Sangue Impotente

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Beatriz Sophie D'Fell20/11/22 - Sangue Impotente 09:56pm - Quarto 12 , Andar 7, Westin Doha Hotel & SPA

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Beatriz Sophie D'Fell
20/11/22 - Sangue Impotente
09:56pm - Quarto 12 , Andar 7, Westin Doha Hotel & SPA.

Beatriz estava cansada, não sabia minimamente o que deveria fazer naquele momento, o tédio era gigantesco, já tinha desfeito suas malas, organizado o banheiro, mandado mensagem pra Lena, lido mais um livro e escutado Taylor Swift. Nada adiantou, então, como última opção, mandou mensagem para seu ex-colega de quarto.

Vem.

Onde, linda?

Meu. Quarto.
Agora.

O grande dia chegou senhores...

Para de agir que nem hétero top, Richarlison.

Agindo como seu, gatinha.

Vai caçar um pau vai.
Mas antes...
VEM. AQUI.

Beatriz foi até o frigobar e pegou tudo que tinha direito - claro, nada muito gorduroso pois ainda tinha amor a sua vida. - salgadinhos, sucos de caixinha, doces e pipoca. Ela não fazia ideia de como tanta coisa entrava naquele pequeno lugar, ficava gelado ou quente conforme o alimento, era realmente incrível.

Em poucos segundos que ela tinha colocado as coisas na cama e ligado a TV alguém bateu na porta, já sabendo quem era, Bea disse para entrar enquanto ia ao banheiro, pronta para desembaraçar o cabelo que já a incomodava.

Beatriz estava apenas com mais um de seus pijamas camisola de cetim vermelho. Tirou a maquiagem com um de seus discos de algodão, estava de olhos fechados tentando tirar sua máscara de cílios.

- Cara, você me ama mesmo. - Bea pronunciou, mais para si mesma do que para Richarlison.

Ele estava quieto, não falou absolutamente nada. Claro, não era ele.

Bea abriu os olhos novamente e foi diretamente ao reflexo do espelho, não era o camisa nove que estava atrás de si.

Sentiu braços enforcarem seu pescoço, tentou se retirar imediatamente do aperto.

- Alguém...! - Antes de concluir sua frase, um pano branco foi colocado de forma brusca em sua área respiratória e digestiva, nele contendo um odor forte, que provavelmente era algum perfume masculino.

Ao sentir os agentes químicos entrarem por suas vias respiratórias, tentou imediatamente tossir, mas não encontrava ar para concretizar tal coisa.

Uma pressão foi instalada em sua cabeça, sentiu uma gota de suor descer por suas têmporas, o éter, o clorofórmio e o cloreto de etila começaram a fazer com que perdesse gradativamente sua consciência. Tudo que precisava naquele momento era uma aula de química, ou de defesa pessoal, que nesse caso era mais plausível.

Antes de ficar completamente inconsciente, olhou diretamente para o espelho e viu as mãos grotescas que a seguravam. Contou de dez a zero com dificuldade, tentando não se deixar levar, mas assim que chegou no número quatro seu corpo desligou-se completamente, caindo friamente no colo de quem quer que estivesse alí.

Inconsciente, impotente e amedrontada. Palavras que naquele momento refletiam nela.

Richarlison de Andrade20/11/22 - Sangue Impotente 10:06am - Quarto 12, Andar 7, Westin Doha Hotel & SPA

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Richarlison de Andrade
20/11/22 - Sangue Impotente
10:06am - Quarto 12, Andar 7, Westin Doha Hotel & SPA.

Richarlison não bateu na porta antes de entrar, ele tinha a cópia da chave do quarto dela por questões de segurança. O que se fez necessário neste momento.

Assim que Richarlison abriu a porta teve uma das piores visões de sua vida, o engraçado era que uma dessas piores também tinha sido com Bea desmaiada, a diferença era que ela tinha acordado do desmaio sozinha, e estava coberta de sangue em lágrimas.

Richarlison deixou sua sacola de doces no bidê da porta e sem pensar muito bateu a porta do quarto com força, fechou as cortinas do quarto e se aproximou rapidamente dela, que se escolheu desesperadamente, fazendo ele tomar a decisão de se afastar também, ainda tentando assimilar tudo.

Palavras não foram usadas, muito menos toques. O único barulho naquele quarto era o de Beatriz em desespero tentando conter suas lágrimas.

- Bea... - logo quando ele tentou chama-la, ela pegou um travesseiro e pressionou nós lábios, dando um grito cortante, porém abafado.

Richarlison sentiu tudo ao seu redor desabar, ele entendeu o que tinha acontecido.

O quarto estava completamente manchado de sangue, as roupas íntimas de D'Fell estavam rasgadas e ensanguentadas por todo o chão, manchando o tapete branco.

O cheiro forte de perfume masculino enjoativo estava nos ares, ematomas amarelos e rochos se espalhavam por seu corpo. Seus olhos estavam da cor original de seu cabelo, mas que agora o ruivo estava fosco e opaco.

Tudo indicava que Beatriz tinha sido estuprada.

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•Me deram confiança, se arrependem agora?

𝓡𝓾𝓲𝓿𝓲𝓷𝓱𝓪  - ℝ𝕚𝕔𝕙𝕒𝕣𝕝𝕚𝕤𝕤𝕠𝕟 𝕕. 𝔸𝕟𝕕𝕣𝕒𝕕𝕖Onde histórias criam vida. Descubra agora