"Precisamos conversar"Duas palavras que desencadeiam sentimentos diversos em qualquer um, por exemplo: se sua mãe diz essa frase significa que você está muito ferrado, mas se sua namorada ou namorado diz isso então parabéns você está solteira(o). Mas ali não era a mãe, pai ou namorado de Jeongin, em sua frente estava Christopher Bangchan, usando um sobretudo preto como todo o resto que vestia, mas independente do que saísse ali Jeongin tinha certeza de uma coisa: estava muito ferrado.
Talvez seja exagero de sua parte, mas quando se engravida de um herdeiro milionário pode se esperar de tudo e é exatamente disso que ele tem medo.
Percebendo que estava a tempo demais parado deu passagem para que o alfa entrasse em seu apartamento e nunca ficou tão grato por sua filhote dormir como agora.
— Vou direto ao ponto. – disse Bang colocando suas mãos nos bolsos do sobretudo — Essa criança é minha?
Claro que é! - a voz de seu lobo ecoou dentro de si.
— Por que acha isso? – tentou forçar naturalidade, dando até um risinho na falha tentativa de parecer debochado, mas soando como um desesperado e mentiroso
Claro que é! - a voz de seu lobo ecoou dentro de si.
— Por que acha isso? – tentou forçar naturalidade, dando até um risinho na falha tentativa de parecer debochado, mas soando como um desesperado e mentiroso
— Eu sei que é, meu alfa sabe, agora me diga o que quer. – sua voz altiva e pose dominante apenas irritaram o mais baixo.
— Eu cuidei dela sozinho, não preciso de mais nada. Ela é minha filha, não pedi nada a você, nem vou!
— Quanto você quer pra que isso fique apenas entre nós dois? Sabe como são as coisas, o nome dos Bang não pode estar relacionado a escândalo.
— O que... – foi interrompido pelo choro de Mina.
Suspirou e foi até o quarto pegando a filha no colo, sabia que pelo horário ela deve estar com fome. Bang continuava no mesmo lugar imóvel e observou o ômega colocar a garotinha manhosa no cercadinho lilás, se sentiu estranho olhando para ela, principalmente quando o olhar foi correspondido e ambos os alfas se encararam, ele com certo medo e admiração já ela com curiosidade.
— Voltando ao assunto. – começou Jeongin trazendo a atenção dele para si – Eu não quero nada seu, olha se fosse, sei lá, quando eu descobri a gravidez ou quando ela nasceu eu ia querer que o outro pai dela tivesse presente, mas eu não imaginava que ele era um babaca.
— Eu vim oferecer ajuda! – se defendeu.
— Só que eu não pedi porra nenhuma! – elevou o tom de voz – Se você veio aqui comprar meu silêncio então não se preocupe eu não vou fazer nada. – a raiva faiscavam em seus olhos.
— Se você não quer tudo bem, mas em breve meus advogados vão entrar em contato a respeito dela.
— O que? – se exaltou – Como assim? O que você quer com minha filha? – o desespero ao imaginar que ele pode querer tira-la de si era quase palpável, seus olhos pequenos pareciam ter dobrado de tamanho.
— Não é nada demais, só um contrato garantido seu silêncio.
O alívio tomou conta de Jeongin como se todos os problemas e medos tivessem sumido.
— Bem, já vou embora. – olhou para a bebê que o encarava sério e então saiu.
Jeongin de jogou no sofá finalmente respirando de verdade. Fechou os olhos quando ouviu um resmungo vindo da pequena. Claro, ela estava com fome.
α β Ω
Christopher chegou em casa transtornado, havia descoberto que era pai e por isso seu lobo interior não o deixava em paz. Ser um alfa de sangue puro lhe trazia benefícios sobre os outros como uma audição mais apurada, seu corpo sempre foi resistente sendo assim mal havia adoecido em toda sua vida e claro seu lobo é presente como se fosse uma consciência, essa que nunca havia lhe estressado até agora. Durante todo o percurso para casa só ouvia "filhote", sentia que ele queria assumir o controle de seu corpo, mas não seria nada prudente ter um alfa puro quase ensandecido em busca de sua cria. Claro que não. Por isso que ele fez o melhor que pode para de manter no controle – sua mãe Jinhyun havia ensinado algumas táticas já que ela também passa por situações assim – cantou alguma coisa, foi fazendo notas mentais do que estava por perto como por exemplo placas de carro até que finalmente chegou em casa. Ao passar pelas portas encontrou suas duas mães na sala de visitas a esquerda, gostaria apenas de subir para seu quarto e dormir, mas o olhar da alfa deixava explícito: deve contar agora.
Foi se aproximado em passos suaves, as imagens do rostinho fofo circulava em sua mente assim como os lumes negros tão curiosos e tão iguais aos de Jeongin e as minhas covinhas.
— Perdeu o almoço querido. – disse Yoko – Mas venha, você precisa se alimentar. – disse se levantando.
— Não mamãe, eu não estou com fome e além do mais precisamos conversar. – disse sério sentando no estofado a frente de suas progenitoras.
— Tudo bem, o que quer falar? – perguntou a ômega.
— A quase dois anos atrás eu estive com um ômega, estávamos bêbados e... – engoliu em seco – e dormimos juntos. – gesticulou sem graça – Acontece que eu o reencontrei.
— Então o que querido? Gosta dele? – a ômega estava claramente confusa com a conversa.
— Não! – o alfa quase gritou – É que ele tem um bebê e eu acho que eu sou o pai.
O silêncio se fez presente na sala deixando ele apreensivo, Jinhyun olhava para a esposa esperando uma reação, qualquer coisa seria esperado, gritos, lágrimas. Apesar de ser uma mulher extremamente calma, Yoko pode surpreender. Com o olhar preso ao único filho digerindo as últimas falas quando enfim se pronunciou.
— E o que você fez a respeito Christopher?
Apertou os lábios uns nos outros – Eu ofereci uma quantia considerável pra ele não falar a ninguém sobre isso.
— Você fez o que? – gritou.
— Não queria que o nome dos Bang fosse manchado por escândalos! – se defendeu.
— Desde quando sabe disso? E o garoto vai criar seu filho sozinho? Acha que dinheiro resolve tudo Christopher Bangchan? Eu anda não acredito que fez isso. Sinceramente? – se levantou ficando frente à frente com o filho – Estou decepcionada, mas não por você ter um filho... Pela Lua isso é uma bênção pra mim, mas o que decepciona é saber que você entregou dinheiro a esse garoto pra você fugir de sua responsabilidade!
— Desculpe. – disse baixo.
— Desculpas não bastam. Eu quero que o traga aqui com a criança. Precisamos conversar, todos nós.
α β Ω
Passava das quatro da tarde e Jeongin estava em frente a televisão assistindo – totalmente entediado – um programa infantil qualquer com a pequena Mina que olhava tão atenta as figuras coloridas do programa enquanto mantinha sua chupeta na boca.
A campainha tocou então com toda a preguiça do mundo o Yang se levantou indo até a porta.
— Perdeu a chave de novo Minho?
E pela segunda vez no dia seu coração parou junto com cada músculo seu. Não se livraria tão fácil de Christopher Bangchan.

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You Da One - Jeongchan
Fanfiction[𝙵𝚒𝚗𝚊𝚕𝚒𝚣𝚊𝚍𝚊] ☆Tendo um bebê para cuidar sozinho, Yang Jeongin faz de tudo para conciliar sua vida particular com o trabalho, mas as coisas saem do rumo quando Christopher Bangchan reaparece em sua vida querendo se aproximar da filha e mexe...