"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e...
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Setembro - Dezembro de 1995
Os meses após a chegada deles em Hogwarts foram, surpreendentemente, tranquilos. Harry e Draco iam todas as noites para os aposentos de Severus, onde praticavam até estarem cansados e ficavam mais fortes a cada dia, tanto fisicamente quanto mentalmente. Eles se sentiam mais seguros.
Além disso, as aulas de DCAT seguiam fantásticas, e Moody parecia, a cada dia, uma pessoa menos inclinada ao que eles pensavam ser a ideologia de Dumbledore. Ele era mais o tipo de pessoa que eles apreciariam ter ao seu lado.
Dumbledore manteve sua distância, assim como qualquer um que pudesse causar problemas, e eles conseguiram acessar alguns corvinos, lufanos e grifinórios de mente aberta e simpáticos o suficiente para escutá-los e apoiá-los. Em resumo, foram ótimos meses.
Entretanto, na manhã do dia 31 de outubro, Harry acordou com um pensamento preso em sua mente.
Tinha acordado de outro pesadelo com seus pais encarcerados por Dumbledore, torturados pelo homem, e percebeu algo crucial.
- Não podemos ser os únicos a saberem se defender - ele disse a Draco enquanto se arrumavam para o dia. - Eu falo isso pensando principalmente nos nossos amigos, mas em algum momento todos podem estar em uma situação perigosa. Dumbledore não tem piedade.
- O que você acha que devemos fazer? - perguntou o loiro, se aproximando para ajeitar a gravata de Harry.
- Eu não sei. Sev não conseguiria dar aulas a todos nós, já que ele ainda tem seus deveres com a escola e com Tom. Remus até poderia, mas é arriscado demais trazê-lo para o castelo frequentemente.
- E se nós os ensinássemos?
Harry encarou seu namorado a sua frente, vendo seus olhos cinzas confiantes e carinhosos que ele tanto amava.
- Nós dois?
- É. Estamos bem avançados, coração, e já estivemos de frente com o perigo algumas vezes, você bem mais do que eu. Ao invés de Sev ensiná-los, nós podemos fazer isso - Draco sorriu, passando os braços pelo pescoço de Harry, deixando-os colados.
- E onde faríamos isso? - questionou o moreno, sem conseguir conter o sorriso com a animação do outro.
- Eu não sei. Obviamente, isso teria que ser extraoficial, já que Dumbledore nunca permitiria que fizéssemos um clube de luta de qualquer tipo, o que exclui qualquer sala disponível do castelo.
- Então... que tal aqui?
- Aqui?
- No Salão Comunal. É espaçoso o suficiente, e facilita a locomoção, já que a maioria de nós é sonserino. E também é o lugar mais distante de Dumbledore.
