Capítulo 5

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   Estava sentada na poltrona do meu quarto, eu já havia desistido de ler, já que meus pensamentos estavam mais barulhentos do que o normal. Já fazia uma semana... Uma semana inteira e eu ainda não me lembrava de nada, haviam só lapsos, como sons distantes demais, ou imagens embaçadas o suficiente pra que eu não visse, nem ouvisse quase nada. Nada estava adiantando, e isso estava piorando tudo.

(Ayla): S/N?

—Sim?

(Ayla): Ouviu algo do que eu disse?

—Sinto muito. —Me desculpo olhando pra ela. 

    Não era a minha intenção me perder de novo. 

—O que disse? Prometo me concentrar dessa vez. 

(Ayla): Vamos sair ao pôr do sol. 

—Achei que...

(Ayla): Eu sei, mas não vai sozinha e fomos liberados, por hoje pelo menos.

—Tudo bem... Ahn... Pode me ajudar a escolher o que vestir?

    Os olhos dela se iluminaram e quase pensei que ela não seria tão fria quanto fazia parecer.

(Ayla): Claro. —Sorri fechado. 

   Nos levantamos do sofá e subimos as escadas indo pro meu quarto. 

(Ayla): Escolhe os que mais gostar e vamos por eliminação. 

—Certo. 

    Enquanto olhava pelos cabides escolhia algumas das peças penduradas ali. Havia uma em especial que chamou a minha atenção, mas pensei que era exagerado demais pra seja lá o que faríamos. Consegui reunir cinco peças que achei interessantes e voltei pro quarto, as joguei em cima da cama e ficamos em pé analisando cada uma delas. 

(Ayla): Vamos lá. Essa não. —Diz separando o primeiro e o colocando em cima da poltrona. 

—Aonde vamos?

(Ayla): É uma comemoração à Mani. Nossa maior lua. Todos os anos nessa mesma época ela chega em seu apogeu, e toma a coloração azul. 

—Azul... Acho que sei qual é o perfeito. 

    Voltei ao closet e procurei pela peça que tinha visto á poucos minutos, a peguei e a levei de volta pra onde a Ayla ainda me esperava.

(Ayla): É, acho que eu devia ter te contado sobre onde vamos antes. —Sorri. —Esse era o seu favorito. 

—Fiquei alguns minutos olhando pra ele, mas achei que seria demais. 

(Ayla): Aqui não existe nada que seja demais. Está livre pra usar todos os mais chamativos e extravagantes vestidos que quiser. 

—Isso é reconfortante. 

(Ayla): Foi exatamente o que disse da primeira vez. —Sorri.

 —Sorri

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