You Da One - Jeongchan

Twenty

A semana passou rápido. Se tornou comum o ômega junto a filhote passar a noite junto ao alfa, os jantares recheados de risadas e olhares amorosos foram trocados a cada instante.

Quando o sábado veio o apartamento de Minho e Jeongin estava bastante movimentado. Os melhores amigos tiveram um conversa sobre o que iria acontecer de agora em diante. Jeongin se mudaria para a cobertura do seu namorado e o alfa Lee chamaria Han Jisung para morarem juntos como queriam.

Haviam caixas e mais caixas, malas prontas na porta e quatro pessoas correndo de um lado a outro afim de terminar tudo antes de almoço.

— Seria bom se você nos ajudasse Lixie! – disse o ômega Yang com um bico plantado nos lábios.

— Mas eu tô ajudando olhando a Min! – alegou.

— Conta outra Felix! – foi a vez de Minho – A Mina tá dentro do cercadinho ocupada demais vendo desenho pra aprontar alguma coisa.

Caixas entravam e saiam do apartamento, logo chegaram a vez das malas então tudo estava pronto. Enfim a mudança estava feita.

Jeongin não pode deixar de sentir seu coração apertar. Morar com seu melhor amigo sempre foi um sonho e um planejamento de ambos que fizeram acontecer, mas agora estava tendo um fim. Não é como se fosse deixar de serem amigos, isso é impossível, mas o costume de dividir as tarefas, contas, jantares e café da manhã tinha entrado na rotina.

Os dois estavam sozinhos na sala do apartamento enquanto os outros estavam no hall os esperando – sabiam que precisavam de um momento – para almoçar.

— Eu vou senti falta disso tudo, de você e da Mina aqui todos os dias. – começou Minho – De conversar até tarde sobre qualquer coisa, de olhar Mina enquanto você prepara a comida dela, do silêncio confortável que surge de vez em quando e me faz pensar como é com ter você como melhor amigo.

Jeongin tentava de forma inútil segurar as lágrimas.

— Você, acima de tudo, é meu irmão. Eu estou orgulhoso do homem quem se tornou, do pai que é e do produtor genial que se descobriu. Eu quero que seja feliz dongsaeng e eu sei que vai por que se o Bang te magoar eu quebrou na porrada.

O ômega riu em meio ao choro antes de dizer.

— Você também Minho hyung, você é meu melhor amigo, meu irmão e se não fosse seu apoio não sei o que seria de mim e da Mina. – respirou fundo – Você é minha família também e quero ser o primeiro a saber quando você e Hannie tiverem um bebê! Exijo ser o padrinho! Eu te amo!

Bang respirou fundo ao sair do banho, o vapor foi se dissipando dando a Jeongin a visão perfeita do seu alfa através do espelho, seu corpo musculoso orvalhado tendo suas gotículas escorrendo por seu corpo, os cabelos negros molhados se emaranhavam com os dedos longos enquanto os colocavam para trás de maneira tão natural, mas fazendo com que se sinta um adolescente bobo e apaixonado com os hormônios a flor da pele.

Se abraçaram por um longo tempo. Mesmo que seja uma mudança pequena para alguns, para eles é o fim de um ciclo é início de outro. Uma fase nova da vida. Começo de novas histórias e caminhos. Eles estavam felizes com isso.

— Gosta do que vê?

Foi tirado vergonhosamente de seus pensamentos pela voz do alfa, só então notou que estava segurando a escova de dentes e a boca cheia de espuma. Não se surpreendia com isso, afinal Christopher Bangchan o tirava de órbita com facilidade, mas ser pego desse jeito é um tanto vergonhoso. Cuspiu na pia então lavou a boca.

— Pode olhar quanto quiser, pode tocar também. É tudo seu.

— Não sei do que você tá falando. – respondeu Jeongin tentando manter o pouco de dignidade que lhe restava.

— Só sobre você babando pelo seu alfa.

Jeongin ficou de frente para ele, assim notando o quão próximos estavam. Sem nenhum pudor examinou cada centímetro do corpo musculoso, observou cada sinal, cada traço, cada gota de água que escorria pelo abdômen bonito.

— Vai só olhar? – o alfa perguntou em desfio – Por que eu quero muito que você toque. – então se livrou da toalha deixando seu corpo totalmente nu.

A visão de Christopher Bangchan inteiro para si mesmo é deliciosa, aquele sorriso sacana, o cheiro gostoso que exala dele.

— Acho que tá injusto. – contou Bangchan – Você ainda está usando muita roupa. – avaliou o corpo magro na camisa branca grande junto a um short pequeno da mesma cor.

Em pouco segundos a boca do ômega havia sido reivindicada com desejo e paixão, as mãos firmes de Christopher o seguravam como se o outro fosse sumir se o liberasse. O corpo do ômega foi amolecendo totalmente submisso aos desejos do seu alfa.

— Vamos pra a cama ou eu te como aqui mesmo.

α β Ω

A vida para Yang Jeongin estava boa; um trabalho que sempre sonhou – a música foi de fato sua primeira paixão –; dividir essa realização com o melhor amigo é tudo o que sempre quis. Lee Minho, além de amigo, é o irmão que nunca teve, o melhor tio o padrinho que sua filhote poderia ter. Além disso mora em um lugar legal onde sua filha tem espaço para brincar e se desenvolver bem e por último, não menos importante, tem Christopher Bangchan, seu alfa. O homem que lhe deu tudo aquilo que jamais imaginou precisar e que hoje não viveria sem: seu amor.

Jeongin nunca imaginou que uma noite de sexo irresponsável fosse lhe trazer tantas coisas. Primeiro foi a gravidez, ter um bebê naquelas condições foi confuso e desgastante, mas não se arrepende de mais nada. Segundo lhe trouxe, tempos depois, seu alfa. Este que lhe amaria até o fim dos tempos. Olha em volta e saber que está tudo como deveria ser é gratificante. Amar sua família é gratificante. Acordar todos os dias com beijos suaves e toques amorosos é bom, ouvir a voz rouca do seu alfa dizendo que te ama é como um sonho.