Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois daquele mini show, uma chuva despencou sobre nós. Rafael me levou até o carro e ignorou todos ali. Chamando por mim, por ele. Agora estávamos nos encarando em meio a uma lanchonete na beira de uma estrada.
– Você mudou, tá mais magra – ele diz mais para si, do que para mim – foram as drogas né?
– Tô me limpando – digo sem olha-lo.
– Tá se destruindo.
– Você me queria limpa. Então estou fazendo a porra da limpeza.
– Ayla – ele diz meu nome como advertência.
– Não é como se você não estivesse feliz por estar vencendo.
– Não é mais questão de vencer. Olha pra você, eu queria te ajudar e com certeza não era assim.
– Olha a questão não é essa, ok. Não saímos de lá para você vir falar como eu paro com as coisas.
– Não sei se sabe ou se as circunstâncias fizeram com que isso virasse uma coincidência. Mas eu vou voltar para Londres – o encaro por um tempo – mas não vai ser com você.
– O que? – praticamente grito atraindo atenção das poucas pessoas para nós dois.
– No momento não posso levar você de volta. Mas eu vou voltar e aí se ainda quiser, pode ir comigo.
– Então eu volto sozinha.
– Ayla. Você sabe que é para o seu bem. Você sabe...
– Cala a boca – rosno e me levanto, indo embora dali.
Imbecil de merda. Você é uma garota imbecil de merda.
Digo apertando as garras em minhas mãos, fazendo sangue sair delas.
†
Pulo a janela do meu quarto e assim que viro, dou de cara com Scott na minha cama.
– Que susto garoto – digo deixando a janela aberta.
A chuva caia mais fina agora, então o tempo estava mais frio.
– Veio na chuva? Ele não te trouxe?
– Eu fui embora sem falar com ele – praticamente sussurro – espera um pouco.
Tomo um banho rápido e troco de roupas ali mesmo. Saio e me sento na outra ponta, mais afastada dele e acho que ele notou.
– Quer mesmo ir embora?
– Não importa muito o que eu quero – digo dando de ombros.