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MORANDO JUNTOS


Christian engoliu em seco.

— Olha, Aurora, eu g-

Ele foi interrompido pela minha mãe abrindo a porta do quarto e encontrando nós dois ali. Tomei um susto tão grande que dei um pulo maior do que o salto do homem-aranha.

— Crianças, o jantar está pronto.

Ela sorriu levemente para nós dois e saiu de lá. Meu rosto devia estar vermelho como um pimentão.

— É... — corei — Eu acho melhor irmos jantar.

— Eu...não estou com muita fome — Christian se deitou novamente na cama.

— Ah, certo.

Fechei a porta do quarto de Christian e suspirei profundamente antes de ir para a mesa de jantar. Na mesa de jantar, Lisa perguntou o porque de Christian não ter aparecido, eu falei que ele estava sem fome, o que não era mentira. Depois do jantar, subi até meu quarto e fiquei pensando comigo mesma. 

Como eu iria morar junto de Christian agora? Eu tentei que nossa relação melhorasse e nós simplesmente quase nos beijamos. O que iria ser de mim agora?

Fiquei de frente para a minha janela que dava bem para o quarto de Christian. Eu não iria poder ficar admirando ele mais de longe, não iríamos poder fazer contato por papéis nunca mais. Demoraria muito tempo para Christian se tornar meu vizinho de novo.


* * *

Quando despertei do meu sono, já eram exatamente uma e meia da manhã. Eu não estava conseguindo dormir de jeito nenhum, eu não sabia o por quê. Resolvi descer e ir para o andar debaixo tomar um copo de água. Quando desci à caminho da cozinha, percebi uma silhueta no meu quintal.

Ergui minhas sobrancelhas e fui checar o que era. Christian estava sentado no gramado do meu quintal, simplesmente olhando para as estrelas. Abri a porta do quintal e me sentei junto à ele, que logo começou a me observar.

— O que está fazendo acordado? — perguntei.

— Não consigo dormir. Minha casa é aqui do lado, não dá para dormir desse jeito.

— Eu imagino o quanto está sendo difícil pra você.

— É. Está, de fato.

Ele ficava ainda mais bonito ao brilho das estrelas. 

— Christian, o que você iria me dizer no quarto? — me arrisquei a perguntar.

Ele ficou meio sem graça, mas depois voltou ao normal.

— Nada. Deixa para lá.

— Não, pode falar qualquer coisa.

Ele olhou para mim e olhei bem no fundo dos olhos dele. Era agora que ele assumiria que gostava de mim ainda. Não era o melhor momento para pensar nisso, mas talvez nós pudéssemos voltar a namorar, quem sabe?

— Tem certeza que eu posso falar?

— Claro!

— Tá bom — ele respirou — Eu gosto de outra pessoa. 

𝐌𝐘 𝐁𝐑𝐀𝐙𝐈𝐋𝐈𝐀𝐍, christian convery.Onde histórias criam vida. Descubra agora