Cap 53 - Bomba nuclear.

37 4 0
                                    

CAPÍTULO 53


Jose de la Cruz apertou a mão do investigador de incêndios premeditados.

-Obrigado. Fico aguardando o seu relatório por escrito. 

O homem concordou, enquanto relanceava os restos carbonizados da Academia de Artes Marciais de Caldwell. 

- Nunca vi coisa igual. Parece até que explodiram aqui uma espécie de bomba nuclear. Sinceramente, ainda não sei o que colocar em meu relatório. 

Jose acompanhou com o olhar o homem enquanto se dirigia ao furgão e partia.

-Voltará para a delegacia de polícia? -perguntou Ricky, entrando na viatura policial.

- De imediato, não. Preciso ir ao outro lado da cidade. 

Ricky acenou para ele e arrancou.Quando ficou só, Jose respirou fundo. O cheiro do incêndio continuava penetrante, mesmo quatro dias depois. Ao se dirigir para o carro, baixou a vista e olhou os sapatos. Parecia que tinham mudado de cor devido à grande quantidade de cinzas que cobria o lugar. Mais pareciam cinzas vulcânicas do que qualquer outro resíduo que costuma resultar de um incêndio normal. E as ruínas também eram estranhas. Geralmente, boa parte da estrutura fica de pé, não Importa a intensidade das chamas. Mas ali não restara coisa alguma. O edifício havia sido arrasado por completo. Assim como o investigador, também era a primeira vez que ele via um incêndio daquele tipo. 

Jose se colocou ao volante, introduziu a chave na ignição e pôs o carro em movimento. uma das zonas mais desoladas da cidade. Um conjunto residencial bastante ordinário surgiu no horizonte, com seus prédios que lembravam ervas daninhas urbanas, nascidas de um solo de concreto e asfalto Dirigiu cerca de 12 quilômetros para o leste. Parou em frente de um deles e estacionou. Desligou o motor. 

Demorou ainda um bom tempo para se forçar a sair. Enchendo-se de coragem, dirigiu-se à entrada principal. Um casal que saía segurou a porta aberta para ele. Depois de subir três andares. percorreu um corredor de paredes descascadas e carpete gasto e marrom pelos milhares de passos que suportara. A porta que procurava fora repintada tantas vezes que os detalhes começavam a se perder nas camadas grossas de tinta.

Bateu, mas não esperava que respondessem. Demorou só um instante para forçar a fechadura. Escancarou aporta. Fechando os olhos, respirou fundo. Um corpo que estivesse ali há quatro ou cinco dias já estaria cheirando mal, mesmo com o ar condicionado ligado. Mas não sentiu cheiro algum.

-Zee? - chamou em voz alta. Fechou a porta atrás de si. O sofá estava coberto com os suplementos esportivos do Correio de Caldwell e do New York Post da semana anterior. Havia latas de cerveja vazias sobre a mesa. Na cozinha, havia pratos na pia. E mais latas vazias sobre a bancada. Dirigiu-Se ao quarto. Tudo que encontrou foi a cama com os lençóis em desordem e um monte de roupas pelo chão.

Deteve-se junto à porta do banheiro. Estava fechada. Seu coração começou a bater com força. Ao empurrá-la, temeu encontrar um cadáver enforcado no chuveiro. Mas não havia nada. O detetive da divisão de homicídios Zee Pruk panich havia desapcido. Sem deixar rastros.


---------------CONTINUA---------------

Anjo Sombrio (MALEC)Onde histórias criam vida. Descubra agora