Capítulo 16 • We're running all the red lights down

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We're running all the red lights down

No way that we can stop, nah, nah

A quarter tank and almost gone

Pretending we're in love, but it's never enough, nah

Ocean Drive - Duke Dumont

Monte Carlo, janeiro de 2023

ANYA

-Você está tão linda, Anya!

Tia Laura termina de fechar o zíper do meu vestido e estou pronta para o evento da Ferrari.

-Obrigada pela sua ajuda, tia Laura. - Sorrio para ela. Seus olhos azuis me avaliam e sorriem junto com seus lábios antes dela me abraçar com firmeza.

-Estou tão orgulhosa de você, minha menina se tornou uma mulher tão linda e inteligente!

Agradeço o seu carinho e aprecio o gesto. Senti muito a sua falta nos últimos dias, a semana passou muito rápido e estando o dia todo em Maranello mal tivemos tempo de conversar. Tia Laura disse que eu poderia ficar em sua casa pelo tempo que quisesse e com a notícia de que eu viajarei durante o ano acompanhando a equipe, não fez mais sentido buscar um apartamento para mim.

Quando os seus braços me soltam eu olho mais uma vez no espelho. Meus cabelos estão soltos e ondulados, emoldurando meu rosto maquiado. Meu vestido é azul marinho e o tecido de cetim cai muito bem no meu corpo até um pouco mais abaixo dos joelhos. Uso um chale por cima dos ombros, a noite é fria em Monte Carlo, e termino o visual com saltos pretos.

-Você está deslumbrante, mia piccola. Agora vá antes que se atrase muito.

Assinto para ela, agradecendo mais uma vez. O taxi chega em poucos minutos e pelo horário o evento começou há algum tempo. Na portaria o segurança pede o meu crachá, que pego de dentro da pequena bolsa preta e lhe apresento. Ele libera minha entrada depois de bipar o código atrás da identificação.

O salão é lindo e muito luxuoso. Rosas vermelhas estão espalhadas por todo o ambiente e o brasão da equipe italiana está estampado em um enorme telão. A pista de dança está livre, várias mesas redondas e adornadas com castiçais dourados. O prédio é lindo e me lembra a Grécia antiga, com enormes colunas imponentes.

As pessoas que passam por mim estão extremamente bem vestidas, com joias douradas e diamantes, mas tudo de muito bom gosto. Os homens vestem ternos impecáveis, alguns parecidos com o terno que Charles usara, com o brasão da equipe italiana. Me sinto um pouco deslocada por não conhecer ninguém, mas ergo a cabeça e faço o possível para não aparentar o desconforto.

-Anya!

Olho na direção do meu nome sendo chamado. Lissa anda até mim com um vestido longo e vermelho, seus cabelos estão presos em um coque e um colar de diamante solitário adorna o seu pescoço.

-Oi Lissa! Você está linda. - Digo. Ela me dá dois beijos nas bochechas e devolve o elogio de forma sucinta. Me acostumei com sua forma de cumprimentar, me lembra muito o Brasil e me sinto confortável assim. Quase não tive contato com muitas pessoas durante a semana de trabalho, Lissa continuou a me auxiliar a maior parte do tempo e fiquei feliz com a sua ajuda.

Ela me explicou como funciona o calendário de corridas e como faríamos parte disso tudo. Continuei a responder vários e-mails de fãs, mas passei a fazer coisas novas e auxiliar Lissa nas estratégias de engajamento e planejamento para os conteúdos da temporada. Uma semana muito produtiva, devo dizer.

LOVE BEYOND THE TRACK  •  CHARLES LECLERCOnde histórias criam vida. Descubra agora