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JANTAR À LUZ DE RISADAS.


Estava me arrumando para ir para a escola, infelizmente hoje teria que ir. Amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo e coloquei um moletom comum. Desci as escadas correndo porque já estava atrasada o suficiente.

— Bom dia, filha!

— Oi mãe, oi pai!

Peguei as chaves que estavam em cima da mesa.

— Aonde você vai, mocinha? - papai perguntou.

— Pra escola ué! A gente não vai?

— Que horas são?

— São 7:30.

— Meu Deus! Puta merda! Já estamos atrasados! Beijo amor.

Meu pai e minha mãe deram um selinho. Papai enfiou a torrada que estava comendo na boca e foi até a porta.

— Eu já te disse para não xingar, John! Qual é o seu problema?

— Te amo também!

— Beijo mãe!

— Tchau filha!

Saímos de casa. Meu pai abriu o carro e me deixou sentar no banco da frente, não era todo dia que isso acontecia.

— Por que me deixou sentar aqui?

— Está reclamando? Quer voltar pra trás?

— Para com isso! Ugh.

— Quer saber porque eu te deixei ir aí?

— Óbvio. Por isso estou perguntando.

— Você já está bem grandinha e madura. Tem até um namorado.

— Namorado?

Me toquei depois de um século sobre quem ele estava falando.

— Ah não! Pai!

— Eu estou falando sério!

— Mas eu também! Ele NÃO é meu namorado!

— É sim.

— Viu, agora é você que determina quem eu namoro ou deixo de namorar! A gente não tá na época medieval, pai!

— Mas eu sei que vocês tem alguma coisa.

— Como?! Eu conheci ele ontem!

— Sabendo. Os pais sabem de tudo.

— Me fala o que é que você sabe então.

— Você pensa que eu não vi vocês dois ontem?

— Que? Do que você tá falando?

— Conversando com papéis. Isso é coisa que namoradinhos de escola fazem! Eu fazia isso com uma garota que eu namorei que era minha vizinha também!

— E daí? Não é porque você fez isso com sua ex namorada que significa que eu fiz a mesma coisa com a mesma intensão com um AMIGO!

— Tá bom, Aurora. Já que você insiste.

— Não estou insistindo, estou afirmando!

Meu pai ficou calado, não queria mais discutir comigo. Agora que ele achava que estávamos "namorando" ficou pior ainda para contar sobre o jantar, mas ao mesmo tempo queria muito conhecer a casa do Christian, então falei da mesma forma.

— Aliás, para provar que somos apenas amigos, a mãe do Christian nos chamou para jantar na casa deles hoje à noite.

— Provar que são amigos?! Isso só prova mais o outro lado.

𝐌𝐘 𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, christian convery.Onde histórias criam vida. Descubra agora