Emprego e tudo indo conforme o NÃO planejado

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— Olá, garoto. Meu nome é Emporio Ivankov! — a mulher estendeu sua mão para cumprimentar o loiro, o mesmo retribuiu um pouco envergonhado. Finalmente estava ali, de frente à mulher que mudaria sua vida - só não sabia se era para melhor ou pior.

— Sanji, muito prazer! — sorriu tímido. Ivankov apontou para a cadeira do outro lado da mesa daquele café, pedindo silenciosamente para que o mesmo se sentasse ali. O loiro obedeceu e se sentou, a mulher fez o mesmo e pôs sua bolsa em cima da mesa.

— Então... Sanji, não é? Interessante. Nico Robin me falou muito pouco sobre sua pessoa, então me conte mais. Seu nome, idade, com quem mora? Ah, e me conte sobre seus relacionamentos também. — botou seus braços na mesa e apoiou seu queixo na mão direita, inclinada na direção do loiro. Ela parecia bastante interessada.

— Claro... — pigarreou, e fitou o teto hesitando. O loiro pensou um pouco — Sanji, tenho vinte anos. Hum, eu moro com uma amiga, o nome dela é Nami. Meus relacionamentos? — questionou um pouco confuso.

— Você namora?

— Isso é importante?...

— Às vezes, sim! — riu descontraída. Sanji não sabia se levava aquilo a sério ou não — Namorando? Noivo? Solteirão?

— Solteiro...? — respondeu incerto, e suspirou. Aquilo estava ficando estranho.

— Vou ser bem sincera, Sanji. Eu sou dona de uma casa de entretenimento. — o loiro tombou a cabeça levemente pro lado, curioso — Zona, puteiro, clube, sacou?

— Ah, tá... continue.

— Estou precisando de um novo bartender, que sirva tanto na entrada quanto nos quartos, e, às vezes, acontecem certos inconvenientes. Você não é burro, sabe muito bem do que estou falando. — ele assentiu com a cabeça e olhou pra baixo — Então tenha em consciência que talvez isso aconteça em algum momento, mas você tem total permissão minha para espancar um cliente.

— Oi? — levantou a cabeça rapidamente, assustado. Normalmente chefes diriam "haja o que for, a razão é do cliente", o que essa maluca estava pensando?

— Não estou errada, estou? Você está indo para servir e só, não oferecer seu corpo! — exclamou raivosa — Estou cansada desses caras que pensam que podem tocar e fazer o que bem entendem, vários empregados meus se demitiram por conta disto. Então, qualquer coisa, se alguém ousar tocar em você lá dentro do clube, você pode bater. — declarou decidida, socando com força a mesa.

— Obrigado?...

— Só estou dizendo para não ficar calado diante de situações como essas, entendeu?

— E-eu entendi, eu acho... — ele coçou a nuca, um pouco ansioso — Mas, só isso? Não tem outras perguntas?

— Nah, eu preciso de alguém, você precisa de um emprego. Já é o suficiente. — a mulher se levantou e puxou o loiro consigo, saindo da lanchonete — Você começa semana que vem, das oito da noite às quatro da manhã. Oh, tá tudo bem o turno noturno?

— Óbvio! Tá tudo bem! — aceitou rapidamente sem pensar duas vezes, ele só precisava trabalhar e ganhar dinheiro o mais rápido possível.

— Perfeito! — Ivankov sorriu animada e olhou em volta — Aí, você é forte pra bebida? — o loiro concordou desconfiado, arqueando a sobrancelha. Um sorriso estranho se moldou nos lábios pintados de roxo — Que tal beber um pouco comigo? — sugeriu.

— Ãn... ok?...

Talvez ele se arrependa disso mais tarde.

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