uma.
– O que houve? – gêmeos surgem na minha frente como se tivessem visto um fantasma.
– Argent.
– Você vai ter problemas com isso, eles sabem quem está morando aqui.
– E desde quando isso é problema meu? – pergunto a Ethan.
Aiden revira os olhos e vem me abraçar. Assim que ele vira de costas, pulo prendendo minhas pernas ao seu redor.
– Por que estão sozinhos aqui?
– Deucalion tá ocupado.
– Não para mim, baby.
Desço das costas do lobo e mando mensagem para Deucalion. Talvez as palavras "urgente" muito sangue" e "dor enorme" o façam andar rápido.
– Vamos – digo batendo palma – ver filme – grito dando um tapa na cabeça de cada um.
Os dois rosnam para mim e eu dou outro tapa neles. Sigo até a cozinha e procuro as pipocas que escondi aqui da última vez. Começo a preparar tudo, enquanto rosnados soam atrás de mim.
– Parem com essa merda – digo, mas ao olhar para trás, me assusto com os gêmeos quase transformados.
Sinto cheiro do que era e começo a procurar onde eu escondi meu cigarro de acônito. Ele não estava nos bolsos, olhei em volta e achei ele literalmente só o pó no chão, junto com um saquinho cheio de folhas de acônito.
Junto tudo rapidamente e jogo dentro da pia, ligando a água para lavar.
Respiro fundo e jogo um copo de água na cara dos dois.
– Já estão melhor cãezinhos?
– Que merda você tem na cabeça? – Ethan fala extremamente irritado.
– Não grita com ela.
– Ok, machos territorialista – digo entregando uma bacia cheia de pipoca para eles e os empurrando – vamos ao filme.
Ando atrás deles rindo. É cada situação, que parece até brincadeira.
Escolhemos um filme de terror, me aninho entre os dois e sei que mal vi o começo do filme.
_"_
– Calem a boca e prestem atenção no filme – resmungo chutando um deles e volto a dormir... Ou tento.
– Filme, Ayla McCall – um rosnado grotesco me faz saltar do sofá e encarar a figura possessa na minha frente.
– Lion – sussurro seu apelido como se fosse um fantasma.
– Você disse que tinha sido atacada e não estava conseguindo se curar – ele diz com seu tom calmo, mas ainda assim ameaçador.
– Não pode me culpar – digo batendo os pés.
– Ayla – Aiden me alerta.
– O que? – digo sem importância – Eu só queria ver vocês, e daí se eu exagerei. Vocês são piores – sussurro a última parte.
– Eu esqueci o quão dramática você é.
– Ora Lion, não seja um lobo chato.
– Depois que você desmaiou, enfrentei seu irmão – o encaro ferozmente – calma, não o matei. Ele estava apenas defendendo a Druida negra, ela tinha sequestrado sua mãe e os pais dos seus amigos.
– O que?
– Já estão seguros – ele diz, mas ainda assim caio na gargalhada.
– Pais dos meus amigos? Que amigos Deucalion? Nem aqui eu queria estar, imagina fazer amigos – digo ainda rindo.
– Idiota – Ethan sussurra rindo.
– Eu mereço. Já demos um jeito nisso. Estão todos bem, não que eu me importe, afinal quase morri nesse processo.
– Um fato, um tanto curioso – digo dando um sorriso ladino – Fico feliz, que estejam bem.
– Sobre isso. Eu preciso sair da cidade, os gêmeos vão ficar com você.
– Não preciso de babás.
– Precisa – os três dizem juntos.
– Patéticos. Você não pode ficar sozinho com a Kali.
– Ah isso – ele diz e coça a cabeça – ela morreu. Jeniffer a matou.
– Tem certeza que eu só estava me recuperando por ter caído daquele lugar? Muita coisa aconteceu.
– Tem mais – Deucalion tira o óculos e vejo seus olhos azuis – ela acabou me curando.
– Mentira – grito empolgada – que vadia maravilhosa, porra Lion – pulo em seus braços comemorando – quantos dedos tem aqui? – ergo 4.
– Deixa de ser imbecil – ele bate em minha mão, mas retribui o abraço.
– Volte para me ver, seu velho idiota.
– Voltarei. Em breve. E por favor, não se mate até lá.
– Motivador.
Me despeço deles e saio. Com certeza a fofoqueira Argent já contou para todos onde eu estava.
Hora de enfrentar aqueles que se acham meus donos.