AVATAR: My Hero • Neteyam

|𝟬𝟰. 𝙍𝙚𝙚𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙤|

𝐴𝐵𝑅𝐼𝐿, 2170

•••𝔸𝕄𝔸𝕐𝔸•••
Ter problemas com sono é um saco, ainda mais quando se precisa dormir para ter muita energia para o dia seguinte! Na noite passada passei por isso, eu não conseguia dormir de jeito algum por eu estar ansiosa demais para o amanhã... um mês se passou, o treinamento avatar acabou e eu finalmente me tornei uma Controladora de Avatar!

Foi um mês muito turbulento, nós aprendemos em um mês o que Norm, minha mãe e mais vários outros controladores precisaram de anos para aprender... e ainda ficamos sem aprender algumas coisas que, na opinião de Norm, são coisas de pouca importância e aprenderíamos na prática.

Passei um mês preocupada com o meu pai, a cada dia que passa ele fica mais estranho ainda... eu e minha irmã começamos a passar mais tempo no laboratório do que em nossa casa, e todo o tempo que passávamos em casa ele não se desgrudava de nós.

Eu sei, ele sente saudade de ficar o dia todo com nós duas... não posso tirar dele o único momento que tem com as filhas. Mas isso começou a ficar sufocante e estranho demais... logo notei que ele não estava ali apenas para matar a saudade, mas sim para nos espionar e tentar nos fazer desistir de fazer parte do Programa Avatar!

Todos os dias ele nos faz várias perguntas, as mais frequentes são: "Você tem certeza que quer fazer isso?" e "Está tudo dando certo na conexão?" com um fundo de "Tomara que não dê certo e minhas filhas voltem a ficar em casa o dia todo". Sei que é errado pensar isso do meu próprio pai, mas é a verdade...

Finalmente o dia de irmos conhecer a vila Omaticaya chegou, tínhamos que estar muito preparadas para esse momento! Começamos a nos arrumar cedo, Norm nos contou que a vida lá começa bem cedo e que devemos nos acostumar com isso. Eu e Emma quase nos arrependemos de termos acordado tão cedo assim, pois nossos pais demoraram muito para acordar... e quando acordaram, já estávamos prontas a horas! Enquanto eles não acordavam nós ficamos jogando cartas, para o tempo passar mais rápido e acalentar nossa ansiedade.

Nossos pais acordaram e foram se arrumar, ficamos o tempo todo tentando não apressá-los... mas era impossível, pareciam duas tartarugas! Depois de muita pressa e discussões, seguimos o caminho para o laboratório.

O dia estava lindo e combinava com meus sentimentos, eu estava feliz, ansiosa e animada... as cores estavam mais vibrantes do que o normal e pareciam ser a minha felicidade. Enquanto andávamos eu senti várias vezes a brisa leve batendo em meu rosto e fazendo o meus cabelos dançarem ao som da natureza... se parece com minha ansiedade que vai e volta várias vezes.

Eu não era a única animada e ansiosa ali, Norm e Max estavam nos esperando na sala de conexão, não aguentavam ficar parados um segundo sequer, estavam ocupando suas mentes com tarefas que nem foram passadas a eles para fazer!
Foi um grande baque para mim e minha irmã quando descobrimos que Norm mandou fazer a manutenção de nossos conectores, para ter certeza de que não iriam parar de funcionar em momento algum... ou seja, tivemos que esperar mais algum tempo antes de nos conectar.

Finalmente o momento de nos conectar aos avatares chegou, nossos pais e Norm tinham que nos acompanhar até a vila, então também se conectaram aos avatares deles... uma conexão em família.

Eles fizeram um check up rápido para ter certeza de que estávamos bem antes de irmos para a vila, combinamos que, pelo menos uma vez na semana, devemos ir ao laboratório em nosso corpo avatar, também para checar se estava tudo bem com nossos avatares. Depois de tanta enrolação nós finalmente saímos do laboratório e fomos rumo a vila!

Quando chegamos nos deparamos com várias construções diferentes, eram cabanas muito bem construídas... uma ao lado da outra, e outras cabanas ficavam mais afastadas das outras, talvez por questões de privacidade. Tudo estava muito quieto e sem movimentação, mas quando mais adentrávamos na vila, mais notávamos movimento.