Capítulo 3

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"Eu sei, eu sei, eu seiEstou sempre em sua casaMas você não vê, meu querido

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"Eu sei, eu sei, eu sei
Estou sempre em sua casa
Mas você não vê, meu querido

Não importa o que eles disserem
Você nunca conhecerá outro eu
Eu nunca irei conhecer outro você"
— Stalker Tango (Autoheart)

Não passavam das uma hora da tarde quando me retirei da biblioteca para comprar um cappuccino e croissant. Naquela altura, eu estava movido pura e totalmente por altas doses de cafeína e carboidratos. Meu celular estava colado em minha orelha, enquanto a voz de Taehyung ressoava do outro lado.

— Se você morrer, eu vou ficar tão puto contigo, Jiminie.

— Eu não vou morrer.

Os raios quentes do sol da tarde refletiam rancorosos em minhas costas, fazendo com que eu sentisse o calor ricochetear meu corpo. Meus olhos, protegidos pelos óculos escuros, procuravam um lugar onde pudesse saciar minha fome. Eu precisava de uma pausa, um momento para relaxar e recarregar minhas energias.

— Você tem certeza que ainda quer passar a noite naquela casa? Eu estou falando, é muito melhor ir dormir na minha do que se arriscar.

— Eu não posso. Isso seria um ato de covardia. Não quero que o invasor ache que tem vantagem sobre mim.

— Seu orgulho um dia ainda vai ter matar. — Suspirou, resignado.

— Talvez. — Dou de ombros. — Mas até lá, eu vou matar o desgraçado do invasor primeiro.

Minha mente ainda estava absorta nos acontecimentos recentes da noite anterior, mas eu estava determinado a afastar a ideia maluca de estar sendo perseguido e me concentrar no momento presente. E se por acaso o evento se repetisse, faria algo a respeito.

Eu caminhava pelo calçadão, sentindo o movimento da cidade à minha volta. As pessoas apressadas, o som dos carros e motos, o cheiro de comida vindo das barraquinhas.

— Jimin, não se arrisque...

— Eu quero voltar tarde da boate na Sexta, muito tarde. Então não vou correr risco. Melhor para você, mamãe urso?

— Se for assim, vou fazer você voltar para casa as oito da manhã!

— Não vejo problemas! — Dei uma risada sutil.  — Mas hoje, irei dormir muito bem na minha preciosa casa e que se foda o maldito invasor.

Parei em frente à cafeteria padrão que costumo frequentar, sentindo o aroma do café recém-torrado me envolver. Entrei e fui recebido pelo som das máquinas e pelos murmúrios de clientes. Por um momento, me encontrei com os olhos fixados na mesa mais afastada, relembrando brevemente do pequeno encontro que tive com Jungkook. Ele parecia um cara legal, e por algum motivo eu estava começando a me arrepender de não ter aceitado aquele convite antes.

HAUNTED | jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora