«CAPÍTULO 39 - O DRAMA DA COMUNAL DA GRIFINÓRIA»

267 33 8
                                    

No instante em que o buraco do retrato da sala comunal da Grifinória se fechou e os seis quintanistas se posicionaram ao redor do fogo, Marlene, Sirius, Lily, James e Peter se viraram para olhar para Remus.

Lupin estava completamente alheio ao abrir seu livro, apenas olhando para cima por causa do silêncio incomum entre seus amigos turbulentos. James foi o primeiro a falar, ajustando o travesseiro que estava atrás dele no sofá laranja.

"Então, querido Lupin, você se importaria de explicar o que foi?" James perguntou alegremente, fazendo Marlene rir com seu tom excessivamente feliz.

Remus fechou o livro amarelo-escuro que havia pego e colocou-o na mesa de centro esculpida à sua frente para esperar um pouco antes de responder a James.

"O que você quer dizer?"

Sirius bateu com força a caneca de chocolate quente que acabara de roubar de um grupo de alunos do quarto ano. Ele tinha acabado com a tensão.

"Pare com essa besteira, Remus." Sirius exclamou, e ninguém poderia dizer se ele estava brincando ou não com base em sua expressão intensa.

"De jeito nenhum você olha para alguém assim e não sabe do que James está falando."

O crepitar do fogo e um jogo de Snap Explosivo sendo jogado por alguns alunos do sétimo ano foi tudo o que pôde ser ouvido por alguns segundos enquanto Remus pensava em como responder.

Lily interveio graciosamente, sentindo a falta de palavras de Lupin.

"Quero dizer, eu posso entender de onde você vem, Remus." Ela disse levemente, segurando seu antebraço com uma mão gentil.

James mal conseguia ficar na mesma sala que Lily. Cinco anos observando sua gentileza estavam se tornando insuportáveis; seu desejo infantil se transformou em outra coisa.

"Quero dizer," Começou Remus, coçando a nuca.

"É como se sempre que eu a visse, eu tivesse uma sensação estranha no meu peito como se alguém o estivesse apertando tanto que eu não consigo respirar."

James levantou uma sobrancelha e olhou levemente para Marlene, que riu quando Sirius derramou chocolate quente em si mesmo.

"E quando você se sente assim, de novo?" Perguntou Peter, inclinando-se para Lupin de sua poltrona vermelha escura.

Remo pensou por um momento.

"Não sei, principalmente quando ela está com Black ou algo assim?" Ele suspirou, tentando controlar seus pensamentos.

"Eu acredito..." Sirius disse com um sorriso torto enquanto limpava o líquido de chocolate de sua camisa.

"Que essa emoção em particular seria chamada de ciúme."

Os outros quatro grifinórios concordaram com a cabeça enquanto Remus corou ligeiramente.

"Mas, ciúmes de quê?" Remus perguntou a eles, franzindo as sobrancelhas.

"Quero dizer, não é como se estivéssemos namorando ou algo assim." Ele murmurou, parando na última parte.

Pettigrew gemeu e segurou a cabeça entre as mãos enquanto a sacudia simultaneamente.

"Para alguém tão inteligente, você pode ser um pouco estúpido." Peter disse a Remus, frustrado.

Remus se deitou no sofá exasperado, descansando a cabeça no braço do sofá enquanto olhava para o teto coberto de tapeçaria.

"Bem, o que diabos você sugere que eu faça, então?" Ele perguntou com os dentes cerrados.

"Eu não posso apenas.. eu não posso.."

Todos ficaram quietos, olhando nervosamente para Lupin. Ele estava claramente irritado, e nenhum deles queria deixá-lo bravo, especialmente por causa de Hollis.

"Você prefere deixar Nott pegá-la?" Perguntou Sirius de repente, quebrando o silêncio.

James respirou fundo. Lily ergueu as duas sobrancelhas, piscando lentamente enquanto se virava para Peter, que parecia querer encolher até o tamanho de um dos marshmallows no copo de Black.

Remus sentou-se lentamente de sua posição deitada. Seus olhos verdes encontraram o rosto implacável de Sirius com raiva.

"O que você acabou de dizer?" Remus perguntou, levantando-se.

A cadeira rangeu levemente quando Sirius se levantou rapidamente também.

"Eu disse." Sirius repetiu, seu rosto determinado.

"Você prefere deixar Nott pegá-la?"

"Ela o odeia." Remus lembrou a Sirius vigorosamente.

"Ela pode, mas seus pais com certeza não."

O rosto de Remo empalideceu.

Sirius olhou Remus bem nos olhos enquanto dizia a próxima parte, certificando-se de que ele tinha toda a sua atenção.

"E não importa o quanto você tente, você não tem controle sobre o que acontece com Hollis quando ela não está em Hogwarts. Você não tem ideia de como é estar em uma família como a minha ou a de Hollis." Sirius continuou, seus pés ainda se movendo em direção a Remus.

"É uma mania de sangue puro com eles, e é horrível."

Ele sentiu um aperto no estômago; ele sabia que Sirius estava certo. Ele não podia fazer nada para salvar Hollis de sua família, não agora.

E isso o assustou pra caralho.

Ele abriu a boca para responder, mas antes que pudesse, todos os Marotos sentiram uma onda de calor contra seus pulsos. Não era nada fora do normal, apenas o encanto de sempre. Mas foi um lembrete de Hollis o suficiente para fazê-los parar de lutar, sabendo o quão chateada Rosier ficaria se ela os visse agora.

Então, em vez de continuar, Sirius e Remus sentaram-se silenciosamente na mobília quente e macia da sala comunal da Grifinória.

"Jogo de Snap Explosivo?" James sugeriu fracamente após alguns minutos de silêncio entre os quintanistas.

Lily balançou a cabeça, murmurando algo sobre dever de casa. Marlene também usou essa desculpa e seguiu Lily escada acima. Peter bocejou e disse que ia dormir, junto com Sirius. James pausou e olhou para Remus antes de subir a escada de pedra para seus dormitórios.

Lupin parecia que não conseguia decidir se queria gritar ou chorar mais antes de esfregar a testa e pegar o livro de volta, apenas um pensamento passando por sua mente.

Eu odeio hormônios.


A versão original da história está no perfil da drowninginparagraphs.

Espero que gostem desse capítulo.

Beijos.


Blood and Chocolate - Remus Lupin (TRADUÇÃO CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora