Anjo Sombrio (MALEC)

Cap 37 -Eles gostaram de você

CAPÍTULO 37

Magnus rolou sobre a cama, procurando Alexander e, então, lembrou-se de que tinha ido ao andar de cima. Sentou-se, tentando se preparar para a dor, no caso de ela voltar.

Ao ver que nada lhe doeu, levantou-se. Estava nu, e olhou o seu corpo. Nada parecia ter mudado. Deu uma dançadinha. Tudo parecia funcionar bem.

Só que não estava enxergando muito bem. Entrou no banheiro, tirou as lentes de contato e viu tudo perfeitamente.

Bem, eis aí uma vantagem.

Uau! Presas. Tinha presas.

Inclinou-se, apertou-as um pouco. Ia demorar a se acostumar a comer com aqueles dentes. Seguindo um impulso, levantou as mãos e colocou os dedos em forma de garras e rugiu.

Legal. O Halloween seria tremendamente divertido a partir de agora.

Escovou o cabelo, vestiu o roupão de Alexander e se dirigiu à escada.

Quando chegou ao topo, não estava sem fôlego. Mais uma vantagem. Agora tiraria de letra os exercícios na academia.

Ao sair pelo quadro, viu Zee sentado no sofá ao lado de um omega estonteante. Ao longe, ouviu vozes grossas que claramente era de alfas, e música pesada.

Zee ergueu a vista.

-Magnus! Zee correu para ele, envolvendo-o em um abraço de urso.

- Você está bem?

- Estou. De verdade, estou muito bem. -o que era espantoso, considerando o estado em que se encontrava mais cedo.

Zee deu um passo para trás, e segurou o rosto dele entre as mãos. Observou atentamente seus olhos. Franziu o semblante.

-Não parece drogado.

-Por que pareceria?

Ele sacudiu a cabeça com tristeza.

-Não esconda isso de mim. Eu o trouxe aqui, lembra?

-Tenho de ir - disse o omega com o lindo vestido, levantando-se. Zee imediatamente se virou para ele.

- Não. Não vá.

Voltou para o sofá. Ao olhar para o omega, sua expressão se transformou por completo. Magnus nunca o tinha visto daquele jeito. Era evidente que estava fascinado.

-Nunew, quero que conheça um amigo... - enfatizou a palavra amigo

-Magnus Bane. Magnus, esse é Nunew.

Magnus acenou.

- Oi.

O omega o encarou do outro lado da sala, examinando Magnus da cabeça aos pés.

- É o ômega de Alexander- disse Nunew, com uma espécie de admiração. Como se Magnus houvesse realizado uma grande façanha. - A quem ele quer.

Magnus sentiu as faces quentes.

- Sim, bem, imagino que sou.

Houve um incômodo silêncio. Zee, olhou de um paro outro, franzindo o semblante, como se quisesse ficar por dentro do que estava rolando.

Magnus também.

- Sabe onde está Alexander? - perguntou.

Zee fechou a cara, como se não quisesse nem escutar o nome dele.

- Está na sala de jantar.

- Obrigado.

- Escute, Magnus. Temos de...