Ayanna

258 22 7
                                    

Ayanna

Mel estacionou em frente minha casa para mim descer, ela destrancou o porta-malas pra mim pegar algumas sacolas de umas coisinhas que eu comprei também pra casa.

Mel: já vou indo, tenho que arrumar as compras, obrigada por me acompanhar - agradeceu e me lançou um sorriso - quem sabe mais tarde eu não apareça por aí - saiu dando um tchau com a mão
Ayanna: não precisa agradecer, quando precisar estarei aqui, e pode vim a hora que quiser, eu estarei em casa - devolvo o aceno de mão.

Vou caminhando com um pouco de dificuldade por causa do peso das sacolas que são quase a fração da minha força.

Quando chego na porta forço a maçaneta da mesma e percebo está trancada, para onde será que Rosário foi, não deve ter ido a igreja porque hoje à missa será apenas a noite, e também não me disse que sairia, assim vou buscar as chaves reservas que sempre ficam em um vaso de planta na lateral de casa, junto as chaves está um bilhete "Querida tive um imprevisto e tive que ir até o meu local de trabalho", só podia ser mesmo o trabalho de Rosário para a fazer sair na sua folga.

Depois de aberto a porta coloco todas as sacolas de compra pra dentro e as levo para a cozinha, começo a organizar tudo em seus lugares, assim sempre facilita quando procuro.

Estou um pouco suada por causa do pouco calor que está fazendo hoje, subo até o andar de cima para tomar um banho, procuro qualquer roupa e coloco sobre a cama, pego também uma calcinha com estampa de flores e coloco junto ao vestido sobre a minha cama.

Me despi das minhas roupas e pego minha toalha em um tom creme que Rosário mesma preparou a mão para mim, por isso ela se tornou a minha favorita, Rosário para mim é o meu porto-seguro, eu só tenho a ela no mundo e isso faz com que eu a ame muito além do que se imagina.

Entro para o banheiro e escuto um barulho de carro chegando na vizinhança, deve ser visita na casa de alguém, aqui não deve ser, não costumamos receber visitas de alguém que tenha carro.

Ligo o chuveiro e a água está um pouco gelada, ao toque com a minha pele ela enrijece no mesmo instante, depois de um momento já estou acostumada com frieza da água, pego o meu sabonete de rosas e passo pelo corpo, eu adoro o aroma de flores, principalmente os dias rosas.

Depois de o banho tomado me enxugo na toalha e enrolo a mesma no meu corpo e saio do banheiro indo para o quarto onde está a minha roupa.

Me visto e sinto minha barriga roncar, só assim lembro que não havia comido nada a manhã inteira, então resolvo ir pra cozinha ver se Rosário havia deixado almoço para mim.

Caminho um pouco rápido, a fome está consumindo as minha entranhas, cada vez mais a minha barriga faz um barulho diferente, chego a achar um pouco engraçado, mais a sensação não é tão boa assim não, muito pelo contrário, parece que vou ser engolida pelo meu próprio corpo a qualquer instante.

Desço toda a escadaria e não presto tanta atenção assim na sala, só sigo caminho entrando na porta que leva para a cozinha, mais voltei toda a minha atenção quando escutei uma voz rouca que me fez tropeçar nos meus próprios pés

Darlan: acho muito descuidado da sua parte deixar a porta aberta bonequinha - olho diretamente para a porta que tem outro homem em pé feito um muro na frente da mesma, mais uma vez estou sem entender o que ele faz aqui, e de novo.
Ayanna: Qual é seu nome? Não entendo por que sempre vem aqui, e por que estava me observando aquela noite pela janela? - jogo várias perguntas de uma vez só sem nem eu mesma entender a ordem com a qual eu proferi
Darlan: bom, não sei se percebeu, mais todas as vezes que eu apareço a mocinha está sempre em apuros - falou sem piscar sequer nenhum olho, me deixando um pouco nervosa.
Ayanna: não compreendo, hoje eu não estava em apuros, aquela noite eu também não estava, foi apenas uma vez e não entendo por o senhor sempre vem aqui.
Darlan: hoje você deixou a porta ao relento sozinha aberta, e se alguém má entrasse, acho que foi uma boa hora para mim chegar - falou novamente com uma firmeza na voz
Ayanna: mais me diga, o que o senhor quer? - perguntei querendo dar resposta pra minha dúvida que se reavivou
Darlan: isso é simples bonequinha, eu quero você - deu um sorriso ladino indecifrável

MEU DOCE VENENO ~Máfia~  (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora