Capítulo 12

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   Eu já podia acordá-la, mas a forma como reagiria a esse lugar ainda me preocupava. E se isso acabasse em um desastre? 

—Tenho que acordar ela, fica aqui, se algo acontecer pelo menos você consegue amenizar a dor dela. 

(Christopher): Acha que esse lugar é demais?

—Passamos muito tempo aqui... Ela tem muitas memórias trancadas desse lugar, era o favorito dela.

(Christopher): Certo, vai ficar tudo bem, pode acordar ela. 

—E se for demais? Foi uma péssima ideia trazer ela pra cá. 

(Christopher): Ela vai ficar bem, confie em mim. 

—Isso é arriscado. 

(Christopher): Eu sei, isso também me preocupa, mas seja como for eu vou fazer de tudo pra ela ficar bem. 

   Voltei a olhar pra ela, parecia tão calma, só de imaginar que isso podia mudar drasticamente só por acordar ela, me deixava aflito. 

(Christopher): O que... O que acontece se eu não interferir? E se a dor for apenas temporária e ela se lembrar de tudo?

—Depois de tudo que o Jeongin me explicou sobre as seções de terapia, eu não diria que isso seria tão simples. 

(Christopher): E se for?

—Não tem como saber...

(Christopher): Na verdade tem. 

—Quer que ela sofra por algo que talvez nem aconteça?

(Christopher): Eu posso amenizar se for insuportável. 

—Mesmo assim ela vai sentir dor.

(Christopher): Mas isso pode fazer com que ela se lembre de tudo sozinha. 

—E se não funcionar?

(Christopher): Se não funcionar, eu posso tirar a dor. 

—O Jeongin vai nos matar... E se ele não fizer, a Ayla com certeza vai. 

(Christopher): O plano era fazer ela se lembrar...

—Você vai levar toda a culpa se der errado. 

(Christopher): Tudo bem. 

   A acordei. 

S/N

   O que estava acontecendo? O que estava lá fora? Onde... Onde eu estava? 

—O que aconteceu? 

(Hyunjin): Como se sente?

—Normal. 

(Christopher): Nada dói?

—Não, por que não estamos na mansão?

(Hyunjin): Tivemos que sair de lá, mas vamos ficar bem aqui. 

   Aqui... Voltei minha atenção para o quarto incrivelmente grande ao meu redor, havia uma estante de livros na parede ao lado da porta, uma escrivaninha, duas poltronas de ambos os lados da cama, janelas imensas e cortinas que pareciam tão leves mexendo com o vento que entrava. Eu conseguia ver grande parte do mundo lá fora através dela. Havia algo muito familiar, algo acolhedor, tão acolhedor que me deixava com uma sensação de ser envolvida por um cobertor quentinho em um dia frio. 

Locked MemoriesOnde histórias criam vida. Descubra agora