Cap 31 - Shellan

65 11 1
                                    

Ola, demorei dessa vez ne?  a vida anda uma correria...

Mas vocês vão amar esse capitulo, é um dos meus preferidos..

-------Boa leitura-----


CAPÍTULO 31

Nunew não conseguia ficar confortável em sua cama. Não importava a posição do corpo ou dos travesseiros: nada diminuía a irritação que sentia.

Parecia que seu colchão era recheado com pedras e seus lençóis feitos de lixa. Afastou as cobertas, e se dirigiu para as janelas fechadas e recobertas com grossas cortinas de cetim. Precisava de um pouco de ar fresco, mas não podia abri-las. Já era dia.

Sentou-se em uma poltrona, cobrindo os pés descalços com a barra de sua camisola.

Alexander. Não conseguia parar de pensar nele. E cada vez que uma imagem deles juntos vinha-lhe à memória, desejava praguejar. O que era um choque. Ele era dócil e amoroso, a encarnação da perfeição e da suavidade ômega. A ira ia totalmente contra sua natureza.

Mas, quanto mais pensava em Alexander, mais vontade tinha de socar alguma coisa. Caso pudesse fechar os punhos. Olhou as mãos. Claro que podia, embora fossem pateticamente pequenas. Especialmente se comparadas às dele.

Quanta coisa suportara! E ele sequer fazia ideia de como sua vida tinha sido difícil. Ser o companheiro casto e intocável do vampiro mais poderoso de todos era um inferno em vida. Seu fracasso como ômega havia deixado sua autoestima no chão. O isolamento chegara ao ponto de afetar sua sanidade. Tinha vergonha de morar com o irmão por não ter seu próprio lar.

E sempre se horrorizou com os olhares que lhe lançavam e como falavam dele pelas costas. Sabia que era tema constante das conversas; que sentiam inveja ou pena dele; que o espionavam, que era uma espécie de personagem fabuloso. Sabia também que contavam a sua história para os ômegas jovens, mas ignorava se era como advertência ou estímulo.

Alexander não tinha consciência do quanto ele havia sofrido. Reconhecia que parte da culpa era dele. Tinha acreditado que desempenhar o papel de ômega bom era o correto, a única maneira de ser digno, a única possibilidade de compartilhar, finalmente, uma vida com ele.

Mas qual foi o resultado disso? Ele encontrou um humano com a pele dourada que o interessava mais.

Meu Deus, a recompensa por todos os seus esforços era injusta e francamente cruel.E não era o único que havia sofrido. Havers se preocupara com ele durante séculos.

Alexander, por outro lado, sempre esteve bem. E não lhe restava dúvida de que agora, então, estava ótimo. Naquele instante mesmo, provavelmente estava nu na cama com aquele ômega humano. Fazendo bom uso do volume rijo que tinha entre as coxas.

Nunew fechou os olhos. Pensou na sensação de ter seu corpo usado, de ser esmagado por seus braços fortes, consumido por ele. Ficara impressionado demais para sentir qualquer excitação. Seu frágil corpo pareceu sumir por baixo daquele gigante, suas mãos lhe emaranhando o cabelo, sua boca lhe sugando fortemente a garganta. E aquele grosso membro o assustou um pouco. O que chegava a ser irônico. Havia sonhado tanto tempo com aquela situação, como seria ser possuído por ele. Deixar para trás seu estado virginal e saber o que era ter um Alfa dentro dele.

Sempre que imaginara um encontro sexual entre eles, seu corpo se acendia, sua pele formigava. Mas a realidade havia sido esmagadora. Não estava preparado em absoluto, e desejava que tivesse durado mais tempo, mas que tivesse sido um pouco menos intenso. Tinha sentimento de que teria gostado se ele tivesse agido com um pouco mais de delicadeza.

Anjo Sombrio (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora