2.27: Unfair?

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"Oh, I love it and I hate it at the same time" - David Kushner

"Oh, I love it and I hate it at the same time" - David Kushner

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Fevereiro - Junho 1996

O momento que você chegava à conclusão de que suas concepções eram uma mentira sempre seriam difíceis, isso todos eles já sabiam. O que não sabiam é que isso seria um peso tão grande jogado nos seus ombros.

Harry se lembrava muito bem do dia em que recebeu sua carta de Hogwarts, no seu aniversário de onze anos, e da conversa que ele aguardou por cinco anos para ter.

Ele se lembrava de como seus pais e Severus sempre tentaram protegê-lo do passado, das dores que ele trazia. Harry sabia muito por causa da sua memória eidética, dom que ele, finalmente, sabia a procedência, e que ele tinha um fardo terrível a carregar. Ver pessoas que ele sabia que se importavam com ele, e ele se importava com elas, morrer na sua frente... não era algo que muitas crianças tinham que ver.

Então, eles o contaram tudo, assim como contaram a Neville, Ginny e Luna. Eles, inocentes, achavam a história horrível, mas ela podia ser pior. A realidade era pior.

Dumbledore não era simplesmente mal. Ele não era alguém que corria atrás de atenção a todo momento. Ele tinha um passado muito mais profundo do que qualquer um deles já lhe deu crédito, e isso era um erro grave que não seria cometido novamente.

Antes, a história que eles conheciam era que Dumbledore tinha raiva de Grindewald, tendo sido trocado pela própria irmã. Ele nunca foi trocado. Ele foi abandonado. Harry não sabia o que era pior.

A história que eles sabiam os informavam um pedaço da longa vida do homem e, se eles quisessem ganhar, tinham que saber muito mais. Tinham que ir atrás de mais duas pessoas.

Uma coisa boa, pelo menos, eles conseguiram tirar disso tudo.

Nunca subestimar seu oponente.

[...]

Harry, depois de tudo, se encontrou no seu quarto com Draco.

Tudo voltou para ele, e ele se sentiu como Atlas, carregando o peso do céu nos seus ombros. Ele não tinha certeza de como respirar, ou como viver. Ele não queria, mas, por um segundo, sentiu empatia por Dumbledore.

Pelo menos isso o tornava uma boa pessoa.

Draco, sentindo o seu estresse, ficou em silêncio, embalando-o nos seus braços quentes e deixando que Harry relaxasse contra ele, sentindo todo o seu corpo magro e levemente tonificado, o calor que gritava "casa" o trazendo de volta para os seus sentidos.

- Melhor? – Draco sussurrou depois do que pareciam horas, seus dedos finos se enganchando nos poucos nós dos cabelos negros do moreno, cada puxão suave plantando seus pés com mais firmeza no chão, como se ele voltasse à realidade. Harry somente assentiu levemente, escondendo seu rosto no pescoço pálido.

What you did in the DarkOnde histórias criam vida. Descubra agora