Capítulo 13

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"O dia todo fico pensando em coisasMas nada parece me satisfazerAcho que enlouquecerei se nãoConseguir algo para me acalmar

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"O dia todo fico pensando em coisas
Mas nada parece me satisfazer
Acho que enlouquecerei se não
Conseguir algo para me acalmar

Você pode me ajudar a
Ocupar a minha mente?"
Paranoid (Black Sabbath)


— GHOST | JEON JUNGKOOK 


Se eu tivesse que definir Park Jimin em uma palavra, eu escolheria rebeldia. Então, repensaria, para enfim chegar a conclusão de que Jimin não poderia ser descrito em apenas uma palavra.

Caos, fogo, ousadia e excentricidade.

Eram apenas algumas das características que eu poderia atribuir a sua personalidade arisca. Muito embora, hoje em dia, ele tenha acatado a uma vida pacífica em que seu passado já "não existia", seu lado selvagem ainda se mostrava bastante vivo para mim. Park Jimin era um amante do caos, e isso era uma matemática simples; ele via o perigo, então corria até ele. Os riscos, independente de suas proporções, soavam indiferentes em sua concepção — até mesmo estimulantes.

Na adolescência, uma chave de descontrole fora acionada em seu cérebro, causando a ascensão seu lado indomável e o levando a trilhar um caminho perigoso. Seus fantasmas do passado contribuíram para alimentar essa chama rebelde em sua mente, levando-o a viver intensamente, se divertir descontroladamente e, por fim, se autodestruir.

Todas suas experiências deturparam sua noção de realidade até que ele tomasse consciência do rumo que sua vida estava levando. Para, no final de tudo, se fechar a tudo que significava adrenalina. E esse era o problema.

Park Jimin adorava brincar com o fogo, mas nunca soube exatamente como lidar com ele sem se queimar.

Ele possuía uma ilusão exagerada de que tudo poderia sair do controle caso se esquecesse, apenas por um segundo, que um dia resolveu virar um ser humano apático. Mas para a sorte — ao azar — dele, eu era persistente o suficiente para mostrar que ele estava errado.

O relógio digital ao lado da televisão marcava meia-noite. Tecnicamente, eu não deveria estar em casa como uma pessoa comum. Deveria estar lá fora, nas sombras, cumprindo meus trabalhos escusos ou perseguindo meu garoto. No entanto, permiti-me uma noite de descanso após ter levado uma bela facada no braço.

Entre meus dedos, segurava com firmeza as papeladas roubadas de Kim Dong-U. Cada página continha segredos obscuros que meu olhar absorvia, enquanto minha mente revivia os terríveis momentos que havia experienciado com esse filho da puta. As fotografias e descrições pareciam uma cripta de memórias dolorosas, fazendo minha cabeça latejar e o sangue ferver em minhas veias, como se estivesse substituído por lavas vulcânicas.

HAUNTED | jjk & pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora