❝Amaya viveu toda sua vida na segurança de sua casa em Pandora, uma prisão disfarçada de proteção. Cansada das restrições e sentindo o peso da expectativa de seu pai de mantê-la segura para sempre, ela foge para explorar a floresta, acreditando que...
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•••𝔸𝕞𝕒𝕪𝕒••• Eu estava tendo mais um daqueles sonhos que não faço a menor ideia de como começam e como eles surgem, como são criados em minha cabeça... dessa vez eu sonhei que estava voando, tão alto que conseguia voar ao lado das nuvens! Olhei para baixo, nunca vi tanto verde na vida como vi nesse sonho... eu estava voando sobre uma floresta.
Também já sonhei que estava dentro de uma floresta, as árvores eram enormes, assim como as plantas e arbustos que me rodeavam... tantas cores vivas, tantas formas, tantos detalhes! Queria saber de onde minha mente tira tantos detalhes... a mente humana com certeza é muito poderosa, olha só quantas coisas ela é capaz de criar e fazer! Eu só espero que esses sonhos sejam normais, que não sejam um sinal de que estou ficando louca...
Como eu disse, não faço a menor ideia de como esses sonhos começam... mas sei perfeitamente como terminam. Com vozes irritantes chamando pelo meu nome... as vozes que me traziam de volta á realidade, que nomeei carinhosamente de "Meu inferno pessoal".
Emma: AMAYA! - Escutei sua voz estridente vindo de algum lugar da casa. Como uma voz consegue ser tão irritante?
Sim, esse é o meu nome... escolhido pelo o meu pai. Gosto desse nome, mas às vezes eu tenho vontade de trocar de nome e não avisar ninguém, assim iriam parar de me chamar e eu finalmente teria paz. Emma grita o meu nome toda manhã para que eu acorde, ela faz isso a tanto tempo que nem sei como eu ainda tenho a capacidade de me assustar toda vez!
Eu: JÁ ACORDEI! - Gritei em resposta para a minha irmã gêmea chata.
Emma: Que bom, porque você iria amar o jeito que iria te acordar hoje! - Mesmo a sua voz estando abafada pelas paredes da casa eu consegui escutar um riso em sua voz.
Nunca entendi o que acontece comigo, quanto mais horas eu durmo mais cansada eu acordo... O dia hoje estava cheio, tanta coisa pra fazer... Que se dane! - Pensei enquanto trocava de posição na cama e colocava o cobertor em cima do meu rosto para tapar a claridade que entrava pelas janelas do meu quarto. - Pode vir tentar me acordar, a porta está trancada mesmo! - Dei de ombros.
Não consegui ter um sono profundo outra vez, eu apenas cochilei... acordei com um estrondo acabando com o silêncio do meu quarto. Não tive tempo de pensar e nem agir, apenas senti o meu cobertor sendo tirado de cima de mim com brutalidade e água fria em meu rosto.
Emma: Acordou? - Perguntou com calma na voz.
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