Capítulo 6 - Adsumus

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POV Marília

Acordei antes da Maraisa, claro, e fui para a cozinha preparar um café. Deixei meu celular com o despertador para 9h no quarto, acho que hoje está mais tranquilo na empresa e dá para chegarmos lá até umas 10h.

Ontem nem tive tempo de reparar no apartamento dessa doida, mas olha, é bem bonito. O apartamento é grande, diria que bem luxuoso, tem uma decoração contemporânea com efeito clean e moderno, era tudo bem organizado. As paredes branquinhas contrastavam com detalhes de madeira dando um ar bem fino e harmonioso ao ambiente.

Preparava algumas panquecas, geleia e um chá inglês para nós duas quando senti alguém me abraçar pelas costas e se aninhar na minha nuca, me tirando um suspiro.

- Hmmmmmm que cheirinho bom! – disse Maraisa com uma voz manhosa e me dando um beijinho na bochecha.

Coloquei as minhas mãos sobre as dela na minha cintura e sorri.

- Bom dia, minha bêbada preferida!

- Obrigada por cuidar de mim, Marília! E desculpe se eu te dei muito trabalho – disse finalmente me soltando e se sentando no balcão ao meu lado.

- De nada, você só me deu várias cantadas, mas tá tudo certo!

- O que? Eu te cantei, Marília?

Soltei uma gargalhada – E muito, viu?

- Meu Deus... me desculpa!

- Não precisa se desculpar, foi divertido! Eu sei que sou irresistível, mas você fica ainda mais engraçada bêbada! – terminei de cozinhar e me virei para colocar na mesa. Maraisa logo desceu atrás de mim e foi aí que percebi o baby doll preto que eu havia colocado nela.

- Ficou toda sexy de pijaminha...

- Preto! – Maraisa passou as mãos pelo seu corpo, revelando suas curvas.

- Muito sexy...

- E você? Eu já vesti esse aí várias vezes, mas nunca ficou tão perfeito em mim, combinou com os seus olhos, tá uma gostosa. – Maraisa disse me encarando e eu não conseguia desviar mais o olhar.

Castanho ardente no castanho fulminante.

- Não vai começar a me cantar de novo, né? – perguntei dando um sorriso e servindo o chá e as panquecas a ela.

- Por que, Marília? Não vai conseguir manter a sua pose de bandida má?

- HÁ HÁ HÁ, até parece que Marília Mendonça perde sua pose por alguém.

- Veremos, Senhorita Mendonça... veremos! – disse a morena comendo um pedaço da panqueca e soltando um gemido ao provar a geleia, que já tinha lambuzado à sua boca toda.

- Tá bom aí, criatura pequena? – perguntei segurando a risada ao olhar para aquela boca toda cheia de geleia.

- Muito bom! – disse a morena com a boca cheia – E eu não sou tão pequena, viu Marília!? Que saco, véi!

- Então porque meu bebê tá com a boca cheia de geleia de morango? – gargalhei enquanto ela fechava a cara tentando limpar a boca sem sucesso.

- E você já se apossou da minha cozinha toda né?

- Ah, alguém tem que fazer alguma coisa nessa casa, se não vamos atrasar para ir para a empresa.

- Marília! A empresa! Temos que ir! – disse Maraisa já se levantando enquanto eu a puxei pelo braço e peguei um guardanapo para limpar a boca dela, fazendo-a sentar de novo.

- Primeiro a comidinha, meu bebê! Hoje se chegarmos lá até às 10h está bom, é um dia mais tranquilo e o Bruno me ligou falando que está tudo bem.

À Beira do Penhasco | Malila Adapt.Onde histórias criam vida. Descubra agora