Cap 36 -E mais divertido com plateia

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CAPÍTULO 36

Alexander se levantou da cama e colocou uma calça de couro limpa e uma camiseta escura.

Magnus dormia profundamente ao seu lado. Quando o beijou, ele se mexeu.

- Vou ao primeiro andar - disse ele, acariciando-lhe a face – mas não sairei de casa.

Ele concordou, roçou-lhe a palma da mão com os lábios, e voltou a mergulhar no sono reparador que tanto necessitava.

Alexander colocou os óculos escuros, abriu o ferrolho da porta e se dirigiu às escadas. Sabia que mostrava um estúpido sorriso de satisfação no rosto e que seus irmãos zombariam dele. Mas ele estava pouco se importando. Teria um verdadeiro companheiro. E eles que se danassem.

Empurrou o quadro e passou para a sala de estar. Não pôde acreditar no que viu.

Nunew, com um longo vestido creme. O policial diante dele, acariciando seu rosto, completamente fascinado. Por toda a sala, o delicioso cheiro de sexo.

E, então, Jace irrompeu no aposento com a adaga desembainhada. Evidentemente, o irmão estava pronto para liquidar o humano por tocar quem ele supunha ser o companheiro de Alexander.

-Tire as mãos...

Alexander deu um salto. Jace! Espere!

O irmão parou no ato, enquanto Zee e Nunew olhavam ao redor freneticamente.

Jace sorriu e lançou a adaga para o Alec do outro lado da sala, - Vá em frente, meu senhor. Ele merece a morte por colocar as mãos em cima dele, mas não podemos brincar com ele um pouco antes?

Alexander apanhou a adaga.

- Volte para a mesa, Hollywood.

- Ah, vamos lá. Sabe que é melhor com plateia.

Alexander sorriu com afetação.

- Só para você, meu irmão. Agora, deixe-nos. -Jogou-lhe a adaga de volta e Jace guardou-a, enquanto se retirava.

- Cara, você é um verdadeiro estraga prazeres, sabia? Um maldito estraga prazeres.

Alexander olhou para Nunew e o detetive. Sem dúvida, era louvável a forma como o humano usava o próprio corpo para protegê-lo. Talvez aquele cara fosse algo mais do que um bom oponente.

Zee encarou o suspeito e colocou os braços em guarda, tentando encurralar Nunew. Ele se recusou a ficar atrás dele. Na verdade, contornou-o e se posicionou na frente. Como se ele o estivesse protegendo?

Zee o segurou por um dos delicados braços, mas ele resistiu. Quando o assassino de cabelos negros se adiantou, Nunew se dirigiu a ele resolutamente em um idioma que Zee não reconheceu. Ele se inflamou. O homem balançou a cabeça várias vezes, concordando.

Aos poucos, Nunew foi-se acalmando. Então, o homem apoiou a mão sobre o ombro do Omega e se virou para olhar Zee.

Santo Deus, o pescoço daquele homem mostrava uma ferida em um dos lados, como se algo o tivesse mordido.

O homem falou. A resposta de Nunew foi hesitante, mas, então, ele repetiu as palavras em um tom mais forte.

- Que assim seja - disse o filho-da-mãe, sorrindo ligeiramente.

Nunew se deslocou e foi posicionar-se ao lado de Zee. Olhou ele e corou. Alguma coisa havia sido decidida. Alguma...

Com um rápido movimento, o homem agarrou a garganta de Zee.

Nunew gritou: - Alexander!

Ah, droga, outra vez não, pensou Zee, enquanto lutava.

Ele parece interessada em você – disse o assassino ao ouvido de Zee, -por isso, eu permitirei que você continue respirando. Mas, se magoá-lo, eu o esfolarei vivo.

Nunew, agitado, falava com ele naquela língua estrangeira; sem dúvida, amaldiçoando-o.

- Estamos entendidos? - o homem perguntou. Zee estreitou os olhos na direção daqueles óculos escuros.

- De mim, ele não tem nada a temer.

- Continue assim.

- Você, entretanto, é outra história.

O homem o soltou. Alisou a camisa de Zee e sorriu.

Zee franziu o semblante. Caraca, havia algo extremamente estranho com os dentes daquele cara.

- Onde está Magnus? - exigiu saber Zee.

- Está a salvo e bem.

- Não graças a você.

- Unicamente graças a mim.

- Então, você tem uma noção distorcida do significado dessas palavras que usou. Quero julgar por mim mesmo.

- Mais tarde. E só se ele quiser vê-lo.

Zee se encolerizou, aquele filho-da-mãe pareceu captar-lhe a emoção. Sim, vá se danar, camarada.

- Cuidado, tira. Agora está em meu mundo.

Zee estava prestes a abrir a boca quando sentiu que algo puxava o seu braço. Olhou para baixo. O medo brilhava nos olhos de Nunew.

- Zee, por favor - sussurrou ele, -não.

suspeito concordou.

- Se for educado, fica com ele - disse o homem. Sua voz se suavzou ao olhar para Nunew.-Ele está feliz em sua companhia, e merece essa felicidade. Quanto à Magnus, veremos mais tarde. 


---------CONTINUA----------

Anjo Sombrio (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora