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"Amor não te faz passar por tudo, mas te ajuda quando necessário, porque se não, não seria amor, e sim necessidade"

"Amor não te faz passar por tudo, mas te ajuda quando necessário, porque se não, não seria amor, e sim necessidade"

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Julho de 1995

Faltava uma semana e meia para o aniversário de Harry e, consequentemente, à sua primeira sessão do Wizengamot, que seria no dia seguinte. Todo herdeiro precisava ter quinze anos para sua magia permitir a sua passagem pela câmara, então seria naquele momento que ele faria sua primeira aparição politica no mundo bruxo. Por esse motivo, eles teriam uma reunião com seus aliados naquela tarde.

Era a primeira vez que todos se veriam depois do funeral de Terry. Harry se sentia apreensivo, ansioso, mesmo sabendo que ninguém ali o culpava; nem os Lordes e Ladys, nem os seus amigos, que ele encontraria na sequência.

O luto já era mais fácil para eles. Havia momentos de tristeza, é claro, quando olhavam para a ravina onde aconteceu o funeral do corvino, ou até mesmo quando os cabelos loiros de Draco, maiores pela falta de corte, balançavam de um jeito diferente -- Harry se lembrava de Fleur muitas vezes, um halo loiro ao seu redor, seus olhos vidrados olhando para o além, sua expressão de tranquilidade. Não era fácil, mas estava ficando cada vez mais suportável, e os pesadelos sobre aquela noite vinham com menos frequência, sempre quando ele não tomava uma poção para dormir.

Tudo parecia complicado, mas era muito simples ao mesmo tempo. Eles não podiam ficar se martirizando por muito tempo, afinal. Havia uma guerra, vidas a serem poupadas e uma a ser destruída.

Porém, como somente Harry sabia, no final, só seriam eles dois: Harry e Dumbledore, com armas iguais, num campo de memórias dolorosas e segredos profundos, como aquele que ele guardava.

Ele tinha tentado, não se engane, mas as palavras pareciam entalar em sua garganta assim que ele tentava pronuncia-las. Seu peito parecia pesado e ele não conseguia respirar. Quando eles souberam que ele era uma Horcrux, Harry tinha tentado falar, mas, assim que sua boca se abriu, ele travou, o pânico o dominando novamente, e achou vergonhoso ter liberado magia acidental o suficiente para empurrar todos, menos Draco, para uma distancia segura dele, e só ter conseguido solta-los quando o loiro o acalmou.

Harry tentou escrever uma vez, também, mas parecia errado algo tão horrível e doloroso ser meras palavras em papel e tinta. Seus dedos tremeram, se negando, e ele só desistiu quando Tom tirou a pena dos seus dedos, parecendo frustrado, mas não o pressionando. O moreno ficou agradecido pela compreensão, porém sua raiva da situação era maior, e ele se trancou na sala de treinamento até Moony ter que arrasta-lo a força para comer.

Naquele momento, todavia, ele tentava evitar que seus pensamentos o dominassem. Estava sentado na sala de reuniões de Timotheé, na companhia do Lorde, Lady Bones, Lady Longbottom, Neville, Sirius e Moony, somente esperando a chegada dos demais. Draco também estava ali, bem ao seu lado, mais por seu interesse em política do que para ser seu apoio emocional nessa tortura -- ele admirava o loiro ainda mais cada vez que ele era muito astuto e cirúrgico na questão politica, vendo coisas que ele mesmo não era capaz e acreditava que nunca seria. Um dia, quando se casassem, faria dele o Lorde Black e viveria livre para sempre.

What you did in the DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora