«CAPÍTULO 37 - BLACK ERRADO»

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Hollis estava de costas para a entrada principal da ala hospitalar enquanto ela se sentava em cima de seus lençóis e fazia o dever de casa de Trato das Criaturas Mágicas sobre os hábitos de acasalamento das quimeras que Sirius havia deixado há mais ou menos uma hora. Ela tentou empilhar os velhos livros grossos e os cadernos de couro desgastados que ele havia dado a ela na mesa de cabeceira de madeira mais cedo, mas essa tentativa terminou em uma série de estrondos altos e notas soltas voando pelo chão de pedra.

Houve um par de passos atrás dela.

"Eu juro, Sirius, se você me trouxer mais trabalho." Hollis começou a resmungar em frustração enquanto colocava sua pena de pardal ao lado do pote de tinta azul-marinho sobre a mesa.  

"Já há cerca de uma dúzia-"

Ela foi interrompida por uma voz diferente da de Sirius.

"Black errado." Veio a voz calma de Regulus atrás dela.

A cama rangeu ligeiramente. Hollis virou-se rapidamente com as costas quase curadas, não protestando alto como teria feito algumas semanas antes. Regulus estava parado ali com uma expressão levemente nervosa no rosto, como se estivesse quebrando algum tipo de regra ao visitá-la.

"Godric, sinto muito, Reg." Murmurou Hollis, esfregando os olhos enquanto Regulus se sentava ao lado dela na ponta dos lençóis de algodão.

Ele apenas deu de ombros casualmente e torceu as mãos.  

"Desculpe não ter visitado antes, demorou tanto para fugir de Roldolphus e Evan." Regulus explicou se desculpando.

Hollis balançou a cabeça.  

"Existe algo, em particular, sobre o qual você queria falar?" Ela perguntou enquanto deixava sua redação de lado, virando-se totalmente para ele.

Regulus piscou duas vezes e lentamente acenou com a cabeça, girando em direção a Hollis também.  

"Precisamos de um plano, Hol." Ele sussurrou, nervosamente quieto, embora não houvesse mais ninguém na ala hospitalar.

"O que você quer dizer, um plano?" Hollis questionou, alcançando atrás dela e abraçando um travesseiro branco e macio em seu peito.

Regulus olhou para suas mãos com anéis por alguns segundos e depois voltou a olhar para Hollis com uma expressão séria.

"Se algo assim acontecer novamente, precisamos de um plano."

Hollis ergueu as sobrancelhas.

"Nós?"

"Pense nisso, Hol." Regulus disse, deslizando um pouco mais perto dela.  

"Nossos pais estão juntos na Mansão Rosier ou no Largo Grimmauld o tempo todo durante os feriados. Eu poderia simplesmente pedir para acompanhá-los. Não consigo imaginar por que eles diriam não. E você poderia fazer o mesmo."

Hollis sabia onde Regulus queria chegar com isso.

"E, não sei, poderíamos ter algum tipo de sinal se você precisasse sair de lá." Regulus deu de ombros.

Havia muitas coisas erradas nisso, pensou Hollis, silenciosamente assinalando todas elas. Se todos os seus problemas com a família pudessem acabar com algum sinal secreto, então ela já teria ido embora anos atrás.

"E ir para onde?" Hollis perguntou, franzindo as sobrancelhas. 

"Eu não posso simplesmente 'sair de lá'."

Apenas o crepitar dos lampiões a gás pôde ser ouvido por alguns segundos. Regulus suspirou novamente.

"Ok, tudo bem. Então o que posso fazer? Fazer outra proeza como na noite de Natal?" Regulus perguntou, ficando cada vez mais frustrado com sua falta de utilidade nesta situação.  

"Porque eu não acho que nenhum de nós gostou disso."

Um pensamento ocorreu a Hollis.  

"Você já pensou no que vai acontecer com você durante o verão?" Ela perguntou.

Regulus parecia confuso e balançou a cabeça, o cabelo preto caindo ligeiramente fora do lugar.

"O que você quer dizer?"

Hollis não contou a ninguém o que ouviu no verão passado na reunião dos Comensais da Morte realizada no salão de baile de sua família. 

Talvez agora seja a hora certa, ela pensou, examinando o rosto de Regulus. Ele merece saber tanto quanto qualquer um.

"No verão passado, fui pega espionando uma reunião dos Comensais da Morte." Hollis começou. 

Regulus ficou muito, muito pálido.  

"E eu os ouvi conversando, Reg." Hollis continuou, sua voz baixando para um sussurro trêmulo.  

"Eles estavam falando sobre nós."

"O que você quer dizer com nós?" Ele perguntou.  Hollis respirou fundo antes de continuar.

"Quero dizer que eles estavam falando sobre nos recrutar neste verão."

Black piscou uma vez muitas vezes.  

"Somos muito jovens." Disse ele com firmeza.  

"Não."

"Eu não vou deixar isso acontecer." Afirmou Hollis com firmeza, concordando com a cabeça.

Regulus ficou em silêncio enquanto olhava para as janelas atrás de Hollis. A expressão em seu rosto a estava assustando. Havia medo e ódio pelo que seus pais estavam tentando forçá-los a fazer, ela também detectou uma pequena explosão de excitação que fez seu sangue gelar.

"Reg." Hollis sussurrou, e Regulus desviou os olhos da noite nublada e voltou-se para ela.  

"Por favor, me diga que você não está pensando em fazer isso."

Regulus permaneceu em silêncio.

"Reg, por favor." Hollis implorou, segurando seu braço.  

"Você não quer ser como seus pais, meus pais. Especialmente não tão jovens. Não é certo, e você sabe disso. Nós sabemos disso."

"Que escolha nós temos, Hollis?" Ele disse de repente, com o rosto quebrado.  

"Tornar-se um ou ser morto?"

Hollis balançou a cabeça.

"Não, não, você não quis dizer isso. Eles não matariam um de seus próprios filhos."

Ela se viu não acreditando em suas próprias palavras, e Regulus também não.

"Eles não iriam?" Ele perguntou, olhando para as costas de Hollis. 

"Porque eles com certeza já fazem algumas coisas bem nojentas conosco, não é?"

O olhar durou apenas alguns segundos.

Regulus estendeu a mão primeiro, envolvendo Hollis em um abraço apertado que era de alguma forma gentil em suas costas. Eles estavam se abraçando como se isso fosse derreter toda a pressão e medo de seus pais. Uma pequena mancha molhada estava se formando em ambos os ombros, as lágrimas quentes rasgando suas camisas. Era tão fácil para eles se entenderem, seus passados ​​sendo preenchidos com muitos dos mesmos horrores.

Exceto que Regulus os testemunhou enquanto Hollis os suportou.

"Estou com medo, Reg." Hollis disse suavemente, e ela sentiu Regulus fechar os olhos.

"Eu também."

E então, houve um rangido de dobradiças quando as portas da ala hospitalar se abriram de repente.

Isso aqui ta parecendo o Vale a pena ver de novo, quando uma novela tá terminando e eles começam a lançar capítulos das novelas que serão passadas depois.

A versão original da história está no perfil da drowninginparagraphs.

Espero que gostem desse capítulo.

Beijos.

Blood and Chocolate - Remus Lupin (TRADUÇÃO CANCELADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora