Capítulo 18

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   As noites de Asfhymor eram sempre de tirar o fôlego, tanto o céu quanto a terra. Ao longe eu podia ouvir as baladas das fadas, longe o suficiente pra que não tivessem um efeito sobre mim. Também ouvia as árvores, o bater de asas do Saiph e algumas vezes seu rosnar pra alguma criatura. Eu devia estar dormindo, mas eu não conseguia. 

   Todos passaram o dia se preparando pra guerra, e eu passei o dia pensando em como podia protegê-los disso sem encontrar nenhuma resposta realmente útil. Saí da cama e me sentei no gramado, logo sendo acompanhada por Saiph. 

—O que eu faço Sai? Eu não sei como proteger eles, não posso deixar que entrem nessa guerra. Dessa vez eu não posso ir embora, então...

   Ele soube o que eu queria dizer e se levantou na mesma hora. 

—É o único jeito de fazer isso sem machucá-los, e você sabe disso. —Digo me levantando. —Pode me levar? Eu vou precisar ir rápido, você conhece o Chris, ele não vai aceitar isso, mas é a única forma de tê-los seguros.  —Tentei não deixar que minha voz tremesse, mas isso foi mais difícil do que eu pensei que seria. 

   Ele abaixou sua cabeça mesmo estando claramente relutante contra isso. Montei nele e voamos em direção a Asdry.

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Klark

(Halux): O que você fez?! Isso é impossível, a menos que você fizesse algum acordo com uma força demoníaca.

—Ele obedece a mim!

(Erin): Está se condenando Klark. 

—Me condenando? Eu estou salvando esse mundo! Não podemos aceitar que nossas leis sejam ignoradas, isso coloca a vida de milhões em risco por causa de uma mortal! Isso é inaceitável!

(Halux): Isso é loucura. O que isso vai lhe custar, pode te tirar tudo.

—Mas vai trazer o equilíbrio de volta. Vocês não entendem? Estas leis foram criadas pra que houvesse paz e equilíbrio entre nós e os mortais. Se as leis são ignoradas isso só pode resultar em caos.

_Majestade, lamento interromper. —Declara abrindo a porta da sala de reuniões. —Mas a mortal está aqui.

(Halux): Ela o que?

—Ora mas que surpresa agradável.

   Com ela se entregando, eu posso resolver isso sem mais complicações.

—Traga ela até nós.

_Sim Majestade.

(Erin): O que ela faz aqui?

—Deve estar se entregando.

(Halux): Por que?

—Humanos são covardes, ela deve pensar que assim apenas vamos a mandar embora sem mais problemas.

(Erin): E o que você tem em mente?

(Halux): Se matá-la a guerra será com certeza inevitável.

—A guerra já era inevitável.

   E então a porta foi aberta mais uma vez, agora dois dos meus guardas a escoltavam um de cada lado. Sua expressão estava ilegível, ela até mesmo cheirava como ele... Repulsivo.

Locked MemoriesOnde histórias criam vida. Descubra agora