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Fecho meu computador e passo a mão por meus cabelos. Mal lembro a última vez que eu sequer consegui dormir sem ter algum tipo de pesadelo.
Tomo um banho rápido e volto para o trabalho.
Antes que eu consiga me concentrar, escuto vozes desesperadas vindo do quarto do Scott. Escuto um choro baixo e sei que não é de nenhum dos dois patetas.
Assim que abri a porta e saio, um corpo pequeno de cabelos loiros cai em cima de mim e me leva para o chão. Vejo seu olhar de desespero e seus olhos verdes estavam cheios de água.
Ele estava chorando.
Seu rosto estava muito perto do meu e vejo o garoto ser praticamente arrastado para longe de mim e alguns rosnados pelo corredor. Ele se encolhe e tenta fugir.
Me levanto rápido e seguro seu braço.
Não sei como aconteceu e nem como fiz o que fiz, mas vi o momento em que meu irmão o transformou.
– Está com medo? – pergunto um pouco baixo e ele apenas concorda.
Ignoro os presentes ali e arrasto o menino para meu quarto. Tranco a porta rapidamente e o forço a se sentar.
– O que aconteceu?
– Aquele garoto lá fora, ele... Esquece.
– Ele te mordeu? Você está tentando entender o que está acontecendo.
– Como sabe?
– Sei que não acredita e seu lado racional está falando mais alto. Porém seres sobrenaturais existem e ele é um lobisomem – ele se levanta nervoso, mas o forço a voltar a se sentar – ele não tinha escolhas quando te mordeu, era isso ou você iria cair do prédio.
– Como sabe disso?
– Eu vi. Quando segurei seu braço no corredor. E se te tranquiliza, e eu sei que não, eu também sou uma lobisomem, diferente, mas sou.
– Vão me matar?
– Não – digo rindo e ele relaxa – quer ver? – ele balança a cabeça incerto.
Brilho meus olhos para ele e me transformo com calma. Para não assusta-lo.
– Eu não gosto do que sou, mas aprendi a conviver com isso. Sei que vai ser difícil para você, no início. Mas, podemos ajudá-lo se quiser. Eles não sabem lidar com acidentes assim, por isso pareciam um bando de retardados tentando te convencer de que "a mordida é um presente e blá blá blá".
O garoto da uma risada genuína e eu acabo rindo com ele.
Nem me lembro a última vez que sorri assim.
– Você parece triste – ele diz mais calmo.
– Esse mundo – suspiro tentando controlar as lembranças – ele tem seu lado maravilhoso, mas ele também tem seu lado perigoso. Terá momentos em que você precisa se controlar muito e a momentos em que você terá que lutar por sua vida mais do que qualquer outra pessoa.
– Não sei se estou pronto para isso.
– Estaremos aqui para você. Pode me ligar se precisar de ajuda. Terá que ter cuidado com caçadores e muitas outras coisas que existem nesse mundo e vão atrás de nós.
– Obrigado.
– Me chamo Ayla. Sou uma druida e uma lobisomem.
– Me chamo Liam, Liam Dunbar.
– McCall, Ayla McCall.
– O que é druida?
– Conselheiros sobrenaturais. Pra resumir.
– Preciso ir para casa. Eles vão tentar fazer algo comigo se eu sair?
– Está sob minha proteção, Liam. Ninguém toca em você.
– Obrigado novamente.
– Qualquer coisa me liga – digo e pego um cartão com meu nome e número, o entregando.
Abro a porta do quarto e três lobos estavam de cara fechada no corredor, tirando o olhar ameaçador de Stiles para o garoto.
– Stiles – o chamo e ele me olha com esperança – pode levar o Liam para casa, para mim?
Seu sorriso murcha e ele abre um ameaçador, digno de psicopata.
– Sem o matar no caminho – completo.
Ele sai arrastando o coitado para fora de casa e escuto ele sussurrando um " roube minha amiga e eu corto essa cabeça sua fora com acônito "
Às vezes duvido da sanidade do Stilinski.
– O que foi? – pergunto suspirando para os que restaram.
– Está bem?
– Se eu falar que sim, vocês falariam que é mentira – respondo meu irmão.
– Não tenha pressa, faz apenas um mês.
– Eu sei gostosinho – digo para Isaac e o coitado recebe um tapa do Derek – preciso dormir lobinhos, ou vou de arrasta pra cima daqui a pouco.
– Podemos conversar um pouco?
– Claro meu lobinho preferido.
– Ei – Isaac e Scott protestam, mas Derek já me arrastou para o quarto.