•••𝔸𝕄𝔸𝕐𝔸•••
Acordei abruptamente, ofegante e suando frio. Olhei ao redor, tentando me situar. Eu estava em meu quarto, segura e protegida. Mas meu coração ainda estava acelerado e minha respiração irregular. Ontem acordei achando que estava caindo da cama, meu coração parecia que iria sair pela boca. E hoje meu coração acordou acelerado por causa de um maldito pesadelo...Apesar de ter tido um bom dia ontem, nada que pudesse me causar pesadelos, eu tenho mais pesadelos do que sonhos. E dessa vez o meu pesadelo se passava no meio de uma tempestade, um dos meus maiores medos. Por um momento achei que fui levada de volta ao dia em que estava perdida no meio de uma tempestade...
Eu olhei para o relógio e vi que ainda faltava quase uma hora e meia para o dia clarear. Eu sempre fui do tipo que não conseguia dormir depois de acordar em uma hora inconveniente. Eu ficava enrolando na cama, tentando encontrar uma posição confortável. Mas dessa vez é diferente, agora eu sinto uma vontade crescente de ser produtiva e não ficar procrastinando. Então eu me levantei e saí da cama, decidida a ver o que estava acontecendo na casa.
Eu olhei para cima e concluí que Emma estava tendo um bom sono e estava tudo bem com ela, já que ela dava alguns roncos baixos. Eu acordei cedo demais, sabia que ninguém estava acordado ainda. Talvez minha mãe, que sempre acorda cedo para ir para o laboratório, mas ela estava estranha ontem e poderia não ter acordado ainda.
Eu passei pelo corredor acendendo as luzes para poder saber onde estava pisando. Fui até o quarto dos meus pais para saber se estava tudo bem. Eu sabia que estava tudo bem quando via duas lombadas embaixo do cobertor branco, uma lombada era meu pai e a outra minha mãe. Mas ali tinha somente uma lombada... Reconheci que era minha mãe, por causa dos cabelos longos e escuros quase tocando o chão. Eu me perguntei onde estava meu pai e comecei a procurá-lo preocupada.
Bati na porta do banheiro, não tive nenhuma resposta, então fui até a cozinha, mas não encontrei nenhuma pista de que ele passou por ali. Fui até a sala e me despreocupei na mesma hora! Vi meu pai roncando no sofá, com um livro quase cobrindo o seu rosto. Meu pai costuma passar algumas noites em claro para ler livros. Eu decidi tirar o livro de cima dele e pude perceber que ele foi muito produtivo na leitura noturna... Ontem, antes de eu me deitar, soube que ele estava na página 50 e agora estava na página 110.
Eu marquei a página e fechei o livro, colocando-o em cima da mesa de centro. Então fui preparar meu café da manhã.
Odeio cozinhar sozinha, minha comida só fica boa quando o meu pai está me ajudando, quando cozinho sozinha tudo fica com um gosto estranho... não se parece em nada com a comida do meu pai.Não demorou muito para o cheiro de café da manhã exalar por toda casa, o que a minha comida tem de gosto ruim, tem de cheiro bom. Vai entender...
Ontem minha mãe não jantou, é claro que iria acordar com fome... com certeza acordou assim que sentiu cheiro de comida.
Ela deve ter reparado que meu pai não está na cama, vai achar que é ele quem está na cozinha. - Pensei. Também tentei pensar em como ela reagiria ao me ver... não tive muito tempo para isso, pois logo escutei seus passos leves.Olhei para trás assim que me senti observada, lá estava ela, me olhando confusa. Me assustei quando a vi, não por ela estar parecendo um leão por ainda não ter arrumado o cabelo, pelo menos eu acho que não foi por isso... me assustei com a nossa semelhança. Consigo ter uma semelhança com a minha mãe que não consigo ter com minha própria irmã gêmea!
Eu estava usando uma camiseta verde, estava toda amarrotada e rasgada... tenho ela a muito tempo, por isso está com tantas "marcas de guerra". Lá estava a minha mãe, também usando uma camiseta com um tom de verde parecido com o da minha, estava mais conservada.
Idênticas até no modo como nos vestimos. - Pensei, mesmo estando cansada de saber que não temos muitas opções de roupas, vestimos qualquer coisa que encontramos no guarda roupa.
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AVATAR: My Hero • Neteyam
Fanfiction❝Amaya viveu toda sua vida na segurança de sua casa em Pandora, uma prisão disfarçada de proteção. Cansada das restrições e sentindo o peso da expectativa de seu pai de mantê-la segura para sempre, ela foge para explorar a floresta, acreditando que...