Capítulo 8

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Gatilhos: Tráfico humano e violência.

"Eu quero andar sobre o fogoQuero a fumaça em minhas veiasEu quero uma parte do perigoE respirar nas chamasVocê está olhando para o diabo"— Looking At The Devil (Rick Seibold)

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"Eu quero andar sobre o fogo
Quero a fumaça em minhas veias
Eu quero uma parte do perigo
E respirar nas chamas
Você está olhando para o diabo"
— Looking At The Devil (Rick Seibold)


GHOST | JEON JUNGKOOK

Uma jovem, com maquiagens fortes realçando cada traço de seu rosto, subia ao palco com uma mistura de graciosidade e desespero refletida em seus movimentos. Vestia roupas curtas que deixavam à mostra sua vulnerabilidade, contrastando com a tenra idade que seus olhos revelavam. A angústia estampada em seu rosto não deixava dúvidas de que ela era apenas uma garotinha menor de idade. Um sorriso forçado se desenhou em seus lábios assim que o homem responsável pela apresentação lançou-lhe um olhar repreensivo, como se exigisse uma atitude mais convincente.

Ela estava prestes a ser leiloada. Embora sorrisse para a platéia, era nítido que havia um grito silencioso por socorro.

O salão estava repleto de mesas meticulosamente decoradas, onde homens mascarados se acomodavam, ansiosos por realizar suas macabras "compras" de vidas inocentes. Por trás das máscaras, escondiam suas verdadeiras identidades, permitindo-se assim mergulhar no obscuro submundo daquela sociedade clandestina. Conversas sussurradas ecoavam pelo ambiente, enquanto cada indivíduo discutia com seus semelhantes sobre as vítimas que escolheriam naquela noite, como se estivessem negociando simples mercadorias.

Conforme os leilões se prolongavam, os homens ao meu lado comentavam de forma repugnante sobre as vestimentas das vítimas. Era difícil conter a fúria que fervilhava em meu interior, fazendo a raiva pulsar em minhas veias. Meus dedos se cerraram em torno da palma, uma tentativa ridícula de exercer algum autocontrole à meus instintos agressivos, enquanto a vontade de esmurrar o homem ao meu lado se intensificava a cada segundo.

— Controle-se. — Hoseok subitamente pegou meu pulso, apertando-o com força e mantendo pressionado no lugar. Sua voz era baixa, enquanto ele direcionava seu olhar ao palco. — Ainda não está na hora.

Eu suspirei, mordendo meu lábio inferior com força e sentindo minhas unhas cravarem-se na palma da mão.

Estávamos em meio à uma intervenção. Um dos aliados do homem que eu caçava estava organizando um leilão de inocentes, onde jovens menores de idade eram tratados como mercadorias.

Kim Dong-U era o meu alvo, mas eu sabia que ele não estaria nessa merda. Então eu não viria para cá.

Ao descobrir essa informação, Hoseok ficou furioso. Eu jamais me infiltraria em um antro de criminosos repugnantes como esse, mesmo que me pagassem, pois minha raiva não era muito bem controlada. Embora soubesse que sentiria remorso por não fazer nada a respeito das vitimas. Mas Hoseok era diferente. Ele não permitiria que uma rede de tráfico humano escapasse impune enquanto estivesse em posição de fazer algo a respeito, mesmo que essa não fosse nossa missão. Eu admirava sua coragem e determinação, mesmo sabendo que ela havia sido criada a partir de suas próprias experiências traumáticas.

HAUNTED | jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora