|𝟭𝟬. 𝘾𝙖́𝙡𝙘𝙪𝙡𝙤 𝙙𝙤 𝘼𝙢𝙤𝙧|

521 26 74
                                    

•••𝔸𝕄𝔸𝕐𝔸•••
Ontem, por causa da Celebração a Eywa, eu e minha irmã acabamos nos desconectando dos avatares muito mais tarde do que o que nós combinamos com nosso pai... chegamos em casa tão tarde da noite e tão cansadas que não procuramos algo para comer, procuramos as nossas camas. Acordamos famintas! Mas isso não era um problema, assim que acordei senti um cheiro ótimo exalando da cozinha e soube que nosso pai estava preparando café da manhã.

Sempre gostei de pregar peças na minha família, gosto muito de assustá-los quando estão distraídos. Não é atoa que carrego o título de melhor pregadora de peças da família... tenho que continuar fazendo jus a esse título, não quero perdê-lo! E a vítima da vez era meu querido pai.

Eu: BOO! - Gritei quando já estava atrás dele na cozinha, só esperando o momento certo para assustá-lo. Coloquei a minha mão em suas costas para que o susto fosse maior ainda. Quase morri de tanto rir da reação dele! Se fosse um gato, ele estaria grudado no teto até agora.

Eddie: Caramba, Amaya! - Ele gritou comigo, e com razão... - Eu já disse para você parar de me assustar desse jeito, cada susto que me dá, você tira 5 anos da minha vida! Está matando o seu velho aos poucos. - Me olhou com raiva.

Eu: Nossa, você fala isso como se eu te assustasse todos os dias... - Revirei os olhos. - Pare de dizer que você é velho, por que você não é velho!

Eddie: Mais alguns anos e eu terei 50 anos. - Avisou, voltando a preparar o café da manhã.

Eu: Para mim, você ainda é bem novo... quer dizer que ainda posso te assustar durante mais algum tempo. - Já estava sentada à mesa, coloquei meu cotovelos na mesa e apoiei meu queixo nas mãos. Ele me deu uma olhada lateral, e eu apenas sorri.

Todos nós nos sentamos à mesa e começamos a tomar o café da manhã. Era o café da manhã mais completo que tivemos em uma semana, era farto, não tinha nada faltando na mesa. Mas eu ainda sentia que tinha algo faltando ali... não era comida, era conversa. Eu, meu pai e minha irmã, todos calados... e é sempre o nosso pai que puxa assunto.

Eu: O que ele tem? - Sussurrei no ouvido de Emma. Ela observou o pai durante algum tempo, voltou a me olhar e fez que não com a cabeça, me dizendo que também não sabia o que ele tinha.

Comecei a pensar nos motivos para ele estar tão quieto, mas não havia outro motivo em minha mente a não ser uma discussão com minha mãe... eu decidi ignorar isso. Sempre que eles têm uma discussão não demora muito para se resolverem.

Continuei tomando o meu café da manhã tranquilamente.

Só depois de terminar o café eu me dei conta do horário, eu havia acordado muito tarde! Mas aí eu me lembrei que se acordasse cedo, eu iria ficar muito cansada para o resto do dia...

Está tudo bem, acordar tarde em um dia da semana não vai fazer mal algum. - Pensei comigo mesma, enquanto me arrumava para sair de casa.

Entrar no laboratório já está deixando de ser um problema para mim, antes todos me olhavam desconfiados, de cara feia, olhadas laterais... poucos eram amigáveis e me davam um bom dia. Mas agora isso é diferente, estão se acostumando com minha presença ali! Afinal, a maioria me vê apenas uma vez por dia.

Entrei na sala de conexão e antes de entrar no lugar onde meu armário fica, escutei vozes conhecidas... eram Norm e Max conversando. Os dois sempre conversam muito alto, ninguém precisa se aproximar deles para saber sobre o que estão conversando, pois conseguem escutá-los do outro lado da sala. Mas naquele momento estavam tagarelando muito baixinho...

Max: Mas se isso realmente for verdade, como acha que elas vão reagir? - Max quase sussurrou.

Norm: Isso vai ser um grande impacto para elas, mas não sei se será bom ou ruim... - Suspirou.

AVATAR: My Hero • NeteyamOnde histórias criam vida. Descubra agora