A Vila de Hogsmeade

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Na manhã do Halloween, era fácil saber qual das crianças Evans estava mais animada. Harry, um pouco atrasado como sempre, trocara-se e disparara escada abaixo para encontrar Neville, Hermione e Ron para o café da manhã. Não demorou para perceber que foi o primeiro a chegar.

– Harry!

O garoto virou-se quando Nashira o chamou, com um grande sorriso.

– Bom dia, Nashira.

– Bom dia. Pode me emprestar a sua Capa?

No ano anterior, quando mostrou para Nashira a foto de sua mãe logo na primeira semana de aula, também mostrou-lhe a Capa da Invisibilidade, herdada por seu pai e, talvez, compartilhada pelo pai dela também. Nashira nunca pareceu particularmente interessada na Capa, sempre tivera mais interesse no Mapa do Maroto.

O Mapa, criado por James Potter, Remus Lupin, Sirius Black e mais um garoto apelidado de Wormtail, mostrava toda a Hogwarts em tempo real, com todas as passagens secreta, conhecidas ou não, e todos os habitantes do castelo caminhando em suas exatas posições.

– Por quê?

– Sabe, hoje é a visita a Hogsmead, e eu e Ginny queríamos explorar um pouco a escola enquanto todos estão fora, bem, Sophie emprestou o Mapa, mas a gente queria ficar fora do radar do Filch.

– Ah, tá bom. – Ele deu de ombros. – Tá na caminha do Godric, pode subir para pegar quando não tiver ninguém.

– Porque guarda na caminha do Godric?

Coisas preciosas precisam ser bem guardadas. É mais seguro que fiquem juntas.

– Aquela coisa precisa servir para algo, aquele gato velho só dorme na minha cara.

Nashira deu uma risadinha e agradeceu, se afastando para onde Gin a esperava, um pequeno bilhete na mão. Gin ergueu o rosto e sorriu para Harry quando Nashira lhe contou a boa notícia, e o garoto sorriu de volta.

Gin não usava as vestes da escola, como sempre, mas calças justas e uma camisa grande, o cabelo solto fazia o tecido preto parecer pedra magmática quente. Não era uma visão comum, mas Harry duvidava que, desde a Câmara, alguma coisa que Gin fazia lhe pareceria uma visão comum.

Desde que a vira acabar com Tom Riddle, coberta de tinta e sangue e ainda pálida como a morte. Gritando ao esfaquear o diário, como se soubesse que aquilo acabaria com toda a batalha perdida.

Ele já estava ventilando a ideia de se unir à conversa das duas, quando uma mão fina segurou seu ombro por trás. Harry se virou e viu Hermione, sorrindo para ele com uma grande argola de ouro brilhando no rosto. Hoje, ornamentada com uma corrente que levava a um brinco de pressão na orelha direita.

– Porque está parado aqui como se tivesse sido plantado? – Perguntou ela, com aquele ar de quem já sabe a resposta.

– Esperando vocês. – Ele deu de ombros, virando-se para ela completamente.

Diferente de Harry, que vestia uma calça e um moletom puídos, Hermione usava uma longa saia azul celeste, ornamentada com pedras e margeada por uma faixa dourada. Ele ergueu uma sobrancelha.

– Também foi sua mãe que mandou se vestir assim? – Ele abriu um sorriso, lembrando-se da explicação da amiga para a perfuração.

– Cale a boca. – Ela fechou a cara e olhou por sobre o ombro quando as escadas ecoaram os passos e brincadeiras do grupo de meninos. – Finalmente, já estávamos pensando em ir sem vocês.

Ron revirou os olhos, mas abriu um grande sorriso. Neville se afastou de Dino e Simas e praticamente saltitou para perto de Harry e Hermione.

– Minha avó mandou alguns galeões para eu gastar como quiser.

Irmãos Potter _ O Prisioneiro de AzkabanOnde histórias criam vida. Descubra agora