Nineteen

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Aquela não seria a primeira vez que estariam juntos numa cama, muito menos a primeira que estariam envoltos num beijo molhado e ardente, todavia, tudo isso acontece pela primeira vez como um casal de verdade.

Os corpos dispostos no colchão, um de frente ao outro com os braços circulando um ao outro deixando a distância inexistente como se quisessem provar que dois corpos podem sim o ocupar o mesmo lugar, o beijo foi se tornando cada vez mais profundo, suas mãos passearam pelo corpo um do outro. Suas línguas desligavam entre si trazendo fisgadas em seus membros. Bangchan mordeu um certa forma o lábios inferior do ômega provocando-lhe um gemido sofrendo. Levou seus beijos para o pescoço pálido deixando diversos selares e mordidas leves arrepiando-o por inteiro. Jeongin manteve os olhos fechados sentindo-se ser domado pelo alfa. Uma das mãos macias adentraram sua camisa indo de encontro aos seus mamilos rosados e sensíveis. Bangchan deslizou os dedos por todo ele em movimentos circulares provocando pequenos espasmos e arfares entrecortados. Os corpos iam se friccionando um no outro, suas ereções iam de encontro trazendo arrepios por ambas as partes. Jeongin levou suas mãos até a barra da camisa do alfa puxando-a para cima. Tinha que admitir duas coisas: a primeira é que Bangchan tem o corpo esculpido pelos deuses e a segunda é que só de o olhar sem camisa sentia sua entrada contrair por conta da excitação.

Bangchan sorriu sacana vendo o olhar sedento do ômega. Aproveito a distração do outro e ficou por cima atacando seu pescoço com beijos ferozes despertando seu lado lupino que agora ansiava para se enterrar duro no corpinho magro e definido de Jeongin. A tez antes imaculada começou a ganhar tons variados entre vermelho e alguns possíveis roxos. Suspiros de deleite preenchiam o habitante.

— Chan! – o ômega o chamava e nem sabia o por que, mas sentia a necessidade de lhe chamar.

— Sim Innie. – ergueu o corpo olhando-o – Me diga o que quer.

Você Channie, só você!

Os lábios voltaram a se chocar dessa vez mais afoito transbordando desejo e luxúria. Não perderam tempo em tirar todas as roupas que restavam em seus corpos.

Os feromônios começaram e se soltar dos corpos inundando o cômodo e os levando a despertar o lado lupino de ambos. Olhos vermelhos se fixaram ao par âmbar a sua frente, seus lobos estavam frente a frente pela primeira vez, o ar ficou mais denso, os feromônios mais fortes então se beijaram de maneira voraz, as mãos tocavam, apertavam, mapeavam um ao outro.

Bangchan levou dois dígitos a entrada molhada do ômega penetrando de vez fazendo ele erguer o corpo em surpresa, logo os dedos tomaram um ritmo acelerando deixando a bundinha redonda mais ensopada. Jeongin gemia cada vez mais alto e manhoso, os dedos longos faziam um trabalho e tendo ao roçarem no seu pontinho doce. Sentiu o orgasmo cada vez mais perto, seu corpo tremelicou até liberar jatos de sêmen no próprio abdômen. Retirou os dedos então direcionou seu pau até a entradinha alargada penetrando de uma só vez então foi investindo contra o ômega.

Os movimentos já denunciaram de maneira bruta, com força e rapidez com o intuito de descarregar todo o tesão existente em seus corpos. Jeongin não se conteve e gemeu alto e arrastado, todo seu interior foi surrado com destreza, sua próstata acertada com precisão lhe causando arrepios e espasmos. Abraçou os ombros musculosos do alfa colando seus corpos, Christopher enterrou o rosto na curva do pescoço bonito – agora pintados em tons de vermelho e roxo – inalando o cheiro gostoso do seu ômega que servia como um afrodisíaco natural para si.

Não houve calma nem delicadeza. Os dois pareciam famintos um pelo outro não poupando gemidos, arfares e beijos molhados. Estavam entregues um ao outro como nunca estiveram antes. Quando o orgasmo começou a se aproximar Bangchan acelerou os movimentos não notando que Jeongin havia tido o seu pela segunda vez. O nó começou a se formar então sendo domando pelo lado lupino cravou as presas na pele maculada enquanto se derramava dentro do outro. Ficaram atados por alguns minutos, tempo suficiente para recuperem o fôlego e a consciência.

Bang abriu os olhos – novamente escuros – fitando o garoto de feições delicadas, bochechas vermelhas e deliciosos lábios entreabertos. Beijou agora com paixão não se sentindo arrependo de nada. Suspirou ajeitando-se ao lado do – agora reivindicado – seu ômega.

Já Jeongin ficou estático. Claro que estava feliz, a verdade é que se sentia tão eufórico que temeu gritar caso abrisse a boca. Levou os dedos até a marca recém feita ainda úmida pelo sangue.

Era real? Sim, é real!

— Innie?

Os dois mantinham os olhos presos ao teto.

— Oi Bangchan.

— Mora comigo?

Então os olhos felinos lhe miraram cheios de expectativas e carinho.

— Claro que sim Channie! – um sorriso largo contornou seus lábios.

— Eu gosto quando me chama assim.

— É? – perguntou bobinho.

— Sim, principalmente quando estou dentro de você.

— Idiota! – e riu.

Tudo parecia certo.

— Channie acho que a gente precisa de um banho.

— Tudo bem meu amor. – o abraçou deitado.

— Eu tô falando sério, tem porra saindo da minha bunda!

— Quer que eu coloque mais?

— Bangchan!

— O que? É uma pergunta valida!

— Eu não gosto de dormir sujo. – plantou um bico emburrado.

— Tudo bem amor, vamos tomar um banho.

α β Ω

Na manhã seguinte o casal foi acordado pela filhote que berrava a plenos pulmões no berço querendo atenção e avisando que já estava muito bem desperta. Bang levantou avisando ao Yang que ele poderia continuar a dormir.

E lá estava ela em pé segurando firme na grade do berço enquanto chorava, lágrimas sentidas escorriam por seu rostinho. Quando viu o alfa chorou ainda mais dessa vez estendendo os braços para ser pega no colo.

— Tudo bem filhota, papai veio te ver.

Com a filha nos braços foi para a cozinha, ela já está a calma com a cabeça deitada no ombro do pai.

— Tá com fome? – ela concordou – Quer comer o que?

— Leitinho e croque-croque.

— O que é isso? Diz pro papai.

— Leitinho e croque-croque.

— Tudo bem, eu vou descobrir.

Foi em direção ao armário mostrando todas as coisas que havia comprado e perguntando a filha se queria alguma coisa.

— Leitinho e croque-croque, papai.

— Mas eu não sei o que croque-croque meu bem.

— É cereal.

Quando olhou para trás Jeongin estava lá usando o pijama com o cabelo bagunçado.

— Ah... – disse o alfa envergonhado.

— Como foi que minha filhotinha dormiu? – o ômega a pegou no colo – Channie prepara o cereal para ela que eu faço nosso café.

Mina estava em sua cadeirinha comendo contente enquanto os pais trocavam olhares e carícias suaves.

Tudo estava em seu devido lugar.

You Da One - JeongchanOnde histórias criam vida. Descubra agora