Nine

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Jeongin quando mais novo sabia lidar com alfas, betas e ômegas dando em cima de si, na adolescência receia propostas de todos os tipos, mas não estava pronto para lidar com Christopher Bangchan. Pela Lua! Jeongin sentia que iria explodir a cada investida.

Desde o fatídico dia em que os dois foram pegos no flagra teve de lidar com os olhares nada discretos e até mesmo palavras ou frases de duplo sentido. O ômega gostaria muito de dizer que aquilo eram ações totalmente irrelevantes para o seu dia a dia, gostaria, gostaria muito que este fosse o caso, mas a verdade é que gostava de ouvir e sentir os olhares desejosos do alfa sobre si e queria ardentemente ter seu corpo tomado, sentir os toques mais libidinosos e gozar até dizer chega. Todavia sua consciência repreendia tais pensamentos e lhe gritava: "Pare de pensar em foder se isso não der certo vai arruinar a boa relação que a tua cria teria com a família." Odiava tanto ter razão. Agora estava ele num maldito parque sentando numa toalha xadrez olhando fixamente para ele com aquelas roupas simples, – um conjunto de moletom preto – mas não tirava seu charme, na verdade só o deixava ainda mais atraente. Uma hora ele anda todo imponente usando roupa social e em outro momento ele é um homem comum passando uma tarde com a filha.

O que Jeongin não percebia eram os olhares furtivos do alfa para si, este que estava achando adorável o sorriso largo e os olhinhos sorridentes. Christopher não havia problema algum em admitir o quão atraente o ômega é e que ultimamente começou a sentir vontade daqueles lábios, gostaria de sentir aquele cheiro gostoso diretamente da tez pálida, de preferência enquanto ele estivesse ofegante em baixo de si.

— Papa! – foi tirado de seus pensamentos por um chamado, mas que infelizmente não era para si, pelo menos não ainda.

— O que foi amor? – Jeongin estava ali abaixado tocando nos cabelos negros da filhote.

— Memê – disse ela.

— Vem, papai trouxe comidinha.

Antes que pudesse pega-la no colo viu Bangchan que já a tinha em seus braços. O ômega engoliu em seco quando sentiu seu lobo interior contente até demais. Ao sentar novamente Jeongin tratou de alimentar a cria, gostava de ver como a filhote tratava de mostrar independência querendo comer sozinha mesmo se sujando. Estava tão distraído que se quer notou a aproximação de Christopher – este que antes estava a menos de 40 centímetros de distância – e seus olhares nada discretos.

— Gosto do seu cheiro. – a voz aveludada do alfa se fez presente.

— O que disse?

— Gosto do seu cheiro, Jeongin. Ele é bom, é leve.

As bochechas rubras do ômega instigava Christopher ainda mais.

— Obrigado.

— Não agradeça só disse a verdade, aliás – pensou por breves segundos – o que acha jantar comigo na terça?

— A Mina vai adorar. – disse.

— É, mas estava pensando em alguma coisa mais adulta, sabe? Precisamos nos conhecer.

— Ahm... Mas eu não posso deixar a Mina, o Minho esta passando bastante tempo com o namorado e Felix da aula pela noite.

— Isso não seria um problema, veja eu posso contratar uma babá ou podemos deixá-la com as minhas mães, tenho certeza que não seria problema algum.

— Eu não sei...

— Só prometa que vai pensar com carinho. – as mãos macias estava agora por cima da do ômega num carinho sutil e delicado.

Não é que Jeongin não queria ir, muito pelo contrário, ele quer. Quer até demais e esta é a raiz do problema. Aquela noite na cozinha onde houve um envolvimento de corpos e feromônios por conta dos seus lobos Jeongin não conseguiu um dia de paz por que sua mente borbulhava e seu corpo estava mais sensível que o normal.

You Da One - JeongchanOnde histórias criam vida. Descubra agora