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Amélia Lorenzi

Leclerc sai apenas de toalha para fora do banheiro, antes de desviar meus olhos dele dou uma boa olhada no seu corpo, gostoso como sempre.

Vejo ele vir até à minha cama e meus olhos vão para ele, eles logo se arregalam quando Leclerc puxa a toalha de seu corpo e esta caí no chão, deixando-o completamente nu na minha frente. 

Fico sem reação fazia tempo que não o via assim, minha reação logo voltou e eu levei minhas mãos até meu rosto. 

-LECLERC. -berro alto e ele se assusta e olha para mim, sussurrando "quase me mata de susto". -Vai vestir qualquer coisa pelo amor de Deus. -digo ainda tapando os olhos. 

-Vai me dizer que não gosta de me ver assim. -diz e eu demoro um pouquinho para responder.

-Não, não gosto agora vai se vestir. -digo e vejo ele ir em direção banheiro. 

Enquanto ele anda eu tiro as mãos dos meus olhos e aprecio a estatura dele, desde as costas até às pernas. Eu pedia internamente para Deus me dar coragem, porque parece que hoje Leclerc decidiu ficar bebasso e me provocar de todas as maneiras possíveis. 

Ele volta com a cueca vestida e ela era preta, meu deus agora eu morro. Cueca preta é o meu ponto fraco. 

Vejo ele vir até mim novamente e se deitar do meu lado, esse menino vai é dormir no sofá.

-Leclerc, o que você tá fazendo? -pergunto. 

-Indo dormir. -diz e eu não estava preparada para o que ia acontecer de seguida.

Charles me puxa para ele e cola nossos corpos fazendo com que fiquemos de conchinha, meu coração bate rapidamente e apesar de eu querer dar um chute nele eu estava gostando de ter ele ali. 

-Se afasta antes que eu te de um coice e cê vá parar na China. -digo chateada e ele rapidamente me larga. 

-Não precisa de ficar brava não linda. Mas vou te falar porque cê tá sendo tão mázinha para mim linda? -pergunta já longe de mim e me olhando nos olhos. 

-Você tá merecendo que eu seja assim com você, acho até que eu deveria ser pior. Só te peço uma coisa não fica de gracinha não ou vai dormir no sofá e de lá com sorte ainda vai pra a rua. -digo e vejo ele levantar as mãos em rendição. 

-Tudo bem já entendi, dormir sem fazer gracinha. -diz lentamente, o álcool ainda devia estar a atuar. 

Viro de costas para ele, ouvindo ele suspirar. 

-Para de olhar para a minha bunda, Leclerc. -digo e ele ri. 

-Eu nem tava olhando. -diz rindo e se vira de costas para mim também. 

Fico em silêncio pensando que a primeira vez que eu estava dividindo a cama com ele para a gente dormir, ele estava nestas condições. Que perfeito. 

-Dorme bem, linda. -diz.

Não respondo. 

(...)

Acordo com a claridade entrando pela minha janela, novamente tinha esquecido de fechar a cortina. Sinto um peso na minha cintura, já sabendo o que era apenas tiro o braço de lá.

-Para que tanta agressividade logo de manhã. -ouço Leclerc dizer. -Podia ser mais fofinha e vir me dar um beijinho e um abraço. 

-Vá pedir para a sua namorada. -digo me espreguiçando. 

Ouço ele rir e fico olhando para ele como se ele fosse um autêntico doido, será que ele era assim doidinho sempre que acordava?

-Você quer dizer minha ex-namorada? -ele diz rindo e eu volto minha cabeça para ele. 

-Que? -pergunto atónita. 

-Isso mesmo que você ouviu, a gente terminou. -diz e eu não vou mentir que festejei internamente. -Descobri que ela também andava enfeitando minha cabeça fazia um bom tempo. -diz e eu fico em choque. -Vai dizer alguma coisa? 

-Não tenho nada para dizer. -digo e me levanto saindo do quarto. 

Ele vem atrás de mim me seguindo até à cozinha. 

-Como que cê descobriu? -perguntei. 

-Peguei ela falando no telefone com ele no maior love. -diz e eu rio. 

-Nem para esconder. -digo e ele concorda.

-A gente nem discutiu, ela disse que andava enfeitando minha cabeça e eu disse que fazia o mesmo, ela nem ficou surpresa. -diz e eu que fico surpresa. -A gente já deveria ter acabado à muito tempo, a gente só se aturava. 

-Não fazia ideia. -digo e vejo ele beber o café que eu tinha feito para nós. 

-Às vezes nem tudo o que se vê na internet é a realidade. -diz e eu concordo. 

Ele parecia muito contente por ter acabado com ela, parecia que lhe tinham tirado um peso das costas e ele estava aliviado. Vá se entender o homem, nunca vi ninguém acabar um namoro e ficar tão feliz. 

À minha cabeça vem aquele jantar que eu tive lá com o doutor comedor de enfermeiras, Charlotte tava lá com um outro homem. Sabia que todos aqueles toques entre eles não eram só de amigos, pois eles pareciam muito intímos. 

Continuamos em silêncio até meu celular tocar, os olhos de Charles foram até ele e ele logo olhou para mim descrente, chateado e sério. Max estava me ligando, ele não poderia ter escolhido uma hora melhor para me ligar. Pego no celular e fico em dúvida se atendo ou não, mas quer saber que se lixe. Charles vai ter que ouvir mesmo. 

ligação ON

-Oi querida. -diz e eu sorrio. 

-Oi. -digo sorridente, olho para Charles e vejo o seu olhar mortal sobre mim. 

-Estou triste que você não me chamou de querido. -diz e eu rio alto, vejo que Charles estava atentissímo ao que acontecia. -Queria te ver. 

-Pode passar aqui em casa daqui a uma hora, depois a gente decide o que fazer. -digo. 

-Eu até já sei o que eu quero. -diz com tom de voz pevertido e eu sorrio de lado. 

-Que bom querido. -digo e Charles parece se engasgar com o ar. -Até depois. 

-Até.

ligação OFF

Desligo o celular e pouso-o em cima da mesa, Charles olhava para mim com a cara séria de antes e com os braços cruzados. 

-Você tem uma hora para sair de minha casa Leclerc.









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Vocês não querem ser umas fofinhas e seguir essa autora aqui?

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐭𝐡𝐞𝐫 𝐖𝐨𝐦𝐚𝐧 ➤ 𝗖𝗵𝗮𝗿𝗹𝗲𝘀 𝗟𝗲𝗰𝗹𝗲𝗿𝗰Onde histórias criam vida. Descubra agora