Quando acordou, o quarto estava iluminado pelo sol da manhã e ela não teve pressa ou cuidado, considerando que estava sozinha, ao se arrumar. Ao atravessar o corredor, os pés descalços sobre a madeira, e a barra das calças jeans boca de sino arrastando pelo chão, Daphny ainda prendia os cabelos para cima.
Alguns seletos fios negros ainda caiam em seu rosto, na tentativa de disfarçar o limiar do cabelo, quando esticou-se nas pontas dos pés e deu um beijo na bochecha de Harry, que estava sentado no banquinho do balcão em península da cozinha planejada.
– Bom dia, Harry.
– Bom dia, Daph. Bolinho? – Ele pegou um dos cupcakes dispostos em pilha na frente dele e ofereceu.
– Obrigada.
Daphny deslizou para o banco ao lado de Harry e mordeu um dos bolinhos que sobraram da festa na noite anterior, em seguida olhou para o repórter na televisão da cozinha, que já ia adiantado na transmissão de uma notícia sobre um fugitivo da prisão.
"... alertamos os nossos telespectadores de que Black está armado e é extremamente perigoso. Se alguém o avistar, deverá ligar para o número do plantão de emergência imediatamente."
– Black? – Repetiu Harry, pegando o controle ao seu lado e aumentando o volume. – Que Black?
Daphny tentou fazer uma lista mental de quantos Black's ela conhecia. Com este sobrenome, apenas dois, na verdade, o Sr. Black, professor em Hogwarts, e Nashira, sua colega de classe. Mas sabia que Tonks e Lesath Lestrange eram primos deles em algum grau. Ainda assim, não eram lá muito parecidos com a imagem na televisão.
Tinha a mesma pele morena do Sr. Black, mas as maçãs do rosto bem marcadas pela fome, e os cabelos negros foscos e emaranhados emoldurando o rosto e ombros, até os cotovelos.
O repórter reapareceu.
"O Ministério da Agricultura e da Pesca irá anunciar hoje..."
– Tá de brincadeira! – Ela ralhou com a TV, cruzando os braços e fazendo uma tradicional "carranca do Vernon". Quase conseguia vislumbrar, na verdade, seu pai, sentado à mesa do café da manhã, berrando com a televisão de Dudley, os três queixos roxos de raiva. Ela deu uma risadinha, mas quando olhou para Harry, ele estava com uma ruguinha característica na testa. – Ah, não. Harry, você conhece esse homem?
Ele virou os olhos devagar para ela, parecendo três tons mais branco do que deveria e arregalou os olhos, como se a visão da prima lhe fizesse recordar.
– Sim. E você também.
De repente, o bruxo levantou-se de um pulo do banquinho e correu, derrapando descalço, para o quarto, voltou um momento depois com um pedaço velho de papel na mão. Quando mostrou, Daphny reconheceu a velha fotografia que encontrara no fundo de seu malão da escola, um ano antes. Exibia, em cores terrosas e movimentos descontraídos, um grupo de pessoas que não conhecia, apesar de ter certa noção de quem eram. Os pais de Harry, os pais de Neville Longbottom, Remus, a mãe de Nashira, e mais alguns rostos que não poderia reconhecer, como o da mulher ao lado de Remus e do homem encurvado perto de Lilian.
– Que tem? – Perguntou, erguendo os olhos.
– Acabamos de ver o rosto dele. – Harry apontou para um pedaço marcado por dobras da fotografia, onde um homem alto e de ombros largos sorria para a pequena bebê Nashira e sua mãe. – O nome dele é Sirius Black, é o pai da Nashira.
– É o quê que tem a Nashira?
Harry enfiou a foto rapidamente no bolso e Daphny ergueu os olhos. Tonks estava ali, a mesma calça legging roxa da noite anterior, mas com uma enorme camiseta branca e os cabelos negros e pouco volumosos.
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Irmãos Potter _ O Prisioneiro de Azkaban
FantasíaApós correr atrás de impedir o retorno do temível Lorde Voldemort por dois anos seguidos, Sophie Potter vê para si a egoísta chance de um alívio. Ela merecia, lutara contra demônios além da imaginação da maioria das pessoas. Agora, estava pronta par...