-Que dedinhos habilidosos, Tomlinson -riu baixinho enquanto observava o Alfa manuseando a guitarra tão bem, delineando e seguindo a pauta musical atentamente.
-Surpreso, Lis? -deixou que um sorrisinho tímido escapasse dos lábios finos, olhando major...
Peço que deixem a estrelinha e comentem suas opiniões sobre, este capítulo vai ser relativamente pequenininho mas o resto todos maiores!! Espero que gostem da leitura, beijinhos, amo vocês ;)
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Cheshire, Anatomia e post-it roxo-
Era certo de toda forma dizer que há uma hierarquia entre as classes? Não se sabe ao certo, a maneira que tais se comportam é de uma maneira padronizada mas ainda sim, é errôneo nomeá-la desta maneira.
Os dias sempre começavam da mesma maneira na pequena Cheshire, com o tempo majoritariamente nublado e o ar friozinho durante o outono, as folhas secas que caiam pelo chão asfaltado e indícios de uma possível neve fininha, enquanto se preparava para a chegada próxima do inverno. A pior estação para os Ômegas, honestamente! Aquele momento onde eles choramingam de frio e desejam ter uma marca bonita e exibida no pescoço lisinho ou só um Alfa para os esquentar. Ou então quando se gabam de estar nos braços confortáveis e aquecidos de um Alfa, embebidos pelo cheiro do outro e agarradinhos no ninho, para aqueles que se propunham a ficar de tal maneira e montar o ninho com os cobertores em um montinho grande e aconchegante.
Mas com toda certeza, não para Harry. O Ômega delicado fazia seu máximo para provar que não seria ele a precisar de um alfa para o esquentar naquele clima do ano, nem seria ele a choramingar pelos corredores frios da faculdade em busca de uma sala quentinha com o aquecedor ligado, não conseguiria abaixar sua guarda para demonstrar vulnerabilidade apesar dos momentos em que seus instintos falem mais alto e seu lobinho uive pedindo por um Alfa. Então todos os anos durante aquele período o menino aparecia todo empacotadinho em roupas térmicas e felpudas, com alguns aromas e perfumes que, discretamente, deixava o seu lobinho interior aquecido pela falsa sensação de um Alfa por perto. O Ômega havia completado vinte anos a pouquinhos meses e, esta é a determinada idade onde a maioria dos ômegas já estão acasalados, devido ao pensamento de que devem achar seus parceiros cedo. Discretamente como se insinuarem ser impossível falarem por si e se protegerem, o Ômega Harry acha este pensamento ultrapassado e talvez, seja por isso que tenha medo de submeter a algum alfa charmoso em troca de segurança mas não realmente por amor. Até o momento.
O menino cursava Medicina, desejando que pudesse ser pediatra e ajudar bebês. Tem isso em mente desde que era tão tão pequenininho, que mal consegue se lembrar. Sua paixão por crianças e bebezinhos excede tanto que seus olhos verdes brilham mais que nunca para cuidar daqueles seres pequenininhos e inocentes. E talvez seja por conta dos instintos maternos aflorados em sua pele, por todo este cuidado excessivo que o garoto tem, seria de toda forma sexista dizer que ele nasceu para aquilo? Aos dezoito anos conseguiu ingressar em uma faculdade da pequena cidade e mesmo assim renomeada, graças a seu boletim impecável e bolsa integral no curso de Medicina. Passou sua adolescência inteira fazendo alguns pequenos estágios em volta de bibliotecas da cidade para juntar dinheiro e comprar seu material da Universidade, apesar do custo dos dormitórios e alimentação ser parcialmente pago, ainda era um valor exuberante e que mal cabia em seu orçamento e de mamãe. Apesar de tudo, conseguiu se manter de tal maneira por alguns semestres do curso, até o momento, procurava positividade e se dedicava o suficiente para sempre ser o destaque.
