Não estava sendo fácil para Christopher trabalhar com sua mãe, digamos que Jinhyun não é uma alfa muito paciente principalmente quando se trata do legado da família Bang e seu filho não lhe ajudava chegando sempre atrasado e não comparecendo as reuniões semanais como foi estipulado. Digamos que Christopher prefere usar joias do que administrar sua fabricação.
Esses últimos meses o jovem Bang fazia de tudo para se adaptar e sua mãe Yoko, uma ômega gentil, se orgulhava de seus esforços, mas concordava com a esposa que era a vez do filho delas assumir os negócios da família, mas antes precisava do treinamento adequado.
— Mãe pode por favor não brigar mais uma vez? Foi culpa do trânsito não minha! – alegava o Bang.
— Eu te pedi que chegasse no horário às oito e meia! E que horas são Christopher Bangchan? São quase onze! Assuma suas responsabilidades de uma vez! Isso tudo aqui será seu meu filho e quero que esteja preparado.
— Eu sei mãe, mas não foi culpa minha! O trânsito está um caos!
— Pouco me importa! Amanhã esteja no horário, acorde mais cedo, venha andando ou de metrô, pouco me importa só quero você aqui. Eu posso ser a sua mãe, mas também sou a diretora executiva dessa empresa e por tanto sua chefe. Chegue atrasado mais uma vez e vou descontar do seu salário e nem eu ou Yoko vamos te dar um centavo.
Desligou o celular após o sermão. Era certo de que deveria ter mais responsabilidade, mas o trânsito estava mesmo congestionado, pelo menos dessa vez. Uma mão segurava o volante enquanto a outra estava apoiada em sua coxa musculosa coberta pela calça social, cabelos penteados e o olhar perdido é assim que se encontra o único herdeiro dos Bang.
Naquele momento queria voltar alguns meses atrás quando sua única preocupação era com quem iria transar aquela noite.
Do outro lado de Seoul um Jeongin empurrava o carrinho de bebê pelo supermercado olhando distraidamente as prateleiras que nem notou a mulher a sua frente.
— Desculpa moça, desculpa! – pedia um Jeongin de bochechas vermelhas pela vergonha.
— Tudo bem garoto. – respondeu a mulher – Oh, que linda essa garotinha! – se abaixou analisando o rosto fofo de olhos redondos.
— Essa é a minha Mina. – disse num tom orgulhoso – Acabou de completar seu primeiro mês.
— Oh certamente uma alfa! Ela me lembra o meu pequeno. – seu tom era nostálgico – Quer dizer, ele não é mais um garotinho, mas sempre vai ser meu bebê.
Jeongin sorria para a mulher simpática quando se deu conta que nem havia se apresentado.
— Sou Yang Jeongin, é um prazer.
— Bang Yoko e o prazer é todo meu por ver essa fofura. – levantou-se ainda sorridente então o ômega notou que aquelas roupas custavam o seu salário todo, certamente não morava por aqui.
— Bom já vou indo. – ele disse – Tenho que terminar as compras.
— Claro querido! – então o observou partir desejando que seu filho lhe desse logo netos.
α β Ω
O aniversário da pequena Mina foi comemorado com um bolo feito pelo seu pai, este que filmou cada momento, quando ela batia palmas ao som de parabéns pra você e claro muitas lágrimas de sua parte por ela estar crescendo tão depressa. Queria para o tempo e aproveitar esses momentos eternamente.
Minho era o alfa mais babão que Jeongin conhecia, ele fazia absolutamente tudo que sua afilhada queria. A pequena já dava claros sinais de que seria uma alfa territorialista, sempre de cara fechada para qualquer alfa que se aproximasse de seu papai, algumas vezes chorava ou gritava com o indivíduo. Já Jeongin achava uma graça e muitas vezes se sentia grato por isso, aos 20 anos só queria focar em seu trabalho e em criar sua filhote, relacionamentos estavam fora de seus planos.
Apesar da gravidez inesperada sua vida estava tranquila, seu trabalho estável e estava sabendo lidar com a paternidade. Essa noite me especial foi acompanhar seu amigo Felix em uma exposição de artes, deixando sua cria sobre os cuidados de Minho – este que havia chamado o atual namorado para lhe impressionar – e Lee era insistente quando queria, esse ômega não é brincadeira. Claro que antes teve que checar pelo sua filhote pelo menos umas quinze vezes.
— Olha Minho você sabe que se acontecer qualquer coisa pode me ligar que eu venho o mais rápido possível!
— Jeongin eu já fiquei sozinho com ela quando você teve que ir para o estúdio. – avisou o alfa.
— Eu sei. – suspirou olhando para a pequena no colo do namorado do Lee – Jisung sabe que não precisa ficar de babá, vocês podem querer sair, sei lá... Não tem problema, eu ligo e desmarco com o Felix.
— Nem pense nisso Jeongin! – disse o mais velho dos três – Minho e eu sempre saímos nos fins de semana e eu acho que ele como padrinho e melhor amigo tem que te dar essa folga. Então trate de ir. Felix espera por você.
Então se despediu mais uma vez da sua filhote e saiu. Sabia que ela estava em boas mãos, mas como o ômega protetor que é deixar sua cria lhe agoniava. Suspirou saindo do elevador encontrando Lee vindo em sua direção.
— Eu ia subir pra te arrastar. Tá atrasado. – advertiu.
— Desculpa, mas eu só tô preocupado com a Mina.
— Porque? Ela já ficou sozinha com Minho antes.
— Eu sei, mas dessa vez é de noite!
— E qual a diferença?
— Se ela chorar? Ou se ela quiser mamar?
— Ela é a criança mais bem comportada que eu conheço. – apontou Lee enquanto entravam no táxi.
— E quantas crianças você conhece Felix? – Jeongin perguntou desconfiado.
— O suficiente. Sabe a minha tia, bom? Ela tem três! Umas pestes.
— Você é mal.
Mantiveram uma conversa descontraída durante todo o trajeto. A noite era tranquila o céu tinha poucas nuvens e a lua brilhava. Quando enfim chegaram a galeria não perderam tempo em entrar, só que não era o tipo arte que o Yang costumava ver em exposição o deixando um tanto chocado.
— Quando você disse que era uma exposição esqueceu de mencionar que era erótica. – resmungou Yang – Olha só, nunca vi tanto pinto em minha vida.
— Eu também não sabia espertinho, mas foi o primeiro programa que eu achei que não envolvesse álcool.
— Nossa acho que o criador disso tido deve render uns bons livros a Freud. – disse e ambos os ômegas riram até ouvir uma voz rouca soar atrás deles.
— É talvez, mas não acho que sou tão interessante assim.
Os dois olharam de imediato para o alfa com cheiro de café e porra Felix adora café.
— Gostam da exposição? – perguntou ele.
— Sim, sim! – respondeu um Lee sorridente.
— Sou Hwang Hyunjin e vocês são?
— Lee Felix e esse é Yang Jeongin, meu amigo.
Os dois conversavam e flertavam de forma tão descarada que Jeongin se perguntou o que diabos ainda fazia ali em meio aquele "canavial de rola" como denominou mentalmente. Poucos minutos os dois se lembraram que de sua existência então o alfa os convidou a se juntar a ele e seus amigos em uma área mais reservada da galeria, antes que desse uma resposta seu amigo Lee tratou de aceitar fazendo os três seguirem para os fundos onde havia sofás e champanhe sendo servido.
— Pessoal quero apresentar Lee Felix e seu amigo Yang Jeongin.
Havia cerca de três pessoas ali e Jeongin as olhou despretensiosamente até focar num par de olhos negros que lhe fitavam com curiosidade. Seu coração parecia ter parado. Bangchan estava na sua frente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
You Da One - Jeongchan
Fanfiction[𝙵𝚒𝚗𝚊𝚕𝚒𝚣𝚊𝚍𝚊] ☆Tendo um bebê para cuidar sozinho, Yang Jeongin faz de tudo para conciliar sua vida particular com o trabalho, mas as coisas saem do rumo quando Christopher Bangchan reaparece em sua vida querendo se aproximar da filha e mexe...