Capítulo 11

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POV: Catarina

  — Que dia ocê acha um bom dia para casar? — Sua pergunta me fez sorrir, realmente pensar.

  — Você tem pressa?

  — Sim — seus lábios não conseguiam parar de sorrir, meus dedos não conseguiam parar de sentir, tocar sua mão, como se isso fosse incentivo suficiente para me fazer refletir, questionar se essa é a vida que eu sempre quis, quanto à isso, a resposta sempre foi e sempre vai ser "sim".

  — Petruchio, por que você quer se casar?

  — Por que ocê acha que eu quero me casar?

  — Para me salvar?

  — Do que? Do que os outros vão pensar?

  — Também — eu não sei, não entendo o motivo de perguntar, algo em mim sente a necessidade de questionar, tentar entender, saber o porquê. Talvez eu sinta medo, apenas não sei descrever o porquê.

  — Por que ocê acha que eu estaria salvando ocê?

  — Porque vamos ter um filho...

  — Sim e por que teremos um filho?

  — Porque fomos apressados — sorri ao dizer.

  — E por que mais?

  — Eu não sei.

  — Não sabe, mas quer me ouvir dizer. Eu digo, porque num sinto vergonha em dizer, Catarina. Quero me casar com ocê, além de tudo, porque eu te amo, eu amo ocê!!!

  — Eu não quero mais ficar longe de você!!!

  Foi tudo o que eu consegui dizer, seus lábios calaram não apenas minha voz, como tudo os pensamentos que eu poderia vir a ter.

  — Como ocê tá se sentindo? — Seu tom de voz é baixo, quase inaudível, estamos deitados, minha cabeça pousa em seu peito, se fecho os olhos, posso ouvir os batimentos de seu coração, tranquilo, calmo, como se estivesse em paz por eu estar finalmente ao seu lado.

  — Com relação ao quê?

  — Tudo — suspirou e esperei que completasse o que estava querendo dizer — Como ocê se sentiu quando descobriu que está grávida e o que está sentindo agora?

  — Sinceramente? — Me inclinei um pouco para olhar em seus olhos que me encaram de forma tão urgente, curiosos pelas palavras que habitam minha mente — Inicialmente eu fiquei desesperada, desacreditada, pensei que fosse uma piada, eu estava tão chateada com as coisas que eu precisei dizer, por ter que me afastar de você e descobrir isso foi como se o mundo estivesse rindo, porque eu sentia a sua falta, e ao mesmo tempo, sentia raiva, por não poder te contar, por não ter encontrado um jeito melhor de evitar o que papai sempre planejou fazer para nos afastar. E ao mesmo tempo tinha essa notícia e como você reagiria ao recebê-la, mesmo que eu não pudesse contar. Foi um misto de sentimentos, medos, mas que me fez sorrir sem conseguir controlar — suspirei e sorri quando seus dedos afagaram meu rosto — E agora, eu me sinto muito feliz. Feliz por estar aqui, por ter te contado.

  — Mesmo que isso te leve a um casamento inesperado? — Brincou me fazendo rir alto.

  — De todos os casamentos possíveis, eu só me imagino casando com você!

  Essa noite eu dormi como nunca mais pensei que fosse acontecer, seus braços me envolveram e tudo o que senti foi sua respiração, além do conforto, do prazer em estar novamente em suas mãos. Em sentir seu corpo, nossa ligação. Eu o amo e estaria mentindo se não dissesse o quanto estou feliz, satisfeita por estar aqui.

Além da Verdade e da PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora